Populares Mês

sábado, 23 de abril de 2016


Depois de um jogo bem conseguido na jornada anterior frente ao Nacional e que criou boas expectativas no universo azul e branco para a vista a Coimbra, o F.C.Porto voltou a ganhar, mas as expectativas não se cumpriram, ao contrário da semana passada, a exibição não foi grande coisa... embora, tudo somado e com boa vontade, a vitória tenha sido justa.

Uma primeira-parte dominada pelo F.C.Porto, mas pouca dinâmica, pouca intensidade, pouca assertividade a passar e a definir, pouca profundidade, pouca contundência no último terço, lances verdadeiramente perigosos, um ou dois, voltou a faltar ataque nos 45 minutos iniciais. E como a Académica na primeira vez que subiu com algum perigo, conquistou um livre perto da área e marcou, Dragões mais uma vez a terem de correr atrás do prejuízo. Fizeram-no, mas mantendo os mesmos defeitos que tinham exibido até ao golo de Pedro Nuno, raramente foram capazes de colocar a baliza dos estudantes em perigo. Estava o jogo assim, o F.C.Porto a dominar, mas a Académica confortável, quando aos 37 minutos e num lance de inspiração de Rúben Neves, ele que até não estava muito feliz, o conjunto de José Peseiro chegou ao empate, colocou alguma justiça no resultado.
 
Com as equipas empatadas e tudo em aberto para a etapa complementar, o treinador do F.C.Porto apostou de início no mesmo onze e parecia que os Dragões vinham mais rápidos e determinados, mas foi sol de pouca dura. Rapidamente o ritmo abrandou, o F.C.Porto tinha mais bola, mas chegava à zona de finalização e faltava sempre qualquer coisa. Ou era o ponta-de-lança que não estava no sítio certo; ou havia um toque a mais; ou a assistência era feita de forma defeituosa; ou quando sobrava para s segundas linhas, os remates eram sempre para longe da baliza; ou faltou acreditar, como acreditou Maxi ao minuto 53, mas apenas ele. Vendo que assim não chegava lá e que com o jogo partido havia mais espaços, Peseiro tirou Varela - hoje esteve na fase do 8, depois de ter estado na do 80 na semana anterior - e meteu Brahimi. O argelino procurou agitar, conseguiu, tanto que ao colocar a bola em André Silva, este não lhe tocou, mas atrapalhou o guarda-redes e golo. Em vantagem a partir do minuto 66 e com os estudantes a precisarem de arriscar, a  equipa do F.C.Porto podia e devia ter tirado partido disso, marcado o terceiro, acabado com o jogo. Não conseguiu e pior, não foi capaz de controlar o jogo, a Académica acreditou, chegou várias vezes à frente com perigo, podia ter empatado, resultado que talvez penalizasse os Dragões, mas não muito.
Resumindo, vitória apertada do F.C.Porto, mas exibição longe da conseguida na jornada anterior.

Notas finais:
Muito bem Maxi. Raça, crença, sempre em ritmo alto, começaram nele e foram dele algumas das poucas oportunidades que o conjunto da Invicta conseguiu na tarde de hoje.

Cãibras num jogo de ritmo baixo e com a equipa a jogar apenas de semana a semana, é estranho, mas como não sou especialista não especulo.

Saúde-se o regresso de André André, depois de uma longa paragem.

Quanto aos dois rookies, Francisco Ramos entrou num período difícil, foi na onda, acusou a responsabilidade e errou passes fáceis. André Silva trabalha muito e não dá uma jogada por perdida, mas precisa de melhorar a recepção, a capacidade para segurar a bola e o passe.
Espero que na ânsia de colocar gente da formação na equipa principal, não leve a exigir ao jovem ponta-de-lança, coisas que ele ainda não pode dar. Acredito que André Silva pode ser o futuro, mas no momento ainda não dá à equipa aquilo que ela necessita. Espero que a gestão do jovem André esteja a ser feita com critério.

Parabéns aos nossos amigos açorianos do Fonte Bastardo, campeões nacionais de Voleibol, título conquistado no pavilhão da Luz. Espero que tenham podido festejar. Se os tacos não precisam de ser regados e por isso o risco de ficarem todos molhados, não se colocava, as luzes podem ser sempre apagadas a qualquer momento.

- Copyright © Dragão até à morte. F.C.Porto, o melhor clube português- Edited by andreset