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domingo, 25 de outubro de 2015


Não foi um F.C.Porto brilhante, mas foi um F.C.Porto que fez tudo para ganhar, merecia ganhar, já vi jogos muito piores que terminaram em vitórias, algumas folgadas. Não tenho nada a apontar, a equipa trabalhou, lutou, teve atitude, dominou, rematou, criou oportunidades, foi claramente superior, pecou na zona de finalização onde raramente foi capaz de encontrar as melhores opções para meter a bola na baliza. Porque quem é tão melhor tem de ganhar.
Podemos dizer que com 0-0 houve trocas de bola a mais cá atrás e no meio-campo, havia espaço para subir e desequilibrar, muitas vezes não aproveitamos, como podemos dizer que os alas não estiveram particularmente inspirados, complicaram, definiram mal na altura da decisão, rematar ou passar, mas apesar de tudo o F.C.Porto fez mais que o suficiente para justificar a vitória. Não conseguiu, culpa sua, o futebol é assim, muitas vezes, ingrato.

Na primeira-parte e frente a um Braga de tracção à rectaguarda, com um bloco junto e baixo, apenas preocupado em defender e adormecer o jogo, trazê-lo para o ritmo que lhe interessava - o guarda-redes começou no 1º minuto a queimar tempo, o árbitro foi avisá-lo, mas não lhe mostrou cartão -, os Dragões demoraram a acelerar, a pressionar, a criar dificuldades a uma equipa que estava cómoda na sua função de defender e se não fosse possível sair... paciência, o que era preciso era não sofrer. A partir do minuto 25, mais coisa menos coisa, o F.C.Porto passou a ser mais rápido com e sem bola, mais intenso e mais pressionante, foi encontrando espaços, chegando com perigo, Tello falhou um golo cantado, em outras situações faltou pontaria e mais calma e na hora de finalizar. Com o Braga atrapalhado e incapaz de sair da defesa, o intervalo chegou com um nulo, resultado que penalizava os azuis e brancos. Sem ser exuberante, o conjunto de Lopetegui  fez o suficiente para ir com vantagem para as cabines.

A segunda-parte, apenas diferiu da primeira, porque foi desde o início que o F.C.Porto tomou conta do jogo, os bracarenses poucas vezes se aproximaram da baliza de Casillas, não me lembro de uma oportunidade de golo criada pela equipa de Paulo Fonseca. Foi um jogo de sentido único, os Dragões encostaram o Braga lá atrás e nem sempre bem, é verdade, mas atacaram pela direita, pela esquerda, pelo meio, remataram, só que por isto, mau domínio, ou por aquilo, más opções, pouco discernimento, remates fracos ou para fora, nunca conseguiram meter a bola na baliza. Então nos últimos 15 minutos foi um sufoco,  mas, manifestamente, hoje não era dia para a bola entrar na baliza do adversário. Se há jogo em que merecíamos ter sorte, era hoje, mas umas vezes a bola entra até de ressalto, outras nem com 20 remates.
Perdemos 2 pontos, deixamos a liderança, não batemos o record que está em 24 vitórias consecutivas na condição de visitado, mas termino como comecei:
Se em Moreira de Cónegos fiquei muito zangado, hoje estou triste com o empate, mas nada tenho a apontar, à equipa.
 
Nota final:
O F.C.Porto não ganhou pelas razões apontadas e o árbitro não teve influência no resultado. Ponto. Mas dar apenas 3 minutos de desconto é gozar com a cara de todos os portistas que estiveram no Dragão.

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