Populares Mês

quarta-feira, 26 de abril de 2017


Cada dia ou cada terça-feira que passa, ao ao lermos o Dragões Diário ou vermos o Universo Porto - da Bancada, apesar de conhecermos bem o polvo e os seus tentáculos, sabermos até onde ele pode ir e até onde pode ir a desfaçatez de alguns, em primeiro lugar do presidente do Benfica/clube do regime, Luís Filipe Vieira - aqui no blog tantas vezes denunciada -, ainda vamos ficando surpreendidos. Como se viu no programa de ontem, em plena sala de imprensa de Alvalade e com ares de dono disto tudo, Vieira intimidou jornalistas, provocou e para terminar deu ares de bom samaritano, atirando a enigmática frase: foram mesmo três penálties, coitado do Artur. Ficamos todos sensibilizados com essa declaração, até porque nós também em plano estádio da Luz já tínhamos dito o mesmo. É, quando de um Benfica 2 - F.C.Porto 0, época 2013/2014, vendo a vergonhosa arbitragem do juiz do Porto, dos penálties que não assinalou - dois, daqueles que não são de televisão (como agora se disse, foram os do Sporting - Benfica), um num empurrão a Quaresma e outro num derrube a Danilo, que para o escândalo ainda ser maior, levou amarelo por simulação e veio para a rua -, de beneficiar claramente o infractor numa jogada em que Jackson Martínez ia isolado para a baliza do Benfica, também dissemos, coitado do Artur... pena que ninguém captasse o desabafo.
Se quem tinha qualquer dúvida acerca da existência de um um polvo tentacular, do estado lampiânico e das cumplicidades que goza junto de uma comunicação social castrada, sem esquecer as conivências com poderes públicos e privados, já as perdeu completamente. Apesar disso o que admira é vermos gente ligada ao Benfica e que devia ter cuidado e tento no que diz, ainda se dar ares de superior e atirar-se aos outros, esquecendo e passando como raposa por vinha vindimada, sobre factos gravíssimos que aconteceram durante o passado fim-de-semana, como fez hoje Bagão Féliz no panfleto da queimada.

Como digo muitas vezes, têm telhados que não aguentam nem com uma casca de tremoço, mas quem os vê, ouve e lê, parece que são de uma casta superior, só lhes faltam as asas para serem anjinhos.
Na mesma linha do que disse ontem, agora anda tudo preocupado com o estado do futebol português. Querem resolver o problema? Já em 2010 fiz o diagnóstico e apontei a solução - aqui.
Estamos em 2017, os problemas continuam e têm sempre a mesma origem: o Benfica/clube do regime e quem o lidera. Enquanto não houver coragem para tratar o clube da Luz e quem o lidera, como tratam os outros clubes e os seus líderes, o futebol português vai ser sempre isto... a não ser que nós e o Sporting nos conformemos. O Benfica/clube do regime não é capaz de reconhecer o mérito dos adversários, julga-se com direitos diferentes, acima da lei, quando alguém se atravessa no seu caminho começam os problemas. É só olhar para o futebol português dos últimos anos.

Quatro notas finais:
Curioso tratamento jornalístico que foi dado ao que paga o Benfica em comissões, em comparação com casos semelhantes passados no F.C.Porto.

Pelo sim, pelo não:
- Alô, alô, Sandra Felgueiras, por onde andas tu?

O outro vai trocando de treinadores como quem troca de camisa. Se fosse presidente do outro grande clube do distrito, já há muito que tinha saído pela porta dos fundos. Como é presidente de um clube que desde que ganhe casa mãe, tudo está bem, lá vai continuando e quer ser campeão nos próximos tempos. O poder do polvo não dá para tanto... ou dá?

O jornal O Jogo que tem a fama de ser um jornal pró-F.C.Porto e é quase sempre utilizado por adeptos e não só, de outros clubes, como arma de arremesso e contraponto ao benfiquismo, esse sim notório e doentio, do panfleto da queimada. Não acho nada, desde as capas a Norte e a Sul, colunistas, espaços dedicados a cada um dos três grandes, análises aos casos de arbitragem, editoriais, etc. Mas ainda bem que não é, um jornal como eu o entendo, tem de ser isento, rigoroso, equilibrado, ter ética e deontologia, não pode ser pró-nada. Tudo isto vem a propósito das razões de queixas do F.C.Porto no jogo frente ao Feirense. O Jogo foi ouvir, pasme-se, Pedro Henriques, não o ex-árbitro, mas o comentador da Sport TV, um faccioso, tendencioso e sectário da pior espécie - porque não foram ouvir o Pedro Guerra, o Chouriço ou o Pedro Ventura, por exemplo? É que não se diferenciam...

Sobre o F.C.Porto - Feirense, disse Pedro Henriques:
"Isto não pode servir para explicar todos os tropeções. Ao FC Porto não é a primeira vez que isto acontece: sempre que tem uma oportunidade de passar para a frente, a equipa falha. Eu sei que tem influência os erros da arbitragem, mas os erros fazem parte do futebol. Mas uma equipa que falha dez golos não pode justificar apenas com erros de arbitragem e tem de assumir as suas responsabilidades. E a verdade é que os jogadores estão sempre de parabéns, mas parece-me que foi um tiro no pé..."
Este comentário e fazendo um grande esforço, como tese até podia ser aceitável, mas nunca vindo da boca de Pedro Henriques. Porquê? Porque se recuarmos uns meses e verificarmos o que foi dizendo o mesmo comentador durante o Marítimo - Benfica:
"O árbitro anda a dormir o jogo todo."
"Deve ter chuva nos olhos e precisa de um limpa-brisas para limpar o olhos."
"Este árbitro é ridículo."
"Não adianta os jogadores do Benfica caírem porque ele hoje não marca nada.", rapidamente concluiremos que é mais um que se rege pela cartilha, tem dois pesos e duas medidas, o que disse sobre o F.C.Porto nunca diria sobre o Benfica.


- Copyright © Dragão até à morte. F.C.Porto, o melhor clube português- Edited by andreset