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sábado, 10 de outubro de 2015


Já disse várias vezes, mas convém ir repetindo. O F.C.Porto vive acima das suas possibilidades - o mesmo acontece com os outros dois grandes -, não é agora, mas de há mais de 30 anos a esta parte. Começou logo quando sem dinheiro para mandar cantar um cego, Jorge Nuno Pinto da Costa, recém eleito Presidente do F.C.Porto, foi a Gijón contratar Fernando Gomes por 25 mil contos, na altura, um balúrdio. Também já aqui disse que Jorge Nuno Pinto da Costa, em 1987, depois de termos perdido 2-0 em Alvalade e praticamente dito adeus ao Tri, foi ao balneário e avisou: ou eliminamos o Brondby na próxima quarta-feira ou isto fica complicado em termos financeiros. Nos últimos anos, porque nos convencemos que havia sempre um Kelvin desconhecido que resolvia, facilitamos, adormecemos à sombra da bananeira, em 2013/2014 foi uma época muito má, como somos um clube com grande azia à derrota, quisemos ganhar logo, reagimos, fomos ainda mais longe, aumentamos excessivamente os custos com o pessoal. Voltamos a não ganhar, acredito que não aumentamos os custos para 2015/2016, apesar de Casillas e Maxi, mas já estão altos, não podemos continuar por este caminho, temos de baixar a massa salarial - Fernando Gomes na apresentação das contas disse que, sem receitas extraordinárias, no caso transferências de jogadores, teríamos  prejuízo, como empresa, o F.C.Porto seria inviável, teria de reduzir custos. Isto significa que quem dirige tem consciência que é preciso mudar. Mas como, tendo que manter equipas capazes de ser competitivos e ganhar cá dentro e lá fora fora, equipas com capacidade para ganhar às grandes equipas europeias, se os tubarões se distraírem - como aconteceu em 2004 -, vencer uma Champions League? Formando bem - temos neste momento um conjunto de jovens que prometem muito: Gonçalo Paciência, Leandro Silva, Ivo Rodrigues, Rafa, Pité, André Silva, Tomás Podstawski, Francisco Ramos, Graça, Rui Pedro, Rúben Macedo, para falar nos portugueses e da nossa formação, mas também Victor Garcia, Gleison, Octavinho, Kayembe, Gudiño, Leonardo, por exemplo, nos estrangeiros - continuando a contratar bem, valorizar e transferir com mais valias. Depois, ir integrando alguns jovens de forma natural, sem ajustamentos abruptos, de maneira que possamos manter o nível, continuarmos competitivos. Não vejo outro caminho.

Nota final: 
«O Sporting oferecia aos árbitros de Barca Velha para cima», disse com aquela voz de bagaço que o caracteriza, João Malheiro. Pergunto: e novidades? Já aqui disse e repeti, por exemplo, se aquele campeonato 1999/2000 falasse... lá se ia a reputação dos viscondes para o brejo. É por isso que o Apito Dourado é música para mim... Temos uma grande vantagem, nessa altura não éramos só e de longe, a melhor equipa portuguesa, éramos também a melhor da Europa.

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