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sexta-feira, 19 de dezembro de 2014


Depois da derrota com o Benfica e com a liderança a 6 pontos, só resta ao F.C.Porto ir ganhando os seus jogos, colocar pressão e esperar que o líder tropece. Portanto, frente a um Vitória que hoje confirmou o porquê de estar a fazer um campeonato muito fraco, um Vitória que nos últimos oito jogos, um para a Taça de Portugal, averbou sete derrotas e apenas uma vitória e já vai em quatro jogos consecutivos a perder e sem marcar um único golo, tudo que não fosse a conquista dos 3 pontos pelo conjunto de Lopetegui seria um verdadeiro desastre. Não houve surpresa, o F.C.Porto ganhou naturalmente e com toda a justiça. Mas mesmo com a atenuante da derrota de domingo ter deixado marcas, o resultado cedo ficar encaminhado e a equipa de Domingos nunca ter incomodado, esperava-se mais vontade, mais determinação, mais respeito pelos adeptos que na noite fria de hoje se deslocaram ao Dragão. Quem esperava um sinal da tão proclamada crença vai ter de esperar. Que a pausa natalícia sirva para que os profissionais do F.C.Porto descansem, relaxem, limpem a cabeça e no regresso ao trabalho após o Natal possamos ver um Dragão forte, mais inspirado, a produzir exibições mais próximas da qualidade do plantel e de algumas que já se viram nesta primeira-parte da época.

Do jogo não há muito para contar. Com Maicon no lugar de Marcano, Campaña em estreia absoluta na equipa principal, no lugar de Casemiro e Quaresma em vez de Brahimi, em relação à equipa que iniciou o jogo frente ao Benfica, o F.C.Porto encontrou um adversário inofensivo, com todos atrás da linha da bola, procurando apenas impedir que os Dragões se adiantassem no marcador. Sem grandes pressas e sem pressionar muito, o conjunto de azul e branco dominava, controlava, mas não encostava a equipa do Sado às cordas, não criava oportunidades. Até à aceleração de Danilo, numa saída rápida e ao excelente passe de rotura de Herrera que isolou o internacional brasileiro e obrigou Manú a fazer falta, clara, para penalty que o árbitro assinalou e Quaresma transformou, nunca o F.C.Porto tinha estado próximo de marcar. Como ainda não tinham passado 10 minutos e já Jackson servido por Tello, fazia o 2-0 - golo limpo, Cha Cha Cha estava em linha e não fora-de-jogo -, tudo ficou facilitado, daí até ao intervalo a equipa portista limitou-se a gerir, a trocar a bola, apenas as arrancadas do ex-Barcelona - sempre a ir bem para o espaço, mas a nunca definir bem o que fazer, se rematar, se passar -, causaram algum entusiasmo numa plateia enregelada. Era o prenúncio do que estava para vir, mal sabíamos o que nos esperava...

Da segunda-parte portista, se excluirmos os minutos finais e apenas pelos golos, nem apetece falar. Foi um deixa rolar, passes ou errados ou para trás, demasiada descontracção, cada um a jogar para si, um longo e entediante bocejo que só terminou quando Brahimi fez o 3-0. E como pouco depois Danilo transformou outro penalty que não ofereceu dúvidas - teve a curiosidade do Vitória, por já ter esgotado as substituições, ter um jogador, Zequinha, na baliza -, o jogo terminou animado e em festa. Mas se disser que o golo de Brahimi foi aos 87 e o de Danilo foi aos 90+3, o restante tempo da etapa complementar ficou muito baixo dos mínimos exigíveis  auma equipa do F.C.Porto, repito, mesmo com as atenuantes referidas anteriormente.

Três notas finais:
Uma, não percebi porque não marcou Jackson o segundo penalty. O resultado estava feito, era o último lance do jogo, porque não dar a oportunidade ao avançado colombiano de somar mais um golo na lista dos melhores marcadores? Se ele nem esse penalty marcou... não vai marcar mais nenhum.

Outra, porquê neste jogo tão fácil, obrigar Óliver a ir para a esquerda, ele que no meio é o mais dinâmico e esclarecido dos médios?

A última, para dizer o seguinte:
- Domingos, não sejas ridículo, deixa-te de queixar dos árbitros, concentra-te na tua equipa que joga muito pouco.

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