quarta-feira, 23 de novembro de 2016
O meu diagnóstico é: mais que tudo, tem faltado ataque e também tem faltado treinador. Descaroçando.
Quando digo que falta ataque estou a dizer que falta alguém que materialize, que não precise de uma mão cheia de oportunidades para marcar um golo; falta passar e definir melhor na hora de rematar ou assistir; falta capacidade de tiro exterior, importantíssima para defesas fechadas, falta aproveitar melhor os lances de bola parada, importantíssimos no futebol actual. Adiante.
OK, compreendo que não se queira impedir o crescimento de André Silva e para isso ele tem de jogar e até ser titular, mas que diabo, porque não tem jogado mais Depoitre? Porque não joga mais o belga, principalmente em jogos onde André Silva está claramente desgastado? O Depoitre é tosco, tem dificuldades em se integrar, características particulares. Tudo bem, mas com André Silva, principalmente quando o desgaste se faz sentir, não acontece exactamente a mesma coisa, como ainda se viu ontem e se tinha visto em Chaves ou em Setúbal? Porque sendo o número 10 de F.C.Porto um jogador que dá tudo, vai a todas, sacrifica-se até ao limite, joga sempre, porque não é disciplinado no sentido de se lhe ensinar como se resguardar para durar mais tempo? Porque se perdoa tudo a um(uns) e não se perdoa nada a outros e são já vários os jogadores que pagaram um preço alto por essa intolerância que tem influência na cabeça de alguns treinadores?
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Ontem, até aceito que era um jogo demasiado importante, não podíamos perder, era preciso ter algum cuidado. Mas o Copenhaga estava a ameaçar, a dominar, ser superior, um golo na baliza de Casillas esteve alguma vez à vista na segunda-parte? Não, então porque não se mexeu mais cedo? Porque a equipa estava a jogar bem? É verdade que estava, mas também era notório o desgaste de André Silva e a pouca inspiração de Diogo Jota, substituí-los prejudicaria a equipa? Seria correr grandes riscos? Não me parece. O que tem ganho o F.C.Porto, nos últimos jogos, com o conservadorismo do seu treinador?
Frente ao Benfica só a resistência da cadeira evitou que a tivesse partido, ontem e em Chaves o sentimento foi o mesmo. Quando acaba este martírio? Não quero continuar a chegar ao fim dos jogos e ficar com a nítida sensação que não fizemos o que era preciso para ganhar.
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Quando o F.C.Porto for eliminado da Taça de Portugal, à 4ª eliminatória, por uma equipa que por muito bem orientada que esteja e está; se bata bem, como bate; é inferior ao F.C.Porto e isso não for motivo de conversa, seja na altura que for, algo vai mal no reino do Dragão. Somos um grande clube, não construimos o sucesso no conformismo, assobiando para o lado, não falando do que é preciso falar. Se o jogo seguinte era para a Champions e a oportunidade de questionar o treinador sobre a saída da Taça de Portugal era aquela, qual é o problema de se discutir também o que correu mal em Chaves? Tantas mesuras e tantos preciosismos para umas coisas e tão poucas para outras.
Lá fora os treinadores são espremidos até ao tutano e aguentam, aqui... não me toquem que me desafinam.
Que saudades de treinadores que enfrentavam os gajos olhos nos olhos e lhes davam davam água pela barba, os colocavam em sentido.
PS - O Conselho de Disciplina mandou instaurar um inquérito ao F.C.Porto por causa das críticas no Dragões Diário à arbitragem de João Capela. Espero que isso não nos condicione e quando for necessário falar, falemos.
- Ó Meirim, eh, pá, arranja lá maneira de não participarmos no campeonato, sempre era melhor que ter de levar com os capelas desta vida...