Para fechar, por agora, o capítulo anterior, importa dizer o seguinte:
Reportando-me apenas aos tempos em que o futebol do F.C.Porto é gerido por uma SAD e às candidaturas únicas de Jorge Nuno Pinto da Costa à presidência do clube, sempre entendi e disse-o na altura própria, se o actual Líder aparecia sozinho a eleições, para mim, merecia-o, o seu trabalho justificava o meu apoio sem hesitações. Nestas eleições... já não é assim. Eu continuo o mesmo portista, para mim, quem mudou foi o Presidente Jorge Nuno Pinto da Costa.

Uma das questões que me incomoda e não estarei a errar se disser que incomoda muitos portistas, é esta política de comunicação demasiado soft, que não age, reage e muitas vezes de uma forma tão incoerente que nos faz ter saudades, dos tempos em que o lema, era: quem toca no F.C.Porto, leva... a resposta! Não sou apologista de reacções à Bruno de Carvalho, mas também não concordo com uma postura que é a antítese da do presidente do Sporting. Nestes tempos em a comunicação é quase tudo e dispara à velocidade da luz, numa grande parte dos casos, feita por gente sem escrúpulos, sem ética e que sobrevive apenas porque bajula uns e ataca o outro, o outro, leia-se, F.C.Porto, os Dragões têm permitido, pelo silêncio, pela incapacidade para reagir forte e feio na altura devida, que tudo seja dito e escrito a seu respeito. Tanto temos o melhor plantel como passamos a ter o pior; se um treinador dos Dragões se queixa da arbitragem, aqui-d' el-rei, parece uma originalidade atípica no futebol português e, para além disso, lá vem a ladainha do passado, como se os outros não tivessem passado. Os jogadores que contratamos levam sempre com o estigma do preço, os dos outros nunca são julgados por esse prisma; a renovação de Rúben Neves foi transformada num escândalo e o jogador já está a ser vítima disso; a renovação de Gaitán, com o Benfica a pagar 2,3 milhões de euros a uma empresa sediada em Inglaterra, Admira Partneers, passou quase despercebida; os jogadores azuis e brancos que são mais duros, são crucificados, os dos rivais, em particular os do clube do regime, são saudavelmente agressivos; e muito mais podia ser dito. A cereja no topo do bolo, é aquele rato de esgoto, aquele nojento da pior espécie, mas com quem alguns portistas convivem alegremente, chamado Rui Santos. Numa época em que até pelos nossos inimigos são reconhecidas as nossas razões de queixa, ter uma chamada Liga da Verdade, em que o F.C.Porto continua em terceiro, mas a 11 pontos, pasme-se!, do Sporting que é primeiro e com o Braga em quarto apenas a 2 pontos, é o fim da picada. É contra gente desta laia, gente que tem e mantém programas à custa do mais primário anti-portismo, que temos de lutar e não pode ser apenas através do Dragões Diário. E àqueles que têm notoriedade pública e que são muito lestos a bater no seu clube e nada fazem no combate externo - alguns ainda têm a lata de dizer que no tempo deles é que era... -, a esses, em vez de lhes meter processos que só lhes dão popularidade dos que não gostam do F.C.Porto e os censurar, devíamos atacá-los por aí: rapidíssimo no gatilho contra o clube a quem tudo devem, sem pólvora para disparar contra os inimigos. Só recuperaremos a força e o poder, continuaremos a ser Dragões e não regressaremos aos tempos dos  Andrades, se formos capazes de sair desta letargia, deste conformismo, deste deixa andar, para voltarmos a ter o espírito guerreiro, de combate, contra tudo e contra todos que nos caracterizou, era a nossa marca e nos catapultou para feitos históricos e que não julgávamos possíveis.
Não podemos esperar mais, não há mais tempo para ter tempo. Ou vamos por aqui, recuperamos a alma e a chama... ou o futuro do nosso clube não será brilhante.