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sábado, 28 de janeiro de 2017


Obrigado a ganhar e ganhar, o F.C.Porto tinha no Estoril um obstáculo tradicionalmente difícil, mas que era obrigatório ultrapassar. Não só porque vencendo colocava pressão no líder que só joga segunda-feira, como mantinha quem vem atrás em sentido, também porque perder pontos agora poderia significar um duro golpe nas aspirações portistas. Não decidindo nada, era, portanto, um bom teste para saber se temos ou não, um Porto a acreditar que sim, podemos ser felizes em Maio.
Durante perto de 70 minutos, parecia que não, que este Porto não era capaz de se soltar, ganhar um jogo fora de casa. Na parte final, depois que o treinador deixar de inventar e colocar os jogadores no seu sítio, o F.C.Porto melhorou muito, chegou à vantagem, aumentou-a, ainda viria a sofrer um golo que podia ser evitado, mas conseguiu o principal objectivo, ganhou e encostou no Benfica. Mas quem estava à espera de uma exibição segura, uma exibição que transmitisse tranquilidade e confiança para o futuro, não a viu e provavelmente nos jogos longe do Dragão, nunca verá. Se todos os jogos terminarem com vitórias...

Nuno Espírito Santos escalou um onze com Casillas, Maxi Pereira, Felipe, Marcano e Alex Telles, Danilo, Herrera, André André e Óliver, Diogo Jota e André Silva e o F.C.Porto partiu para uma primeira-parte igual a tantas outras, muito fraquinha. Lento, previsível, sem largura, sem profundidade, sem inspiração e trapalhão, incapaz de se impor a um Estoril que não precisou de muito para controlar e evitar sofrer grandes calafrios, os azuis e brancos mais uma vez fizeram muito pouco para chegar ao intervalo na frente no marcador. Se em alguns dos últimos jogos fora, a equipa de NES não marcou, mas teve oportunidades, hoje apenas uma ameaça, não um golo cantado, aos 11 minutos por Alex Telles e nada mais. O treinador dos Dragões ainda mexeu, ao minuto 36, tirou Diogo Jota e meteu Brahimi, mas o argelino foi para o meio, não trouxe aquilo que a equipa precisava, largura, tudo continuou na mesma. Ao intervalo a questão que se colocava, era: isto é futebol de uma equipa que quer lutar pelo titulo? Não, não era! E se o que se viu hoje, fosse uma excepção à regra, ainda vá lá, mas salvo pouquíssimas vezes, o que se viu foi mais do mesmo.

Depois de se exibir tão mal nos 45 minutos iniciais, dificilmente o F.C.Porto não melhoraria na segunda-parte. Mas se melhorou, até ao minuto 70, melhorou pouquíssimo. Foi já com Corona que entrara junto com Rui Pedro - saíram Herrera e Óliver -, ao minutos 66, na direita, e Brahimi na esquerda, com Rui Pedro próximo de André Silva, que a equipa de NES se sentiu mais confortável, deu um ar da sua graça. Foi quando teve largura que o F.C.Porto se exibiu a um nível aceitável, foi a partir daí, que foi para cima do Estoril, marcou dois golos, apesar de sofrer um, conseguiu chegar à vitória. Vitória que sendo justíssima, foi mais uma vez muito sofrida.

Nota final:
Hoje, no António Coimbra da Mota, muito por culpa de um treinador que resolveu experimentar; de um meio-campo sem ideias, lento a pensar, executar e muito mal a passar e decidir - apenas Danilo jogou a um nível alto, os outros, incluindo o que continuou em campo, André André, por várias vezes só atrapalhavam; também porque dos laterais, só um, Alex Telles, cumpriu bem a sua função; o F.C.Porto viu-se em apuros, teve muitas dificuldades, chegou a pairar no espírito do universo portista que o jogo terminaria empatado.
Agora vamos esperar tranquilamente para ver o que vai acontecer na segunda-feira em Setúbal...

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