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sexta-feira, 6 de março de 2015


Em vésperas de um compromisso muito importante para os oitavos-de-final da Champions, facto que queiramos ou não, mexe sempre com a cabeça dos jogadores, frente a uma equipa muito complicada, porque agressiva e bem organizada e sem margem de manobra, só a conquista dos três pontos interessava ao conjunto orientado por Julen Lopetegui, o F.C.Porto que entrou de início com Fabiano, Danilo, Maicon, Marcano e Alex Sandro, Casemiro, Herrera e Evandro, Brahimi, Jackson e Tello, venceu dificilmente, mas com toda a justiça o S.C.Braga, continua na luta pelo principal objectivo da época. Não foi uma exibição brilhante, mas foi um Porto com carácter, coragem, que quis sempre ganhar e foi alterando para conseguir chegar ao golo e conquistar os três pontos. Pena a lesão de Jackson, custou muito, mas é futebol e se Jackson caiu, levantou-se Aboubakar para assistir um Tello goleador e em grande forma.
E vão seis vitórias consecutivas e sem sofrer golos.

Entrou mais forte o Braga, nos primeiros 10 minutos a equipa bracarense foi mais intensa, mais pressionante, mais rápida com bola e sobre a bola, num lance de bola parada criou perigo, podia ter-se adiantado no marcador, José Luís desperdiçou. Aos poucos o conjunto de Julen Lopetegui que entrou mal, foi melhorando, equilibrou,  passou a dominar, mas a equipa de Sérgio Conceição manteve-se quase sempre bem posicionada, bem organizada, dava poucos espaços. Sem espaços e como os médios interiores do F.C.Porto, Herrera e Evandro não rompiam, não criavam desequilíbrios, não apareciam no apoio a Jackson e às vezes o mexicano ainda complicava, as saídas para o ataque perdiam-se nos blocos minhotos, os lances de perigo e houve alguns, raramente eram de jogo interior, partiam dos alas, Brahimi e Tello com a colaboração dos defesas-laterais e um Cha Cha Cha sempre em jogo a assistir e a chatear o último reduto dos da casa. Os primeiros 45 minutos acabaram com Tello, já no minuto de descontos a desperdiçar uma clara oportunidade, atirando por cima da barra, ele que pouco antes num remate/cruzamento também tinha criado problemas a Matheus.

Como resumo da primeira-parte, entrou melhor o Braga, mas tirando o referido lance de José Luís, não teve mais nenhum lance de golo. Depois o jogo foi mais repartido, com ligeira supremacia dos portistas que se acentuou nos últimos 20 minutos. Na parte final os Dragões foram melhores, estiveram perto de marcar em duas ou três ocasiões e por isso talvez a vantagem mínima do F.C.Porto fosse justa quando as equipas foram para os balneários.

Com o empate a não servir aos interesses do conjunto que viajou da Invicta, esperava-se uma entrada forte dos portistas no sentido de desbloquear o marcador e assim obrigarem o Braga a ter de sair e arriscar mais, dar mais espaço. Assim foi, o F.C.Porto entrou bem, podia ter marcado logo no primeiro minuto e depois sem ser muito contundente, criar muito perigo, ter muitas oportunidades, dominou, nunca deixou o Braga entrar no jogo, ser perigoso - Fabiano poucas vezes foi chamado a intervir. Com o nulo a manter-se o treinador do F.C.Porto arriscou bem, tirou Evandro e meteu Quaresma, ganhava alguém mais capaz de desmontar a bloco baixo arsenalista. Só que ainda não se notava o efeito da entrada do "Cigano", quando passados poucos minutos Jackson lesionou-se e apesar de Aboubakar ter entrado bem, a equipa durante algum tempo pareceu abalada pela saída do capitão, perdeu algum discernimento, deixou de ser tão assertiva. Foi uma fase passageira, a reacção não tardou, Tello lançado pelo camaronês, fez o golo, colocou justiça no marcador. A ganhar e tendo muita gente prá-frentex, Lopetegui tirou Brahimi e meteu Rúben Neves. Com a entrada do miúdo, a equipa ficou equilibrada, foi capaz de aguentar a reacção do Braga, sair da "Pedreira" com os três merecidos pontos, ultrapassando mais um grande obstáculo.

Nota final:
Se eles andavam nervosos, depois desta vitória portista, ainda mais nervosos vão estar nos próximos dias e oxalá esse nervosismo se note em Arouca.

Esperemos que a lesão de Jackson não seja grave, precisamos de todos para a parte final de uma época onde ainda muita coisa boa pode acontecer.

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