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quarta-feira, 2 de novembro de 2016


Vitória justa, mas muito sofrida do F.C.Porto. Com esta vitória o conjunto de Nuno Espírito Santo(NES) garantiu matematicamente a continuidade nas provas europeias. Desde já através da Liga Europa, pode continuar na Champions se vencer em Copenhaga, sendo que um empate também é um grande passo em frente a caminho dos oitavos-de-final.

Na primeira-parte, mesmo sem ser brilhante, o F.C.Porto foi superior, mas essa superioridade apenas lhe rendeu um golo - foi seu autor André Silva, iam decorridos 37 minutos. Se para além do golo, dissermos que os azuis e brancos só tiveram mais uma oportunidade, quando Alex Telles enviou a bola à barra, já o relógio marcava 34 minutos de jogo, está quase tudo dito. Apesar de ter muita posse, ao domínio portista faltava clarividência, dinâmica, capacidade para encontrar as melhores soluções e o melhor caminho para a baliza dos belgas. Era um futebol previsível, mastigado e assim não admira que raramente tenha incomodado o guarda-redes do Brugge. Portanto, se ao intervalo a vantagem do F.C.Porto era correcta, a diferença mínima também, não merecia mais o futebol muitas vezes incaracterístico, mastigado, sem contundência nem objectividade do conjunto de NES.

Mas se na primeira-parte o F.C.Porto foi melhor, na segunda já não foi assim. Mesmo tendo algumas boas oportunidades, os Dragões não foram capazes de ampliar a vantagem, matar o jogo e como também nunca o controlaram, perderam tranquilidade, confiança, permitiram que o Brugge melhorasse, acreditasse, arrebitasse, perturbasse, obrigasse o F.C.Porto a sofrer, acabasse o jogo a queimar tempo. Nesse período que tanto nervosismo provocou dentro e fora do campo, valeu Casillas para que os três pontos e o milhão e meio de euros ficassem do lado de cá.

Tudo está bem quando acaba bem. Mas se a defesa, incluindo o guarda-redes, está aí para as curvas - laterais e centrais em excelente plano -, Danilo fez um grande jogo e Rúben entrou muito bem, Herrera, Óliver e hoje também Otávio, nunca agarraram o jogo, nunca o fizeram fluir, nunca serviram os avançados nas melhores condições. Já o ataque, trabalha muito, André Silva, então é um mouro de trabalho, mas quer fazer tudo depressa e bem e depressa e bem... Corona entrou em grande, apenas lhe faltou definir melhor na hora de optar entre rematar ou centrar.
Agora é descansar que estes jogos deixam marcas e depois começar a pensar no clássico, mais uma final em que só a vitória interessa.

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