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quinta-feira, 15 de dezembro de 2016


Chuva, vento, frio, um tempo muito mau, mais convidativo a ficar em casa, mas como quem corre por gosto... E como o principal objectivo, a conquista dos três pontos, foi conseguido...  Nada que uma boa chávena de leite e uma colher de mel, não resolva.

Mantendo a mesma equipa que iniciou o jogo na Feira, Casillas, Maxi, Felipe, Marcano e Alex Telles, Danilo e Óliver, Corona, André Silva, Diogo Jota e Brahimi, o F.C.Porto entrou forte e bem, pressionou alto e recuperou a bola com facilidade, em posse circulou com propósito, foi dinâmico, organizado, equilibrado - não se notaram aqueles espaços no zona central e entre o meio-campo e o ataque, que se tinham notado no jogo anterior -, teve largura, pena que na hora da verdade faltasse mais critério a definir. A razão, André e Diogo, não tiveram clarividência, nem capacidade para dar continuidade às jogadas que os alas, mas também os laterais e meio-campo, aqui, principalmente Óliver, colocaram à sua disposição. Valeu Brahimi, quando o intervalo já estava muito próximo e o nulo persistia. O argelino, puxou pelo talento, encontrou o espaço entre o guarda-redes e o poste, quase da linha de fundo fez mais um golo para guardar no álbum dos melhores do campeonato. Pouco tempo depois o árbitro apitou para o intervalo, vantagem justíssima do conjunto de NES, mas que pecava por escassa. O F.C.Porto pelo que jogou e pelo que não permitiu que o Marítimo jogasse, merecia pelo menos mais um ou dois golos.

A segunda-parte, mesmo que a equipa de Daniel Ramos tivesse melhorado, as melhorias nunca colocaram em causa a superioridade e o domínio dos azuis e brancos, nem em perigo a baliza de Casillas. E quando André Silva, ao minuto 67, fez o segundo golo dos Dragões, a partida parecia resolvida. F.C.Porto tinha o jogo controlado, mesmo que a concentração, o ritmo e a qualidade já não fosse a mesma dos melhores períodos, o 3-0 esteve sempre mais próximo que o 2-1. Não entrou o terceiro, num lance que parecia não ir dar em nada, a bola foi parar a Djousse, o avançado do conjunto da Ilha, acreditou, disparou uma bomba, foi feliz, marcou, colocou o marcador na diferença mínima, obrigou a equipa do F.C.Porto a estar atenta para segurar, como segurou, os três pontos. Foi pena esse golo porque o Marítimo fez muito pouco para o conseguir e quem ouviu o treinador dos madeirenses no final até parece que com mais um bocadinho mereciam o empate, quando nada fizeram para isso.

Resumindo:
Foi um jogo em que o F.C.Porto foi claramente superior, dominou o jogo todo, podia ter goleado, mas acabou a segurar a vantagem mínima. Porquê? Claramente porque os dois avançados que jogam pelo meio, estiveram muito abaixo do que se pedia, em várias ocasiões, até chegaram a atrapalhar. E se André Silva ainda conseguiu marcar um golo, Diogo Jota foram 90 minutos a fazer asneiras. Basta dizer que enquanto o F.C.Porto chegou muitas vezes à frente com perigo, criou e desperdiçou, pelas razões apontadas várias oportunidades, o Marítimo na primeira vez que fez um remate enquadrado com a baliza, conseguiu um grande golo. Foi pena, porque a equipa de Nuno Espírito Santo sem ser brilhante, fez um jogo muito razoável e quem olhar para o resultado pode ser levado a pensar que foi uma partida equilibrada, quando não foi, foi de um único sentido até ao golo dos insulares, obtido quando faltavam apenas 5 minutos para terminar o encontro, a superioridade portista nunca foi contestada.

Aceito e compreendo que NES sentisse que o jogo estava ganho e tivesse a intenção de poupar Corona e Brahimi. Mas porque não André Silva e Diogo Jota, com um rendimento muito inferior aos dois citados?

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