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quarta-feira, 17 de agosto de 2016


Se em condições normais a Roma já seria favorita, nas circunstâncias actuais e nem vale a pena estar a repetir porquê, esse favoritismo aumentou. Mas se futebol a regra é vencerem os melhores, há sempre excepções, o cemitério do desporto-rei está cheio de placas com o nome de favoritos que perderam jogo, eliminatórias e finais. Adiante.

Tinha dito no post do jogo frente ao Rio Ave, que era preciso muito mais Porto no jogo com a Roma. E houve muito mais Porto. Hoje e após 25 minutos muito maus, o Dragão reagiu, fez mais que suficiente para merecer vencer. Mais uma vez o favoritismo só não foi para as calendas porque é preciso marcar golos.

F.C.Porto com: Casillas; Maxi Pereira, Marcano, Felipe e Alex Telles; Danilo e Herrera; Adrián López, André André e Otávio; André Silva e uma primeira-parte que se pode dividir em dois períodos. Um e que durou cerca de 25 minutos, um Porto incapaz de se encontrar, permitiu ao conjunto da capital italiana, sempre mais rápido com e sem bola, a pensar e a executar, um domínio e uma superioridade que fazia prever o pior. E como uma péssima abordagem de Filipe, iam decorrido 21 minutos, terminou num auto-golo do central brasileiro e na vantagem dos pupilos de Spalletti, ainda mais se adensou o pessimismo. Mas depois do melhor momento dos romanos, primeiro timidamente e depois mais convictamente, o F.C.Porto reagiu, começou a assentar, depois da expulsão de Vermaelen e nos últimos 5 minutos, até poderia ter chegado ao empate. Não chegou, as equipas foram para as cabines com a Roma em vantagem que se aceita, pelo que fizeram no seu melhor período.

Na segunda-parte o F.C.Porto entrou bem, mais pressionante e mais dominador, começou a ameaçar, marcou um golo por Adrián Lopez que não valeu - boa decisão do árbitro, mas depois de muita indecisão -, viria a empatar de penalty, bem assinalado e que André Silva concretizou. Faltava meia-hora para o final, o F.C.Porto estava por cima, manteve o ritmo por mais algum tempo, criou oportunidades para dar a cambalhota, mesmo tendo perdido gás na parte final e as substituições não trazerem nada de relevante à equipa, podia e merecia ter dado a cambalhota ao resultado e vencido o jogo.

Resumindo: um Porto, retirando os 25 minutos iniciais que podiam ter sido fatais, acima das expectativas. A Roma continua super-favorita, agora ainda mais, basta-lhe empatar a zero. Se no jogo da próxima terça-feira, não houver o Porto versão inicial da partida, já vi acontecer surpresas bem mais retumbantes.

Quando se coloca em jogos deste nível de exigência e de dificuldade, sobre os ombros de um jovem que tem óbvias qualidades, uma capacidade de luta que merece os maiores encómios, mas precisa de uma coisa, tempo para crescer, é natural que no final fique um travo amargo, se coloque a pergunta: qual seria o resultado com alguém mais preparado? O que poderia ter acontecido, quando André Silva, já esgotado, deveria dar o lugar a alguém que pudesse jogar ali e fosse capaz de aproveitar as várias oportunidades criadas? Não sei. Mas sei que ir para este play-off com um só avançado, o homem que joga mais adiantado, não podia ter acontecido.

Ai Iker, ai, tanta experiência e tanta nervoseira. Ai Iker, se o Alex não tem feito um milagre...
Grande jogo de Maxi, Marcano, Alex Telles na defesa, onde Filipe teve uma má abordagem que deu em auto-golo, depois recompôs-se, mas ainda tem de perceber que não pode entrar aos lances com tudo, sob pena de penalizar a equipa.
Danilo, foi dos piores no pior período, a partir daí melhorou muito, fez um belo jogo. Herrera nunca apareceu ao nível que era necessário. André André, lento, pouco esclarecido, nunca conseguiu sair da pressão, também esteve abaixo do desejado.
Otávio, o melhor, no seu primeiro jogo na Champions, fez um jogão, precisa apenas de rematar melhor. Belíssimo jogo, da surpresa, Adrián López. O espanhol motivado, confiante, tem capacidades interessantes, está a mostrar que a ideia de baixar à B e depois ser novamente reintegrado, é difícil de entender.
Layún, Corona e Evandro, como disse, não trouxeram melhoria sà equipa, não percebi porque estando Rúben Neves pronto a entrar, entrou Evandro. Para quê, Nuno? Que falta de bom senso.

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