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domingo, 14 de agosto de 2022


Antes de defrontar o Sporting no clássico da 3ª jornada, o F.C.Porto tinha no Vizela um adversário que precisava ultrapassar para encarar o jogo com os viscondes com a tranquilidade de quem conseguiu duas vitórias, o máximo de pontos. Ultrapassou, mas...


Entrando com a mesma equipa que iniciou o jogo com o Marítimo, o F.C.Porto encontrou o Vizela a marcar bem e a deixar pouco espaço para jogar, procurar sair no contra-ataque. Por sua vez o F.C. Porto entrou lento, previsível, incapaz de pressionar, ligar uma jogada, chegar na frente com critério, criar perigo. Só através de lances bola parada o último reduto da equipa da casa foi incomodado. 

A equipa portista foi caos na organização, em particular no meio-campo sem capacidade para tomar conta do jogo, fazer jogar; teve uma quantidade assustadora de passes errados; a inspiracão ficou no balneário; ninguém fez algo de razoável.

Dos piores 45 minutos que vi desde que Sérgio Conceição chegou ao F.C.Porto. Raramente vi tanta gente a asneirar.

O 0-0 ao intervalo era o resultado correcto para o mau jogo da equipa da Invicta. O Vizela fez aquilo que se esperava - equipa organizada, compacta, fechando os espaços, saindo para o ataque sempre que era possível.


Depois daquela 1ª parte inacreditável, não admirou que Sérgio Conceição fizesse alterações. Saíram Uribe e Danny Loader, entraram Otávio e Veron - pensei que ia sair Grujic.

Logo no 1° minuto Veron teve tudo para marcar, falhou. Na resposta foi a vez da equipa da casa falhar uma boa oportunidade - inacreditável a forma como Grujic foi ultrapassado. Sem ser brilhante, parecia melhor o campeão, mas não durou muito essa melhoria, rapidamente tudo voltou à primeira forma. O técnico do F.C.Porto não estava contente, tirou Grujic e Evanilson, meteu Eustaquio e Toni Martínez. Quase de seguida saiu João Mário e entrou Galeno, Pepê fechou a direita da defesa.

Sem atingir um nível elevado, longe disso e sem grande clarividência, Dragões começaram a atacar mais, mas tudo muito atabalhoado, sem criatividade, criar grandes oportunidades. A única que cheirou o golo foi de Galeno - entrou bem, foi para cima e agitou sempre que teve bola.

Já em cima dos 90 e quando o espectro do empata pairava, em mais um lance de bola parada, Marcano marcou, deu uma vitória muito difícil aos campeões. 

 

Notas finais:

Depois da exibição e resultado com o Marítimo esperava-se muito, mas mesmo muito mais do F.C.Porto. Salvou-se o resultado numa exibição para recordar e não repetir, muito aquém das expectativas Faltou em Vizela o espírito, a raça e a alma que tem caracterizado as equipas de Sérgio Conceição.


Este jogo serviu para mostrar que há lugares que precisam ser reforçados - principalmente, um lateral-direito e um médio.

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