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domingo, 29 de janeiro de 2017


Nota de abertura:
Nos posts digo aquilo que vejo. Se vejo preto digo que é preto, não digo que é branco. Se o treinador me merece críticas, critico, com respeito, objectividade e de forma construtiva. Sempre foi assim, sempre assim será. A grandeza do F.C.Porto não se construiu tapando o Sol com a peneira.
Por tão óbvio, nem é preciso dizer que a única coisa que importa é ganhar. Mas estaremos sempre mais perto de ganhar se jogarmos bem, já sofremos dissabores suficientes fora de casa para que deixemos de jogar como ainda ontem fizemos durante muito tempo.

Na primeira-parte do jogo de ontem, esquecendo Casillas, porque não teve nada que fazer, o F.C.Porto só teve Felipe, Marcano, Alex Telles e Danilo. É muito pouco para uma equipa que tem tantas obrigações como a do F.C.Porto.
Maxi, após lesão, esteve muito abaixo do seu rendimento habitual; no ataque, Diogo Jota até ia bem e criava espaços, mas na ora da definição, definia sempre mal, a gota de água que, acredito, levou à sua substituição, foi aquele disparate de passar e mal a Herrera, quando tinha perto de si e em excelente posição, André André; já André Silva, muito ansioso, empurrou mais do que jogou nos 45 minutos iniciais. Mas pior do que o sub-rendimento do lateral-direito ou de um ataque inexistente, foi o rendimento do meio-campo, excepção para Danilo. André André, Herrera e Óliver, lentos a pensar e a executar, só engasgavam, nunca fizeram o jogo fluir, nunca pressionaram, nunca colocaram intensidade no jogo, pior, quando saíram desse futebolzinho de peladinha,
quiseram esticar e dar profundidade ao jogo, quase sempre erram os passes, alguns foram claros exemplos daquilo que não se deve fazer. Sempre ouvi dizer que o coração de uma equipa é o meio-campo, se o meio-campo não funciona, qualquer equipa tem dificuldades em se impor.

Na segunda-parte, principalmente após as entradas de Rui Pedro e Corona, o F.C.Porto teve um bom período de jogo, conseguiu marcar e ganhar, sem qualquer mácula - dizer que o árbitro ajudou, é falso. Os Dragões foram claramente a equipa mais prejudicada. Só prova que apesar de tudo, o F.C.Porto ainda mete medo. É verdade que na parte final o jogo partiu-se, poderíamos ter sofrido as consequências, mas era preciso arriscar, arriscou-se, correu bem, se corresse mal ninguém poderia apontar o dedo. Seria muito mau, num jogo em que era preciso ganhar e ganhar, não fizéssemos tudo para o conseguir. Há quem analise só em função dos resultados, não é esse o meu princípio. Como digo muitas vezes, treinador do F.C.Porto tem de ser pró-activo e não reactivo.

Como tenho a certeza que que a equipa técnica analisa os jogos e depois reúne com os jogadores para escalpelizar o que esteve mal e é preciso corrigir, espero que esta semana isso seja feito, se possível, ainda com mais minúcia. Vem aí o Sporting, adversário forte e que vem jogar tudo no Dragão. Desejamos todos que no sábado apareça uma versão do melhor Porto, um Porto ao nível do que jogou frente ao Benfica. Nesse jogo que pelo que jogamos merecíamos ter ganho, fomos uma verdadeira equipa, uma equipa compacta, organizada, equilibrada, apenas faltou eficácia para materializar um domínio e uma superioridade que foi indiscutível. Não faço prognósticos, mas deixo a certeza: ficaremos mais próximos de ganhar, se no sábado jogarmos ao mesmo nível do último clássico.
E o jogo da próxima jornada, não é apenas um jogo, é o jogo. Uma vitória quase que garante o 2º lugar, aumentará a confiança, dará a tranquilidade para lutar pelo título até ao fim, sem a preocupação de olhar para quem vem atrás.

Notas finais:
Lamento profundamente que alguns petardos que só prejudicam financeira e desportivamente o F.C.Porto - atirar petardos quando estávamos claramente por cima no jogo, interrompendo-o e com isso quebrando o ritmo à equipa, não lembra ao diabo -, tenham o efeito de prejudicar um apoio que merece o reconhecimento de adeptos de sempre e para sempre do F.C.Porto. É preciso muita paixão, muito amor ao clube, para estar permanentemente ao lado da equipa, fazendo muitas vezes enormes sacrifícios, mesmo que nos jogos fora o sofrimento seja quase constante, os espectáculos deixem muito a desejar. Nos últimos anos os adeptos do F.C.Porto têm dado muito mais do que têm recebido.

O F.C.Porto devia perguntar e protestar com veemência junto da Sport TV, sobre o critério editorial. Por exemplo, o porquê da omissão de um lance de golo iminente aos 6 minutos, em que foi mal assinalado fora-de-jogo a Diogo Jota - a imagem é clara, mostra que partia sozinho para a baliza -, versus meia-dúzia de repetições para tentar demonstrar o quê no lance de uma grande-penalidade nítida assinalada sobre André Silva?

Curiosamente, numa altura que o mercado ainda continua aberto e muitos pedem um extremo, não vou por aí, acho que a nossa principal carência é a falta de um médio diferente, um médio intenso, contundente no último terço, e com poder de tiro de fora da área. Ver André André, dominar no peito e sem deixar cair, rematar com o peito do pé, tão fraquinho - a direcção nem discuto...-, ainda mais acentua a falta desse médio.

O clube do regime veio desmentir em comunicado, as palavras atribuídas ao Sonso do seu treinador. OK, mas o que terá dito o Santinho para apanhar 15 dias de castigo e uma multa de mais de 3 mil euros? Será que chamou doutor a Tiago Martins e este não gostou?

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