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sábado, 26 de novembro de 2016


Sem qualquer margem de manobra, sob pena de cavar um fosso para o líder, irrecuperável, o F.C.Porto tinha de ganhar. Nuno Espírito Santo na antevisão mostrou a convicção que íamos ganhar e sendo assim, a falta de eficácia que tanto tem afectado a sua equipa, não se colocaria. Palavra dada não foi palavra honrada, o F.C.Porto não só não ganhou, como mais uma vez, deu 45 minutos de avanço. Melhorou na segunda-parte - não era difícil, tal foi a pobreza da primeira -, mas não foi um Porto mandador, convincente, esclarecido, foi tudo muito coração e pouca cabeça, tudo feito em esforço, faltou contundência, capacidade e qualidade para marcou um golo, um golinho apenas.É mais uma enorme desilusão, uma grande frustração, estamos quase a entrar em Dezembro e este Porto é zero!
Salvo raras excepções, este Porto não é uma equipa que prima pela organização, equilibrada, dinâmica, contundente, objectiva.

Hoje, quando se esperava um Porto a entrar forte, determinado, mandão e desde o primeiro minuto a procurar o golo, não foi isso que aconteceu. O que vimos foi um Dragão de chama apagada, incapaz de ser superior, dominador, criar dificuldades ao Belenenses, obrigá-lo a sofrer. Como não foi assim, sem nunca estar pressionada, a equipa de Belém sentiu à vontade e tranquila atrás aproveitou a falta de inspiração e desorganização portista, para, na posse da bola sair sempre com propósito, explorar  bem as crateras que a equipa de NES ia dando, chegou várias vezes à área com perigo, mandou uma bola ao poste, teve mais alguns lances perigosos.  O F.C.Porto, apenas teve uma clara oportunidade, quando Corona fez um notável passe de ruptura que colocou Óliver na cara do golo, mas o espanhol em vez de rematar, passou e assim esbanjou a única possibilidade de adiantar os Dragões na frente do marcador. Não seria justo, o Belenenses não merecia ir para o intervalo a perder.

Na segunda-parte, o F.C.Porto, obviamente, só podia melhorar. Melhorou, durante um período que durou cerca de 30 minutos, entre o minuto 55 - altura em que o lateral-esquerdo do Belenenses substituiu o seu guarda-redes e sobre a linha evitou o golo de Marcano - e 85 minuto - quando Casillas evitou um golo cantado -, foi superior, atacou mais, a bola andou muitas vezes perto baliza do Belém, mas faltou clarividência, capacidade para abordar melhor os lances, encontrar as melhores soluções para atingir meter a bola na baliza. Mesmo estando por cima, o F.C.Porto só teve duas claras oportunidades, quando Depoitre - entrou para o lugar de Diogo Jota que não fez nada enquanto esteve dentro do campo . O belga também nada fez de relevante -, isolado por Otávio, fez, sei lá o quê e quando um passe de Maxi deixou André Silva na cara do guarda-redes, mas o jovem avançado falhou. Nuno ainda fez entrar André André para o lugar de Óliver e Varela para o lugar de Otávio, mas nenhum dos dois trouxe nada de novo e de muito positivo à equipa. Não quero especular sobre Brahimi, mas com esta incapacidade de marcar golos, ter um jogador que pode ter muitos defeitos, mas é dos raros - ia dizer o único -, com capacidade para sacar um coelho da cartola e num lance resolver um jogo, de fora, dá cá uma vontade de dar um murro na mesa...

Portanto, tudo somado, pelo que fizeram as duas equipas durante os 90 minutos, o empate é justo. Mas se o ponto é óptimo para um Belenenses muito mais determinado e lutador que no jogo contra o Benfica, penaliza principalmente a equipa que tinha mais responsabilidades, o F.C.Porto, que mesmo estando obrigado a ganhar, fez muito pouco para isso.
Podemos ficar a sete pontos da liderança e ainda nem chegamos ao final da primeira volta.
O treinador pede, com humildade, apoio dos adeptos. Até quando vai NES pedir a quem tem dado tanto e recebido tão pouco? O treinador do F.C.Porto já se esqueceu do que disse no final do jogo de Copenhaga? Não estávamos no caminho certo? Aquela segunda-parte na Dinamarca não era a bitóla? Bastaram poucos dias para tudo ficar novamente em causa. Não tenho memória de um Porto que não é capaz de marcar um único golo a equipas como o Tondela, Vitória de Setúbal, Chaves, Belenenses, tudo equipas da parte inferior da tabela e que lutam apenas para evitar a descida.
Pelo quarto ano consecutivo que não sei se o defeito é do cu ou das calças.
  

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