quinta-feira, 14 de abril de 2016
Nota de abertura:
Vi o Benfica - Bayern e vi que até se colocar em vantagem, o Benfica não tinha feito nada para a justificar. Quase de seguida e num falhanço clamoroso dos centrais do Bayern podia ter feito o segundo. Depois e até ao golo de Talisca, obtido ao minuto 76, só deu Bayern. Os alemães que empataram antes do intervalo, colocaram-se em vantagem ao minuto 52, resolveram a eliminatória, limitaram-se a gerir o tempo e a controlar, até podiam ter aumentado a contagem - Douglas Costa atirou ao poste, Muller marcou, mas havia fora-de-jogo -, perante um Benfica incapaz de reagir. Com o golo do empate, o clube do regime acordou, entusiasmou-se, mas sem causar qualquer problema a Neuer, com excepção de um lance no último segundo do jogo, através de Jovic. Pouco antes, Lewandowski, sozinho, atirou para as mãos de Ederson.
Não, não somos o mais maior, melhor, grande clube do mundo. Na época passada chegamos aos quartos-de-final, nessa eliminatória e na primeira-mão, vencemos o Bayern por 3-1. Nesse jogo em que colocamos o colosso alemão de cócoras e a europa do futebol com a boca aberta de espanto, fomos claramente prejudicados pelo árbitro, que para além de não expulsar o guarda-redes Manuel Neuer, nos tirou do jogo da segunda-mão, Danilo e Alex Sandro, dois jogadores de grande qualidade e titulares indiscutíveis. Em Munique, por via disso, improvisamos, pagamos um preço caro, fomos goleados, saímos mal da Champions. Como no futebol a memória é curta e os únicos resultados é que ficam, esquecemos tudo o que de bom tínhamos feito até ali. Mas se na época passada fomos eliminados pelo gigante da Baviera, nas condições referidas, também já discutimos com eles uma eliminatória em 1999/2000: empate 1-1 nas Antas, derrota por 2-1 na Alemanha, com o segundo golo do Bayern a acontecer nos descontos e após termos de aguentar com um ladrão escocês, de nome Hugh Dallas, a roubar-nos durante todo o jogo. Mas mais, já ganhamos à custa do rico e poderoso campeão da Alemanha, uma final da Taça dos Campeões Europeus, jogando na casa deles - sim, em Viena a proporção de adeptos, era de 1 português para 9 alemães. Portanto, quando e com a ajuda de uma comunicação social vendida, diariamente se arrota grandeza e depois se faz um grande festa, soltam-se foguetes e a alegria transborda, com títulos como "Um admirável adeus", só porque não se é goleado, está tudo dito.
O nha, nha, nha... nha, nha, nha! vocês foram goleados e nós não! dito pelo "Chouriço", no seu artigo de hoje no panfleto da queimada, é sintomático. Nunca ganharam ao Bayern e fazem uma festa. Nós que já ganhamos duas vezes, é que somos pequenos... E quando se olha para aqui ao lado e se vê o feito, esse sim, digno de registo e dos maiores encómios, conseguido pelo Atletico de Madrid que eliminou o campeão europeu e Super-Barcelona...
Notas finais:
Também para que este nacional/benfiquismo bafiento e salazarento não alastre, é imperioso que o F.C.Porto reaja, na próxima época o tal Porto à Porto, esteja de volta. Depois do que ouvimos, vemos e lemos, nem quero imaginar que aconteceria se eles têm eliminado o Bayern...
É óbvio que todo este exagero e esta palha para burro comer, tem a ver com o campeonato. É preciso dar moral e manter a chama.
Benfica, parte II.
Quando há dias atrás, Luís Filipe Vieira, armado em estadista de pacotilha, se veio mostrar preocupado com a indústria e disse que por este caminho, qualquer dia não há quem queira patrocinar os clubes e o futebol, só me apeteceu chamar-lhe cínico, hipócrita e outros nomes. É preciso ter uma grande lata, é conversa para boi dormir, a expressão suprema do lema: olhem para o que eu digo, não para o que faço. Agora em compita com o Sporting, como no passado com o F.C.Porto e até com os amigos de sangue, do S.C.Braga, ou amanhã com qualquer outro que lhes faça frente, o clube do regime, com a cumplicidade de freteiros e recadeiros, sempre prontos a prestar-lhe vassalagem, procura por todos os meios que ninguém coloque em causa os méritos das suas vitórias, a conquista dos seus títulos. Ai daqueles que se atrevam a falar de colinho, andores ou favores, ai daqueles que ousem colocar em causa os árbitros e quem os dirige. Quando o clube da freguesia de Carnide ganha, é tudo muito justo, muito transparente, muito limpinho. Quando são os outros a ganhar, é um corrupio, ninguém os segura. No nosso caso, para além de nunca reconhecerem os nossos méritos e darem os parabéns pelos títulos, arranjam sempre pretextos para os denegrir. Não nos esqueçamos, nunca!, que esta gente colocou em causa os nossos sucessos, quando tínhamos uma grande equipa, um grande treinador, enormes jogadores, vencemos a Taça UEFA e a Champions League, éramos a melhor equipa do mundo.