quarta-feira, 9 de novembro de 2016
Ontem foi dia de denunciar o despudor dos sem vergonha, os que procuram de todas as maneiras passar mensagens distorcidos e cujos fins estão bem definidos; hoje, apesar de ainda estar a recuperar da trumpada que aconteceu lá para os states, é o momento de olhar também para nós.
Se após a excelente vitória, com goleada, na Choupana, jogo em que chegamos depois de uma série de resultados que não foram os melhores e estávamos pressionados, disse:
«Agora que parece encontrada a fórmula - mais dinâmica, verticalidade, velocidade e intensidade - e a base - Casillas, Layún, Felipe, Marcano e Alex Telles, Danilo, Herrera, Óliver e Otávio, André Silva e Diogo Jota -, é preciso consolidar, automatizar, afinar, ir melhorando... sabendo que amanhã - porque cada jogo é um jogo -, pode ser preciso alterar, adaptar e aí não pode haver hesitações, é fundamental agir no momento certo. É preferível errar por acção que por inacção» - ver tudo aqui.
Como sabemos, depois desse jogo frente ao Nacional e quando em função do que se viu, já tudo parecia que só podia melhorar, não foi bem assim, voltamos a dar passos atrás. Agora e depois de um jogo bem conseguido e que devia ter terminado com a conquista dos três pontos, pergunto:
Será que este Porto que tão bem se exibiu no jogo de domingo passado - pode sempre ter um ou outro ajustamento de circunstância, desde incapacidades físicas, lesões ou desgaste, até as características dos adversários, por exemplo -, é para valer, ou foi apenas o efeito Benfica? É uma pergunta legítima, natural, porque não podemos Ser Porto apenas quando estamos pressionados ou quando o adversário é o clube do regime, grande rival dos últimos 30 anos. Temos de Ser Porto sempre e isso significa ter em todos os jogos o mesmo espírito, a mesma atitude e a mesma vontade, já que a qualidade de jogo e a inspiração às vezes é maior e outras menor. Todos os adversários têm de ser Benfica, mesmo que defrontar o clube do regime seja sempre especial. E esta máxima tem de servir para dirigentes, técnicos e jogadores, já que os adeptos, principalmente nos jogos fora, nunca têm regateado apoio. Chaves, Copenhaga e Bélem, vão ser jogos complicados e vão responder às dúvidas que ainda me, nos, assaltam. Seria péssimo que após esses jogos chegássemos à conclusão que este carrossel de altos e baixos nunca vai ter fim.
Nota final:
O artista já referido no post anterior, o tal que fez a análise individual aos jogadores do F.C.Porto e deu nota 5 a Otávio, hoje faz uma peça sobre o jovem médio brasileiro - se fosse de me colocar em bicos dos pés até poderia pensar que o dito cujo leu o que escrevi e veio justificar-se. Como não sou, digo que é apenas coincidência...
Resumidamente, eis o que ele diz: Otávio, reflexo da fadiga muscular que o afectou, perdeu capacidade de explosão e por isso Nuno passou-o para zonas interiores. Perdeu protagonismo para Óliver nas tarefas ofensivas pela esquerda. Passou ao lado do jogo.
Vamos lá a ver: será que Otavinho passou para o meio pelas razões apontadas, ou porque é no meio que ele rende mais? Eu - e muitos outros -, ando desde o início da época a dizer que Otávio devia jogar no meio... mesmo que mais importante que a posição onde joga, importem as dinâmicas e ele nunca fica encostado à lateral, raramente vai por fora, interioriza quase sempre. Aliás, ele ir quase sempre para dentro, é para permitir a entrada nas costas de Alex Telles, é por essa razão que o lateral-esquerdo raramente interioriza.
É verdade que Otávio não esteve ao nível de Óliver, apenas por uma razão: o espanhol fez um jogo extraordinário, se não foi o melhor em campo andou lá próximo.
Otávio passou ao lado do jogo? Isso é uma bicada no NES? Como é possível o treinador do F.C.Porto ter mantido em campo um jogador que passou ao lado do jogo? É possível apenas porque não passou.
Portanto, deixem-se de tangas e principalmente não tentem fazer de nós burros que não percebem nada de bola. As vossas análises individuais às duas equipas foram uma vergonha! Mas não são uma surpresa, são uma tendência.
Sorteio da Taça da Liga, Fase de Grupos
Grupo A: Sporting, Arouca, Vitória F.C. e Varzim.
Grupo B: F.C.Porto, Belenenses, Moreirense e Feirense.
Grupo C: Braga, Rio Ave, Marítimo e Covilhã.
Grupo D: Benfica, Paços de Ferreira, Vitória S.C. e Vizela.
1ª jornada, F.C.Porto - Belenenses
2ª jornada, F.C.Porto - Feirense
3ª jornada, Moreirense - F.C.Porto
A primeira jornada joga-se a 30 de Novembro e 1 de Dezembro, enquanto a segunda terá lugar a 29 e 30 de Dezembro e a terceira disputa-se entre 3 e 5 de Janeiro de 2017
Final Four:
Meias-finais, 25 e 26 de Janeiro, estádio do Algarve, vencedor do Grupo A frente ao vencedor do Grupo C; vencedor do Grupo B frente ao vencedor do Grupo D.
Final, 29 de Janeiro, Estádio do Algarve.