segunda-feira, 3 de outubro de 2016
Era uma vez uma enorme pedra que alguém pôs para tapar um também enorme buraco.
Dessa perda se construiram alicerces que foram dando corpo a um edifício arrojado, forte e invulnerável. Majestoso. Mas, e há sempre um mas, o tempo tudo corrói! E a pedra acabou também sendo corroída pela idade. O majestoso edifício não caiu, não ruiu, mas ficou inclinado. Tal como a torre de Pisa.
Toda a gente se afligiu. Toda a gente acusou toda a gente. E a pedra também foi acusada de não prestar.
Ouviram-se conselhos, opiniões, contos e estórias. Todos usaram da sua palavra. Mas ninguém disse como se restauraria a pedra. E quando se cogitou a mudança da pedra, nem um único empreiteiro apareceu. Nem um único pedreiro munido de um simples calhau se viu. Mas todos continuaram a martelar na pedra.
Agora, que está á vista de todos que a pedra não conseguirá sustentar o majestoso edifício, há quem queira não retirar a pedra, mas também dinamitar o edifício. Em vez do restauro ainda possível e bem a tempo, a grande maioria quer destapar o buraco. E sabem o que acontece quando se destapa um buraco há muito, mas muito tempo fechado? Saem de lá milhares de formigas, besouros, larvas e outros insectos que estavam impedidos de o fazer.
Aos que querem que o poder no FC PORTO caia na rua, depois não se espantem de ver aparecer por aí, oportunistas, arrivistas, vigaristas e outros que nem sequer sabem qual a cor do abençoado brasão.
Se necessário for substituir a pedra, que se faça, com razão, sensibilidade, honestidade e paixão pelo majestoso edifício, e não deixar este, ser invadido pelos insectos que estavam enterrados, esquecidos, e que para muitos, nem sequer se sabia que existiam.
Tudo está nas mãos dos inquilinos do majestoso edifício.
Eu moro nesse edifico, e não tolero, não aguento sequer a ideia que um dia ele venha abaixo.
Mesmo que tenha que vir… a partir pedra!