terça-feira, 8 de novembro de 2016
Um treinador que nunca ganhou ao F.C.Porto e por isso veio jogar ao Dragão com medo até da própria sombra. Uma equipa à imagem do seu treinador, cagona, entrou a jogar para conseguir o pontinho, qual equipa pequena, começou a queimar tempo desde o início do jogo. Mais por demérito alheio que por mérito próprio, conseguiu o milagre de empatar no tempo de descontos. O futebol é injusto, nem sempre ganha o melhor, custou-nos muito, mas não podemos continuar a carpir mágoas, temos de olhar para a frente. Temos de nos agarrar ao que fizemos bem, corrigir o que fizemos mal, pensar e encarar todos os jogos como se fossem um Porto-Benfica e acreditar, mas acreditar na prática e não apenas da boca para fora, que podemos ser felizes em Maio. Essa é a nossa obrigação e o nosso dever enquanto grande clube - dirigentes, técnicos, jogadores e adeptos.
Qualquer pessoa séria reconhecerá que o F.C.Porto foi muito melhor que o Benfica, mas como está a ser mostrado o filme do que aconteceu no Dragão na noite de domingo? Simples: quem ler e ouvir, alguns vendidos da escrita e da palavra, até parece que o vermelho brilhou mais que o azul. Um jogador que marca um golo do empate na 10ª jornada, nem sequer é um terço do campeonato, é transformado num herói do povo, o golo e o jogador, são colocados no mesmo patamar de importância de um golo que decidiu um campeonato e ficou para a história, o golo de Kelvin, na noite de 11 de Maio de 2013 - herói do povo? Só se for do povo que vos pariu! Como se vê ao lado, Kelvin, esse sim, um verdadeiro herói que perdurará como o homem do título 2012/2013, caiu do Céu.
No mesmo pasquim e na análise individual aos jogadores: F.C.Porto, total de pontos dos jogadores utilizados 74, Benfica... 80! OK, Herrera com nota 1, borrou a pintura, mas mesmo assim, num jogo em que o F.C.Porto foi claramente superior, estas análises têm lógica? Luisão que só jogou 17 minutos, não fez nada de relevante, teve a mesma nota que Otávio que fez um excelente jogo e jogou 90? Óliver fez um grandíssimo jogo, 6 pontos para o espanhol, tantos como Pizzi e Samaris, claramente com pior rendimento?
Porque gosto de pôr nome aos bois, as análises são de autoria de Pascoal de Sousa, F.C.Porto; Nuno Vieira, Benfica. Que jogo terão visto estes artistas da redacção do Porto?
São dois exemplos, podia dar mais - é só procurar e fazer um pequeno esforço, olhem, falar da análise que Duarte Gomes fez da arbitragem, exactamente como analisava quando era árbitro, com óculos vermelhos -, da forma como se procurou branquear uma exibição pequenina e medrosa do Benfica, extrapolando, enquanto no que diz respeito ao F.C.Porto, a qualidade da exibição é tratada ao de leve, o maior destaque vai para o lance de Herrera, como se tudo o que os Dragões fizeram na noite do último domingo se resumisse a isso.
Há quem diga que sempre foi assim, não devemos ligar, ouvir, ler. Dez, vinte... mil vezes, não! Temos de dar um combate sem tréguas a esta gentalha, tem de ser olho por olho dente por dente. Temos de Ser Porto dentro do campo, mas também temos de Ser Porto fora dele. E só seremos, se tivermos uma estratégia de comunicação agressiva, corajosa - no site, na DD, no Porto Canal, em todos os locais onde possamos fazer ouvir a nossa voz. Numa altura que a informação circula à velocidade da luz, é assim, numa estratégia facciosa, sectária, desonesta, desprezando, ignorando e minando uns, dando moral e puxando pela auto-estima dos outros, no que nos importa, se vai causando danos terríveis ao F.C.Porto. Não devemos permitir e devemos denunciar, se nos vermelhos, mesmo perante factos que deviam merecer críticas duras - também pelo que se passa fora do campo! -, é tudo lindo, um mar de rosas, há sempre o cuidado de não tocar nem com luvas de pelica, já em relação aos azuis, mesmo quando os elogios se deviam sobrepor às críticas, é exactamente o contrário, de uma pequena coisa faz-se um filme de terror.