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domingo, 30 de outubro de 2016


Vamos lá a ver se nos entendemos: não devemos olhar apenas para fora, colocar todo o enfoque nas decisões dos árbitros, mas se devemos fazer críticas para dentro - para um presidente que ultimamente cada vez que fala parece que atrai os maus espíritos, é logo desmentido pelos acontecimentos; um treinador que enche a boca com Somos Porto, mas depois diz coisas e tem comportamentos que são a antítese do que é Ser Porto(mais à frente explico); uma equipa que tão depressa cria expectativas positivas como logo a seguir borra a pintura toda, não tem estofo, não dá confiança e a juventude não explica tudo. Ontem, apesar de ter dominado o jogo durante os 90 minutos, perante uma equipa cheia de boa vontade, preocupada quase exclusivamente em defender e conquistar um pontinho, mas fraquinha, o F.C.Porto fez uma exibição desequilibrada, só os últimos 20 minutos da primeira-parte e os 15 iniciais da segunda, foram razoáveis. Aí faltou eficácia, mas não só, faltou também mais assertividade na hora de definir, houve jogadas que encrencaram porque não foram tomadas as melhores opções. No forcing final faltou clarividência, foi tudo muito confuso, mais coração que cabeça -, também temos de denunciar estas poucas vergonhas que se vão passando semana após semana. Contra o Arouca ficou um penalti por marcar, ontem outro, este com possível influência no marcador. Pior, como temos assistido, os critérios em relação aos nossos rivais, são diferentes. João Pinheiro, o benfiquista de Famalicão - ou será Barcelos?-, fez uma arbitragem sempre contra o F.C.Porto.
Nas faltas: é normal a equipa que dominou todo o jogo ter mais faltas, 18, que a equipa que foi claramente dominada, 12?; nos descontos, não deu nenhum na primeira-parte, só deu 4 minutos na segunda, com 6 substituições, jogador caído e só depois de muito tempo ter entrado a maca, guarda-redes vitoriano sempre a queimar tempo; transformou um penalti onde há unanimidade em toda a CS, num cartão ao nosso jogador Otávio, por simulação - como será que o artista do apito se sentirá perante a certeza que errou duplamente? - e não devemos clamar contra esta pouca vergonha? Devemos e por isso não entendo que o treinador tenha ido embora para o balneário. Os adjuntos, os jogadores, médico e dirigentes, tiveram algum súbito ataque de loucura? Não! Sentiram-se injustiçados, reclamaram e fizeram muito bem, o ar comprometido do árbitro disse tudo. Nuno só tinha de lá estar, por todos os motivos. Porque não esteve? Que alguém lhe pergunte na primeira oportunidade.
Assim, por mérito próprio que não renego, por óbvio demérito alheio, mas com a ajuda de quem devia ser isento e equidistante - os mesmos de sempre: árbitros sem nível, internacionais de pacotilha, feitos a martelo e ao sabor de interesses bem visíveis, árbitros com critérios desiguais e com nítida influência nos jogos e na classificação -, o Benfica chega ao Dragão com a tranquilidade de uma vantagem confortável e que até lhe permite manter a liderança mesmo perdendo. Por sua vez o F.C.Porto vai entrar no clássico pressionado, ciente que qualquer resultado que não seja uma vitória o deixará numa situação complicada na luta pelo título. É assim e com a cumplicidade de uma comunicação social maioritariamente desonesta, que nos últimos anos se tem fabricado o campeão.

Notas finais:
A frase Somos Porto foi dita por Nuno Espírito Santo(NES) numa conferência de imprensa que ficou célebre e a meio de uma temporada muito difícil para o Porto de Jesualdo Ferreira. Foi a época do túnel da pouca vergonha, uma época em que um pseudo juíz de toga vermelha, fez a diferença, deu cabo da concorrência de F.C.Porto e S.C.Braga, estendeu a passadeira vermelha ao clube do regime. Portanto, Ser Porto é algo que o actual treinador dos Dragões devia saber bem o significado. Mas talvez deslumbrado e estimulado pelas palavras de Jorge Nuno Pinto da Costa, NES na antevisão do jogo do Bonfim, teve uma tirada que me deixou apalermado. Disse o Mister: a euforia dos adeptos não se transmite à equipa. Euforia dos adeptos?! Então adeptos de um clube que ainda não faz muito tempo ganhou tudo, conquistou campeonatos sem derrotas, ficaram eufóricos porque o F.C.Porto ganhou quatro jogos consecutivos? Sendo que esses jogos foram com o Nacional, Gafanha, Brugges e Arouca? Vamos lá afinar os discursos, Ser Porto não é isto. Ou se é isto... então eu não Sou Porto!

É óbvio que não está nada perdido, nem sou de desistir. Era o que faltava. Mas estou cansado de ver uns raios de sol e pensar que está aí o Verão, depois acordar para a realidade e concluir, desiludido, que ainda estamos num Inverno triste e escuro. Estou cansado de ver que Ser Porto nos últimos tempos é um exclusivo quase só dos adeptos, gente que nunca tem deixado a equipa caminhar sozinha, tem dado muito e recebido muito pouco.
Mais tarde coloco o link dos Dragões Diário, não está abrir no sítio pretendido.


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