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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017


Tudo pode e deve ser discutido, porque as críticas, desde que de boa-fé, com respeito e objectividade, são sempre bem-vindas. O futebol é um jogo simples, facilmente decifrável, podemos não ter capacidade para dar um treino, por exemplo, mas não precisamos de ser treinadores, nem iluminados, para perceber um jogo, analisar o que esteve bem ou mal. Portanto, vamos a isso...

Não acho que conhecida a equipa, Casillas, Maxi, Felipe, Marcano e Alex Telles, Danilo, Rúben, Herrera e Brahimi, Soares e André Silva, alguém se atrevesse a dizer que era uma equipa de tracção à rectaguarda, um sinal de medo. Não. Embora não me custe acreditar que a estratégia passasse muito por um raciocínio realista, eles são melhores, mais fortes colectiva e individualmente, portanto, damos-lhes a bola, ficamos na expectativa. Depois, se defendermos bem, com bola, formos capazes de sair rápido no contra-ataque, podemos causar danos. E no início do jogo as coisas até pareceram funcionar, a Juventus pareceu de alguma forma surpreendida, o problema é que essa surpresa durou apenas até ao minuto 6, até ao livre em zona frontal que Brahimi atirou por cima da barra. A partir desse momento a Juve ajustou, passou a dominar, a ser dona da bola, impediu o F.C.Porto de jogar, obrigou-o apenas  defender. Não foi estratégia, foi o poderio italiano, superior em todos os capítulos, que condicionou a equipa de NES. Como ainda por cima, quando tínhamos bola, os avançados, Soares - claramente a acusar a responsabilidade de nunca ter jogado a este nível - e André Silva, raramente foram capazes de a ter e manter, aguentar e esperar a subida dos colegas, só dava Juventus. Até que veio o minuto 27, a expulsão e a partir daí era apenas tentar aguentar, manter o nulo. Mantivemos até onde foi possível, mas quando os treinadores começaram a mexer, como disse no post de ontem, Allegri foi feliz e tem outra qualidade, Nuno não. Como ainda por cima falhamos e demos duas casas de todo o tamanho, os italianos marcaram dois golos, venceram com justiça. E podíamos ficar por aqui, mas há algo mais a dizer.

Quando saiu Rúben, compreendi, Rúben esteve muito tempo parado, o jogo exigiu muito, o desgaste notava-se, era preciso refrescar. Quando entrou Corona a minha reacção foi do tipo, não posso criticar a ambição de querer ganhar, mas como o jogo está, é ousadia a mais, eu metia um médio, Óliver - que nunca aqueceu - ou André André que estava a aquecer. Mas será especulativo dizer que foi aí que esteve o busílis da questão, provavelmente, mesmo com a entrada de um médio o resultado teria sido o mesmo. Obviamente, se soubesse que Herrera estava notoriamente condicionado e com o pé naquele estado, era o mexicano que o treinador Vila Pouca teria substituído. Aliás, não percebo porque foi o capitão do F.C.Porto obrigado a um sacrifício enorme, quando ainda podíamos fazer duas substituições.

Resumindo: sou um adepto exigente, mas realista. E ser realista é ter consciência que o F.C.Porto tem limitações, essas limitações são mais notórias frente a equipas de qualidade superior como é o caso do pentacampeão italiano. Claro que esperava mais dos Dragões, não esperava um Porto tão tolhido, tão incapaz de jogar como aconteceu até à expulsão de Alex Telles. Mas sempre tive a noção das dificuldades, da enorme montanha que tínhamos pela frente, sempre esteve no meu espírito que só um Porto perfeito e uma Juventus abaixo do seu normal, poderia colocar a equipa de NES em condições de alcançar um resultado que lhe permitisse discutir a eliminatória em Turim. Não foi o que aconteceu, não houve surpresa, venceu naturalmente o melhor.
Ainda falta um jogo e no futebol às vezes há milagres. Mas como sou realista e os milagres estão cada vez mais raros, prefiro dizer que o mais importante agora é esquecer a Champions.
Concentremo-nos no jogo frente ao Boavista, no campeonato, essa é que é a nossa luta. Ao contrário da prova rainha da UEFA, essa é uma guerra que podemos ganhar.

Não faz parte do meu feitio reduzir tudo aos erros do árbitro, mas Felix Brych no jogo de ontem tomou sempre o partido do mais forte, deixou sempre a sensação que olhava para os italianos de forma diferente. E a Juventus nem precisava disso...

Os cobardes insinuam, não acusam, é isso que faz hoje no panfleto da queimada, Rui Gomes da Silva, vulgo Chouriço. Insinuar, acrescentando que para bom entendedor meia palavra basta, que as confusões que existiram domingo passado na Pedreira, antes e após o jogo, não foram obra de adeptos do S.C.Braga ou do Benfica, mas de adeptos do F.C.Porto, disfarçados, é uma canalhice, reveladora do carácter do Chouriço.
- Rui Gomes da Silva, para além de Chouriço, és um Porco, um Troglodita, Escumalha da pior espécie. Defendes a teoria de olho por olho, dente por dente. OK, por isso, era assim, desta forma e neste tom, que o F.C.Porto te devia responder. Porque sendo o F.C.Porto uma Instituição Centenária, prestigiada e que tantos e tão grandes serviços presta ao desporto e ao futebol português, não pode nem deve consentir que um ordinário como tu, sistematicamente o provoque, insulte, lhe falte ao respeito.
Não me venham com histórias... se o Chouriço não respeita, passa o tempo a insultar, provocar, achincalhar, é esta a linguagem que ele merece.

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