quarta-feira, 30 de novembro de 2016
Varzim 0 - F.C.Porto 0; F.C.Porto 0 - Boavista 0; Sporting 0 - F.C.Porto 0; F.C.Porto 1 - Vitória S.C. 1; Estoril 1 - F.C.Porto 1. Não sei se corresponde totalmente à verdade, mas esta série de resultados, obtidos na época 1978/1979, é a mais parecida com a série que estamos a atravessar neste momento, salvaguardando as devidas diferenças e consequências - nessa altura empatar significava um ponto perdido, agora significa dois, também estávamos na 11ª jornada, mas apesar dessa perda de pontos, saímos dessa jornada em segundo lugar e apenas a um ponto do líder, Benfica. O treinador era José Maria Pedroto e o F.C.Porto foi campeão, bi-campeão, para ser mais rigoroso. O que quero dizer com isto? Que nessa altura os portistas também não encararam esses resultados de ânimo leve - ao contrário do que pensam alguns, contestação, exigência alta, assobios, etc., não é de agora...-, mas havia convicção forte, quase a certeza, que treinador e equipa tinham capacidade para dar a volta por cima, como veio a acontecer. Ao contrário do que acontece agora, onde a cada jogo que se passa, a sensação que não vamos sair disto, ainda vai ser pior no futuro, aumenta.
Quando uma equipa que é superior, a jogar na casa e frente a um adversário reduzido a 10 jogadores, não se consegue impor, isso pode acontecer, por muitas razões, mas não pode acontecer por que não se consegue jogar a um nível minimamente aceitável. Quando é assim, como aconteceu mais uma vez ontem, significa que essa equipa está doente, bastante doente. A questão que se coloca agora, é: como vai o médico/treinador, tratar esta doença, antes que já não haja cura e ela se torne fatal, jogos frente ao S.C.Braga e Leicester? Será capaz de fazer o diagnóstico correcto e aplicar as terapias necessárias para que o doente não fique mais para lá que para cá? Será que os doentes acreditam e têm confiança no médico? Entre as 22:20, mais coisa menos coisa, de sábado próximo e as 21:35, da próxima quarta-feira, ficaremos a saber se temos médico ou não. Para bem do F.C.Porto, espero que sim!
Há treinadores que se tudo corre bem, não precisam de mexer muito, as coisas vão funcionando. Se começam a correr mal, é preciso dar a volta, um golpe de asa, eles não são capazes, faltam capacidades, competência... Eu olho para estes jogadores do F.C.Porto e penso: só jogam isto? Só valem isto? O Deproite é só isto? Se é, quem o contratou e pagou seis milhões por ele, devia ser preso... Mas quando a instabilidade é permanente, não há tranquilidade, não há confiança, como tenho dito e repetido, desde há alguns anos a esta parte, todos os jogadores parecem piores do que são.
Não podemos continuar a permitir que qualquer badameco, treinadorzinho de quinta categoria, encha o peito, inche, se ache um supra-sumo na matéria, às nossas custas.
Não faz parte do meu ADN portista baixar os braços à mínima contrariedade, desistir, deixar de ir aos jogos. Mas Ser Porto não é deixar andar, assistir aos problemas que afectam o F.C.Porto e não fazer nada, ficar quieto, cego, surdo e mudo. Uma das formas de me expressar é esta... há outras e podem ter a certeza que as usarei. Com respeito pelas pessoas e Instituição, mas com a frontalidade necessária.
Nota final:
Antecipamos o jogo com o Marítimo da 15ª jornada para o dia 15 de Dezembro, quinta-feira, depois vamos jogar com o Chaves da 14ª jornada dia 19 de Dezembro, uma segunda-feira? Já não se pensa nos adeptos e marcam-se os jogos para dias da semana e quem quiser que aguente? Jogamos tarde e más horas com o argumento das televisões e depois vemos que o Feirense - F.C.Porto vai ser jogado às 16 horas e transmitido pela televisão? Mas o que é isto? Que falta de respeito e de consideração pelos adeptos, é esta? Já não chega termos de aguentar esta pobreza franciscana?
PS - Vocês da queimada que patrocinaram as mais miseráveis campanhas do Benfica contra a arbitragem, atrevem-se a criticar as queixas, mais que justas, do F.C.Porto? Não têm vergonha na cara, seus rafeiros?