Populares Mês

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016


Nesta fase de transição entre um modelo de posse, muitas vezes excessiva, onde a ordem era correr poucos riscos e jogar pelo seguro - com o lema a ser: se só há uma bola, enquanto ela estiver em nosso poder não sofremos golos e podemos sempre marcar. O problema do F.C.Porto de Lopetegui era mais ofensivo que defensivo, não sendo por acaso que a defesa do F.C.Porto, apesar de tudo, é a menos batida do campeonato - e outro de um futebol mais vertical, mais virado para a frente e de maior risco; sem que haja tempo para ter tempo; não sendo a única qustão a resolver, há um lugar fundamental na estrutura desenhada por José Peseiro: o médio que joga no meio do trio que apoia o jogador mais adiantado. O técnico do F.C.Porto já lá colocou André André - jogo com o Marítimo -, Varela - jogo com o Feirense -, novamente André André, embora depois tenha passado o caxineiro para uma ala e Brahimi para o meio - jogo do Estoril -, ontem novamente o internacional argelino pelo meio. E esta é, para mim, uma questão importante neste período em que o modelo ainda não está consolidado, os automatismos ainda estão por apurar, as compensações ainda precisam ser trabalhadas. Se Peseiro conseguir "domesticar" Brahimi e sem lhe cortar o génio, criatividade e liberdade, lhe fizer ver que tem de ser mais disciplinado tacticamente, há momentos para ir para cima, abusar nas fintas, rodopiar, demorar a soltar e outros, quando a equipa está virada para a frente e nesta altura ainda desequilibrada, esses excessos podem ser fatais, não pode arriscar, então estaremos melhor e podemos encarar o futuro, mesmo a curto prazo, com alguma tranquilidade.

É óbvio para mim e para muitos portistas, que há muitas razões para o F.C.Porto falar de arbitragens. Não, como acontece noutras latitudes em que impera o populismo e a demagogia, só se coça para dentro, queixam-se sempre, quer tenham ou não razão, mas por razões objectivas. E que não são só no que toca às classificações, são também e fundamentalmente, acerca dos critérios disciplinares e técnicos na avaliação dos lances. Por exemplo, com o Gil Vicente e primeira-parte, houve um lance sobre Suk muito parecido com o de Martins Indi no jogo com o Boavista para a Taça de Portugal. No Bessa, o árbitro assinalou penalty contra o F.C.Porto,  ontem em Barcelos, nada, siga a marinha. Mas sendo isto claro e concreto, que adianta estar sempre a falar do mesmo, se depois quem de direito não faz nada ou limita-se a uma pequena nota no Dragões Diário?

Notas soltas:
Jackson Martínez vai jogar para a China, no Guangzhou Evergrande. Se compreendo a saída para do F.C.Porto para o Atletico de Madrid - desportivamente, foi para um campeonato com maior visibilidade -, já a saída para o Extremo Oriente, essa só se compreende porque as verbas que lhe vão pagar - fala-se em 12,5 milhões/ano, durante os quatro anos de contrato -, são obscenas e dão que pensar. Jogadores que não são estrelas de primeira grandeza, como o colombiano ou o brasileiro Ramires - 12 milhões/ano -, a ganharem tanto ou mais que as grandes estrelas do futebol europeu, o melhor do mundo, é algo que merece ser olhado com toda a atenção. Sim, porque os clubes a que pertenciam, Atletico e Chelsea, também receberam uma pipa de massa - 42 e 30 milhões - e isso pode fazer toda a diferença no futuro. Principalmente para clubes como o F.C.Porto, como sabemos, um clube que precisa de vender para compensar desequilíbrios orçamentais.

Acho o máximo ver Bruno de Carvalho, numa altura em que vê sair a custo zero um activo que, no mínimo, faria entrar nos cofres leoninos 10 milhões, fazer piadinhas com o negócio Imbula.

Ontem a equipa B do F.C.Porto venceu a sua congénere do Benfica por 1-0 e apurou-se para as meias-finais da Premier League Internacional Cup, jogo disputado em Londres. No final, uns energúmenos e grandes valentões, identificados como adeptos do clube do regime, atacaram um miúdo portista que estava em cadeira de rodas, tendo-lhe roubado a camisola que lhe tinha sido oferecida por Raúl Gudiño - aqui.
Lamentável, mas infelizmente há gente desta em todos os clubes. A grande questão é a forma como se tratam estes casos. Uns são extrapolados até à náusea, outros merecem umas pequenas notas de rodapé. Já por várias vezes denunciei as vergonhas do clube da Luz, sempre que eles tentaram fazer passar a ideia que a Sul só há anjos e a Norte demónios - aqui - aqui - aqui, estão alguns exemplos tratados no Dragão até à morte.

José Veiga está a problemas com a justiça. Não vou fazer grandes comentários sobre isso, julgá-lo e condená-lo antecipadamente, como fazem alguns carrapatos quando se trata de alguém com ligações com o F.C.Porto. Mas Veiga foi o homem forte do futebol do Benfica durante três anos, estava ao mesmo tempo na Luz e no Estoril - era o sócio maioritário da SAD do clube da Linha e isso diz muito do que foi aquela nojeira -, no célebre campeonato da pouca vergonha, conhecido como campeonato Estorilgate. Imagine-se que Veiga, em vez de ser no Benfica, tinha essas relações com o F.C.Porto? Pergunto: como seria tratado o assunto por alguns pasquins da nossa praça? Seria tratado com uma pequena peça na última página ou mereceria honras de capa?

Levanta-te, rapaz! Pensas que isto é o Vitória F.C. e quando eras derrubado na área o árbitro marcava penalty? Isto é o F.C.Porto! Penalties a favor dos Dragões são uma espécie em vias de extinção, só se te partirem uma perna.

- Copyright © Dragão até à morte. F.C.Porto, o melhor clube português- Edited by andreset