segunda-feira, 1 de agosto de 2016
Como sabem os que frequentam o tasco, Nuno Espírito Santo não era o meu preferido... Mas, e é norma da casa, treinador escolhido, é o treinador do F.C.Porto, logo, é o meu treinador. Não vou estar sempre de acordo com tudo que Nuno fizer, analisarei e depois criticarei ou elogiarei conforme as circunstâncias, com o respeito devido e o espírito objectivo e construtivo de sempre. Ora, até ao momento, apesar de ter uma tarefa bem complicada, muito por culpa de quem não tem feito bem o seu trabalho, refiro-me obviamente à SAD do F.C.Porto, Nuno tem conseguido mostrar serviço. Podemos discordar de uma ou outra opção, exemplo, Varela a lateral, Evandro a trinco, Otávio encostado à esquerda, mas é verdade que a equipa tem evoluído e não sendo a quinta maravilha, já mostra qualidades que me agradam. Há vontade, espírito de grupo e atitude, a equipa já funciona colectivamente a um nível razoável, já apresenta uma qualidade de jogo interessante, parece mais dinâmica, mais rápida a soltar-se, a executar e a atacar a baliza adversária. Tem de melhorar na qualidade de passe, na definição - quando assistir ou rematar. Sigam o Otávio! -, continua a faltar mais gente e mais contundência no último terço, em particular nos remates de fora, a defesa tem de estar mais atenta e concentrada, não pode continuar a abordar alguns lances com ligeireza, cometendo faltas perto da área, falhando as marcações nos lances de bola parada. Mas há notórias melhorias em relação ao passado recente, espero que não haja retrocesso, essas melhorias se vão consolidando. Para além disso, Nuno tem tomado decisões sobre jogadores sem olhar a nomes, quem não conta sai, quem não está totalmente comprometido encosta até perceber que tem de mudar comportamentos - apenas um exemplo negativo, a gestão do dossier Adrián López. Também tem tido um discurso assertivo na relação com os Orgãos de Comunicação Social. Portanto, se neste momento e sendo realista, o F.C.Porto não parte na pole position, isso não significa que não possa chegar em primeiro lugar. Para isso, primeiro, é preciso que Nuno mantenha este rumo; segundo que quem está acima dele faça bem o seu trabalho e o ajude, quem está abaixo, no caso os adeptos, se não ajudarem que ao menos não compliquem.
A A3 apenas com o sentido Dragão/Pedreira?
Quando há semanas atrás se falou no interesse do F.C.Porto no central do Rio Ave, Marcelo, o presidente Pinto da Costa disse que tinha falado com o treinador e este lhe tinha desmentido o interesse. Disse mais, que Nuno Espírito Santo tinha tido o cuidado de telefonar ao director-desportivo dos vilacondenses negando essa possibilidade, de forma que Marcelo não criasse falsas expectativas. Como agora é Boly o alvo portista, podemos concluir que Nuno prefere o jogador do S.C.Braga em detrimento do jogador do Rio Ave, isto apesar de ter treinado um e nunca ter treinado o outro. Eu, atendendo à relação qualidade/preço, sem colocar em causa o valor de Boly, que tem qualidades, preferia o brasileiro. Mas eu não risco nada, sou um mero bitaiteiro, o chamado treinador de bancada, Nuno é que é o treinador, está muito mais habilitado para tomar decisões e fazer opções. Ponto.
Aqui chegados, vamos à outra parte da questão, a tal via única da A 3.
O presidente do S.C.Braga tem todo o direito de defender intransigentemente os interesses do seu clube, exigir 7 ou até mais, milhões de euros por Boly, só libertar Rafa pela cláusula de rescisão. Agora, se é assim, se António Salvador não facilita nada nos negócios com o F.C.Porto, pergunto: vamos continuar a emprestar jogadores aos bracarenses, como aconteceu com Josué, de borla? Se Josué, que tem mais um ano de contrato com os Dragões, aceitar ir para Braga, quanto vai pagar Salvador para ter o jogador a título definitivo? Vai o F.C.Porto negociar Boly, sem garantias que vai ter Rafa? E já agora, para terminar este assunto, mais um bitaite: se há intransigência de um lado, comigo, nem que Boly fosse um Beckenbauer ou o único central do mundo, com o presidente do S.C.Braga não havia mais conversa.
«Para brincar com o nosso dinheiro
O francês Anthony Vizzacaro ficou conhecido quando foi confortado por um jovem português logo após a final do Europeu de futebol. O Turismo de Portugal entendeu convidar o jovem francês a visitar Portugal. Bem, visitar Portugal é uma força de expressão, porque o jovem francês foi convidado a conhecer a capital do império e os seus arredores. Mas inaceitável foi levar o jovem a visitar o estádio e o museu do Benfica, dentro daquela ideia muito lisboeta que o clube da Luz é uma espécie de Luís XIV do desporto. Explicar aos néscios do Turismo de Portugal que o bom senso aconselharia a não misturar clubes numa coisa destas é uma perda de tempo, mas fica a sugestão a Luís Araújo, recentemente empossado como presidente, que mude o nome para Turismo de Lisboa, mas que seja financiado com o dinheiro dos impostos de quem beneficia das brilhantes ações de promoção do turismo da capital portuguesa.»
in Dragões Diário
Depois estranham e incomodam-se que apelidemos o Benfica de clube do regime... É, agora como no passado bafiento.
PS - Morreu Mário Moniz Pereira. Portugal perdeu um grande homem do desporto e da cultura. Paz à sua alma.
Depois estranham e incomodam-se que apelidemos o Benfica de clube do regime... É, agora como no passado bafiento.
PS - Morreu Mário Moniz Pereira. Portugal perdeu um grande homem do desporto e da cultura. Paz à sua alma.