sábado, 16 de abril de 2016
Amanhã, acto eleitoral e depois o F.C.Porto versus Nacional. No primeiro caso, como sou um sócio que gosta de cumprir as suas obrigações, quer as coisas corram bem, quer corram mal, lá estarei mais uma vez para votar. E como não é a primeira vez que voto e não vou em modinhas, muito em voga entre alguns que se dizem Dragões, mas portam-se como os piores dos Andrades - aposto 100 contra 1 em como muitos que agora, uns mais descaradamente, outros mais subtilmente, fazem apelos para riscar o voto, nunca apareceram a nenhuma eleição... -, não preciso que me expliquem como tenho de fazer para apoiar ou não, quem se apresenta para dirigir o clube nos próximos quatro anos. O candidato único, Jorge Nuno Pinto da Costa, sabe bem as dificuldades e os problemas que tem pela frente, o que precisa de fazer para os resolver, como tem consciência que a sua margem de manobra encurtou bastante. Nós adeptos do F.C.Porto, sabemos que por omissões, hesitações, más decisões o nosso clube deu motivos a muitas críticas. Agora, a quem dirige compete alterar o rumo, mudar o que for preciso, para que o F.C.Porto volte ao caminho do sucesso. Aos adeptos compete perceber que uma coisa são as críticas feitas com respeito pelo clube e pelos seus responsáveis, de preferência com objectividade e espírito construtivo, outra são as críticas sem sentido, insultuosas, na base da chacota e do enxovalho. Não tenhamos dúvidas: só sairemos disto juntos. Não é no caos, na contestação ou confusão sistemática que o F.C.Porto voltará a ser aquilo que foi no passado recente. Enquanto portista sei bem a quem interessa e quem beneficia com um F.C.Porto em permanente instabilidade...
No segundo caso, espero que a cultura de derrota não se instale, o orgulho e o profissionalismo se manifeste, o F.C.Porto, com mais ou menos dificuldades, consiga regressar às vitórias, frente a uma equipa do Nacional que nunca é um adversário fácil.
Nesta altura, estamos na crista da onda, todos os dias somos confrontados com as mais díspares notícias sobre o F.C.Porto, até as revistas do coração sabem a origem dos nossos problemas - aqui. José Peseiro já era; Marco Silva está próximo; Leonardo Jardim não está descartado; Vítor Pereira pode regressar; Villas-Boas é certo; mas quem o presidente quer é Jorge Jesus.
Não vou entrar por aí, o F.C.Porto tem treinador, no final da época faremos o balanço do seu trabalho. Veremos se mesmo com as dificuldades inerentes a ter assumido o cargo a meio da temporada e num momento muito negativo, dos piores no longo consulado de Jorge Nuno Pinto da Costa; com os problemas que afectam o F.C.Porto a não serem propícios à tranquilidade que é necessária para um trabalho de qualidade; com uma massa adepta sem paciência e com a margem de tolerância esgotada; Peseiro cumpriu as premissas que estiveram na origem da sua contratação. Recordo: melhorar o rendimento e fazer crescer a equipa no conjunto e individualmente; ganhar jogos e se possível, lutar pelo título; ter uma equipa mais inconformada, com mais raça, alma, mais à Porto; um discurso capaz de mobilizar, motivar e galvanizar o portismo. Resumindo: pedia-se a José Peseiro que fizesse esquecer Lopetegui, fosse parte da solução e não do problema, transmitisse a confiança necessária de que a mudança passa por ele.Até agora... nada, mas ainda falta um mês e pico e ainda há uma final para disputar.
Se no caso do treinador é o que se sabe, no que toca aos jogadores é igual. Temos de vender os melhores e por isso, Brahimi, Herrera e Aboubakar vão sair; outros e são vários, Varela, Marcano, José Ángel, por exemplo, não contam; e até Layún está na corda bamba. Ao mesmo tempo, é Moutinho que está a ser convencido a regressar, Bruno Alves quer acabar a carreira no F.C.Porto e também é hipótese, bem como Pepe e Fernando. Isto é, se levássemos a levar a sério o que se vai dizendo por aí, vem aí mais uma revolução. Entretanto e ao mesmo tempo, nunca tanta gente dá palpites e aponta o caminho, desde notáveis que desconhecia serem portistas, como Francisco Sarsfield Cabral, passando por quase todos os ex-jogadores, treinadores, dirigentes. Há uma coisa que para mim é clara: com o Sporting a arrebitar cabelo e não se calar; e o Benfica nunca ser tanto o clube do regime como é agora; as coisas não estão fáceis para o nosso lado. Como vamos sair deste aperto? Se fosse fácil era para mim, como não é, é para quem provas dadas.
Vamos lá, malta do Andebol, vocês são capazes!
Se há equipa do F.C.Porto que merece todo o crédito, um voto de confiança, mesmo numa situação muito complicada, é a equipa dirigida por Ricardo Costa. Não há margem de erro, mas esta gente já nos habituou a dar a volta às situações mais difíceis. Esta equipa tem uma alma, crença e espírito do Dragão, uma capacidade de transcendência que nos fazem acreditar numa reviravolta para a história.
Continuamos na luta. Vitória por 27 - 23.
Última hora, por Nuno Traumatismo Ucraniano Paralvas:
Após ter sido, sozinho, a equipa da semana na Champions League, o Manchester United ficou convencido e aumentou a proposta por Renato Sanches de 50 para 80 milhões de euros. Mas Luís Filipe Vieira não se compromete, sabe que o Barcelona, Real Madrid e Manchester City também estão na corrida e podem chegar aos 100 milhões.
Fotomontagem, Milhafre Orlando.