Fernando Santos qualificou Portugal para o Euro 2016 que vai decorrer em França e por isso está de parabéns. Conseguiu-o com sete vitórias, um feito inédito, mesmo que tenha sido sempre a vencer pela diferença mínima, com alguns jogos a serem ganhos já quando o jogo estava quase a terminar e sem grande brilhantismo exibicional. Adiante.
Na antevisão do jogo de hoje na Sérvia e quando lhe perguntaram se, porque não estava nada em jogo, ia fazer alguns testes, não gostou e atirou: "Não está nada em jogo?! Nada disso! Está em jogo o nome de Portugal!! Isto, só por si, é muito. Quando está em jogo o nome de Portugal, como está, temos de ponderar tudo muito bem". Pena que não lhe tivessem perguntado porque dispensou então três jogadores, Cristiano Ronaldo, Tiago, Ricardo Carvalho, por opção técnica, já que o outro, Fábio Coentrão, foi porque se lesionou. Mas isso não interessa, nem me interessa saber o que pensam os que tiveram de viajar para Belgrado, enquanto Ronaldo festejava em Marrocos - o jactinho já estava prontinho para levantar voo...-, apenas lamento que Fernando Santos não tenha tido o pé quente no F.C.Porto, que tem na selecção. Seríamos Hexa, Hepta... Então hoje, ganhar o jogo, depois de uma exibição que até à entrada de João Moutinho estava a ser muito baixo dos mínimos exigíveis, de uma pobreza franciscana, é obra. Se este pé quente se mantiver em França... não sei, não, mas depois da Grécia em 2004, outro patinho feio pode ser Campeão da Europa. Claro que não foi apenas pé quente, Fernando Santos teve o mérito de recuperar para a selecção jogadores importantes, Ricardo Carvalho, Tiago, mais que Danny, unir o grupo, perceber que tem carências em vários lugares, laterais da defesa, ponta-de-lança, por exemplo, ser pragmático, ir introduzindo alguns jovens talentosos, mas não tem qualquer razão para reclamar da sorte. Espero que na hora de escolher o grupo que vai atacar o Euro 2016, não se deixe impressionar por uma comunicação social que tem preferidos e pressiona para que os preferidos sejam os escolhidos. Viu-se no Mundial do Brasil as consequência de haver filhos e enteados.