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sábado, 24 de setembro de 2016


Estamos a competir para ganhar jogos e títulos, não faz parte da nossa cultura, se ganharmos tudo bem, se não ganharmos... paciência, ganhamos para a próxima. Não foi tapando o Sol com a peneira, dizendo que é branco, quando, no mínimo, é cinzento, que o F.C.Porto chegou ao topo do futebol português, europeu e mundial. Quem está ao serviço do F.C.Porto sabe ou se não sabe tem de saber que está num clube de alto nível de exigência, o profissionalismo é para levar muito a sério e onde a atitude correcta tem de estar presente do primeiro ao último minuto. Quem representa o F.C.Porto não pode trabalhar muito e bem até virar o resultado, como aconteceu ontem, e depois achar que já não era preciso manter a mesma atitude, os mesmos níveis de concentração, já tinha o direito de abrandar, relaxar, mesmo que o resultado indicasse apenas uma diferença mínima. E, principalmente não pode, porque o que aconteceu não é a excepção que confirma a regra, esta postura tem sido recorrente no F.C.Porto das últimas épocas. Do nada o Boavista marcou um golo, não podia fazer outro, até num lance fortuito em que o futebol é fértil? Podia. Estamos a ser injustos quando atacamos este problema, criticamos estas atitudes? Não, não estamos. O F.C.Porto precisa de mudar, tem de mudar e só começará a mudar se voltar a ser aquilo que foi no passado. Isto é, descompressão, sim, às vezes com consequências, mas excepcionalmente, porque o respeito pelo clube e por quem vai ver o jogo, deve estar sempre no pensamento de qualquer profissional.

Não tem nada a ver com Nuno Espírito Santo, já ando a dizer isto desde que André Villas-Boas, o último que tinha um discurso verdadeiramente à Porto, deixou o F.C.Porto - Passemos por cima do que aconteceu depois de terminar a época 2010/2011, quando e depois de andar a fazer juras de amor eterno, falar de cadeira de sonho e afins, nos trocou pelo Chelsea -, qual é o problema do treinador chegar à sala de imprensa no final do jogo e dizer de forma convicta e determinada, algo como isto: Jogamos muito bem na primeira-parte, estivemos bem pior na segunda. Não podemos abrandar, baixar a concentração e a intensidade, antes de resolver o jogo. Não podemos deixar que o adversário acredite que pode fazer surpresa. Temos de ser mais consistentes? Não vejo problema nenhum, disseram-no vários treinadores que passaram pelo F.C.Porto, dizem-no treinadores de grandes clubes, como por exemplo, Pep Guardiola, Zinédine Zidane ou José Mourinho. Ultimamente os treinadores do F.C.Porto parece que têm receio de dar uma reprimenda pública aos meninos...

Confesso que não me dou ao trabalho de saber quem são os árbitros auxiliares que nos têm prejudicado - já basta estar atento aos homens do apito... -, mas como o Paulo Teixeira fez o trabalho de casa, mais à frente fica uma parte do histórico de António Godinho, o tal que ontem deixou passar o golo do Boavista em fora-de-jogo, mas depois assinalou offside em dois lances regulares do ataque do F.C.Porto. Como foi com o Boavista e Sanchez se queixou - é preciso ter uma grande lata! -, apetece-me recordar um Boavista 0 - F.C.Porto 0, época 2007/2008, em que no último minuto Bertino Miranda anulou um golo a Stepanov que na altura estava muito mais em jogo que Henrique no jogo da noite passada. Curiosamente, os critérios e comentários dos analistas mudaram...

Gil Vicente 3 - F.C. Porto 1, Janeiro 2012, Godinho auxiliar de Bruno Paixão cometeu dois erros que penalizaram o FC Porto: uma grande penalidade cometida sobre Kléber pelo guarda-redes Adriano; e nas barbas de Godinho, um claro fora-de-jogo não assinalado ao Gil Vicente e que deu origem a um penalti contra o F.C.Porto e deu golo do Gil.

Benfica 2 - F.C.Porto 2, Janeiro 2013, "com o árbitro a ser o João, pode ser o João Ferreira", observem e pesquisem as três jogadas de perigo que o Godinho anulou ao FC Porto: 15 minutos iniciais, Defour, Varela e Alex Sandro isolados, ou em posições favoráveis.

Nacional 1 - Benfica 2, em Novembro 2014, novamente com Bruno Paixão, Godinho voltou a ser protagonista: Marco Matias fez o 2-2 perto do final da partida, golo limpo que o Godinho, pois claro, anulou.

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