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quarta-feira, 27 de julho de 2016


Depois do jogo com o Osnabruck - vitória do F.C.Porto por 2-1- e da participação no Fox Sports Cup, em que disputou dois jogos, primeiro, frente ao PSV - derrota por 3-0 - e de seguida com o Vitesse - nova vitória por 2-1 -, hoje, no último particular do estágio e antes do regresso ao Porto, o F.C.Porto tinha pela frente o forte conjunto do Bayer Leverkusen, 3º classificado na última edição da Bundesliga e já com participação garantida na fase de grupos da Champions League. Era um teste difícil, mas o teste ideal para avaliar o trabalho realizado, mais uma boa oportunidade para verificar a evolução da equipa, quando se aproxima rapidamente o início do campeonato - jogo de estreia frente ao Rio Ave, dia 12, em Vila do Conde - e o play-off que vai determinar se teremos F.C.Porto na prova rainha da UEFA - com tudo o que isso significa em prestígio e valorização de activos, sem esquecer a importantíssima componente financeira. Mais, mesmo que os jogos de pré-época não devam ser levados muito a sério - já vimos de tudo... -, nesta altura o F.C.Porto está num período em que precisa muito de sinais positivos, de optimismo e de esperança, sinais que indiciem aos seus adeptos que 2016/2017 vai ser diferente, para melhor, muito melhor, que 2015/2016.

E a conclusão a retirar deste exigente teste é que o F.C.Porto teve nota positiva. É verdade que melhor na 1ª que na 2ª parte, mas há evolução. É preciso continuar por este caminho e começar a definir quem é quem. É preciso reforçar, mas sem revolucionar. Há uma base, três jogadores de qualidade indiscutível, se for possível, chegam.

Entrando de início com Casillas, Maxi, Filipe, Marcano e Layún, André André e Herrera, Corona, Bueno e Otavio, André Silva, o F.C.Porto fez uma 1ª parte muito interessante.
Se é verdade que chegou ao golo - André Silva aos 8 minutos, após um grande trabalho de Otávio, desde a pressão e recuperação, até à assistência que foi muito boa -, sem ter feito muito para merecer a vantagem, a baliza de Casillas até foi a primeira a ver o perigo rondar, iam decorridos 3 minutos, depois do golo o F.C.Porto exibiu-se a um nível razoável. Em 45 minutos equilibrados, o conjunto de Nuno Espírito Santo circulou bem, saiu bem, conseguiu boas jogadas, ameaçou, foi para o intervalo a vencer, vantagem que não se podia considerar injusta para os alemães.
De negativo, Filipe, na abordagem ao lance no início do jogo e já referido e noutro lance em que teve uma hesitação fatal e que só não deu golo porque não calhou; alguma desorganização no meio-campo e no triângulo, André André, Herrera e Bueno, que proporcionou muito espaço ao adversário; a crónica incapacidade de rematar de fora, exemplo mais flagrante num lance em que Herrera em vez de rematar meteu a bola na área; pouca gente e pouca contundência na zona de tiro, até quando o mais difícil, ir à linha e tocar para trás, foi feito.

Para a etapa complementar, Nuno fez entrar José Sá, Varela - está com o espírito correcto, se não dá na frente, pode dar atrás -, Filipe, Marcano e Alex Telles - tem qualidade, sabe jogar, se o centro da defesa funcionar e as coberturas dos médios também, pode desequilibrar -, Rúben e Evandro, Brahimi, João Carlos Teixeira e Layún, Adrián López e as coisas pioraram. O Bayer entrou forte, determinado, pressionante, jogou melhor, chegou ao empate com justiça aos 57 minutos - tantas facilidades do centro da defesa e do meio-campo, no golo de Chicharito... Até esse momento, os Dragões nunca conseguiram ter bola, jogar, criar situações de perigo, perderam muitas das virtudes que tinham mostrado no 1º tempo. Só aos 62 minutos e com a entrada do ponta-de-lança camaronês - entraram também Chidozie e Reyes - e com uma referência no ataque, o F.C.Porto melhorou, equilibrou, começou  a perturbar o último reduto alemão, mas sem verdadeiras ocasiões de golo.
Tudo somado, resultado justo, num jogo entretido, repartido, um jogo que obrigou o F.C.Porto a correr muito e a mostrar serviço.

Notas Finais: 
Terminou o estágio e com um saldo de duas vitórias, uma derrota e um empate, coisas boas e outras más. Potenciar o que esteve bem, melhorar o que esteve mal, é o trabalho de Nuno Espírito Santo. Dar-lhe o que lhe falta e salta à vista, é função de quem dirige.

Ainda é cedo para dizer que Filipe não é a solução que precisávamos, mas este Filipe que temos visto tem de melhorar muito.

Este Corona está muito diferente, agrada-me bastante. Espero que durante a época possa mostrar muitas vezes a mesma qualidade que mostrou nestes jogos.
Gostei de Casillas, mas tenho gostado muito de José Sá e vejo nele, assim tenha a paciência necessária, o futuro e para muitos anos, guarda-redes do F.C.Porto.
Otávio também me tem agradado muito, se tecnicamente é semelhante a João Carlos Teixeira, ganha-lhe claramente na agressividade.

A Martins Indi e Quintero, juntaram-se Hernâni e Josué nos não utilizados. O seu significado? Não querendo especular, não é difícil de adivinhar...

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