Nos Estados Unidos temos hoje a Super Terça-Feira - fico sem saber o que dizer quando vejo que Donald Trump pode vir a ser presidente do país mais poderoso do Mundo -, no próximo fim-de-semana, o principal campeonato do futebol português tem a sua Super Jornada. Primeiro contra segundo, quarto contra terceiro. Uma jornada e no que ao F.C.Porto diz respeito, mesmo se em nenhuma circunstância e em caso de vitória na Pedreira, obviamente, ficamos a depender só de nós, não tenho nenhum dúvida que daí para a frente tudo pode acontecer. É a isso que temos de nos agarrar, tal como fizemos em 2012/2013. Se ligássemos aos profetas da desgraça, aos portistas de pouca fé, aos que mesmo que a matemática nos mantivesse com possibilidades, desistiram antes do tempo, foram incapazes de lutar até ao fim, nunca teríamos o vivido o momento 90+2 de Kelvin - e só quem lá esteve e viveu, pôde desfrutar de um dos momentos mais marcantes e inesquecíveis da História do F.C.Porto, digo eu que vivi vários...
Um portista que se preze, nunca está contente, nunca está conformado, quer sempre mais e mais, foi assim que construímos algo que muitos julgavam impossível. Mas o portista que se preze, também sabe apoiar, incentivar, ser solidário, nunca dá parte de fraco nem dá o flanco, sofre para dentro, não passa a vida a dar para trás.
Obrigado, Miguel Sousa Tavares pela forma como sempre espicaças, apoias e estimulas a equipa do F.C.Porto. Se como aconteceu em 2012/2013, formos campeões, já sabes, aqui o título vai ser-te dedicado.
  
Notas finais:
Ao ver as análises que os ex-árbitros Jorge Coroado, Pedro Henriques e José Leirós, fizeram dos lances de Jardel no Benfica - União da Madeira e Bryan Ruiz no Vitória S.C. - Sporting, só posso concluir que, um, não percebo nada de arbitragem; dois, como os jogos foram quase em simultâneo os comentadores devem ter visto mal.

«Luís Filipe Vieira é um presidente de tribuna, defensor de projectos e de causas. Desde a primeira hora pugnou pela verdade no futebol português, sem truques, nem esquemas. Privilegia a discrição e creio que durante o seu já longo consulado os dedos de uma mão sobram para registar os excessos por ele praticados, o que nada tem a ver com a elevação de voz na salvaguarda dos interesses da águia».
Não, não foi nenhum colunista, dirigente, ex-dirigente, adepto mais ou menos notável do Benfica que escreveu isto. Foi um jornalista do panfleto da queimada, chama-se Fernando Guerra e também é conhecido pelo Reco-reco.

Jogando na antecipação: para o importantíssimo jogo de domingo, foi nomeado Carlos Xistra. Não é um árbitro que nos traga boas recordações, mas não vamos já pensar cobras e lagartos. Temos de ganhar, se necessário, mesmo contra Xistra.

Eliminatória praticamente resolvida, digamos que é apenas necessário cumprir a formalidade de jogar. E sendo assim e porque é a uma hora imprópria e os bilhetes estão acima do esperado - 8 euros, parece que o Gil não aceitou 5 -, para quem ainda na semana passada teve de desembolsar uma boa maquia, então que os profissionais do F.C.Porto encarem o jogo com seriedade, tenham uma atitude positiva, respeitem quem vai ao Dragão. Mesmo com o jogo de Braga no pensamento, não é pedir demasiado.

O árbitro é Sérgio Piscarreta... na Taça de Portugal a FPF não faculta o nome dos auxiliares.

Convocados do F.C.Porto:
Guarda-redes, Helton e José Sá;
Defesas, Víctor Garcia - foi expulso na Póvoa, mas são provas diferentes e está disponível -, Martins Indi, José Ángel, Layún e Chidozie;
Médios, Sérgio Oliveira, Bueno, Rúben Neves, Herrera, André André e Evandro;
Avançados, Aboubakar, Marega, Varela, Suk e André Silva

Equipa provável:
Helton, Layún, Chidozie, Martins Indi e José Ángel, Rúben Neves, Sérgio Oliveira e Evandro, Marega, Aboubakar e Bueno.

Antevisão de José Peseiro:
«Se olharmos para os últimos quatro jogos, não temos muitos mais jogadores do que estes. Não temos um plantel tão extenso assim. Os jogadores que vão jogar amanhã estiveram em algum dos últimos quatro jogos. Não há aqui um baixar da guarda»

«O onze já está escolhido e tem como objetivo que cumpramos aquilo que já disse. Temos mudado jogadores, escolhendo os mais importantes para cada jogo, colocando a melhor equipa em função do contexto. Qualquer equipa que jogar tem responsabilidade de cumprir o que queremos».

«Não é só André André que tem sido gerido. Não vou falar só dele. Não tem nenhuma limitação. Vocês pensam que os jogadores jogam sem dores. É precisamente o contrário. O jogador de futebol tem que saber viver com a pressão e também com as dores. Estão no limite do treino e do jogo. Chegam aqui muito cedo e saem muito tarde para recuperar de coisas que são intensas, seja física, seja emocionalmente. Sobretudo se não ganhar, tem que saber lidar com uma enorme pressão».

«Na Taça o F.C.Porto tem tido um percurso imaculado, ainda não sofreu golos. A resposta é mesmo essa. Queremos amanhã não sofrer golos. É sempre bom. Obrigado pela questão e obrigado pela resposta»

«Agora temos mais tempo para treinar? Preferia ter jogos. Mesmo já tendo dito que precisávamos de tempo para treinar, preferiríamos estar... onde você sabe. A jogar».