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quinta-feira, 27 de abril de 2017


Os adeptos do F.C.Porto, uns mais do que outros, mas cada um dentro das suas possibilidades, têm-se mobilizado num apoio à sua principal equipa de futebol, como já não se via há muito tempo. E não foi apenas quando cheirou a título, foi desde o início da época, continuou numa fase difícil e os resultados eram maus, ninguém desiste, mesmo com sucessivos murros no estômago, frustrações e desilusões semanais e com a última ainda bem viva no pensamento. Prova disso, prova que mesmo dando muito mais do que têm recebido e ainda abalados pelo último resultado, não abandonam a equipa, esgotaram em poucas horas os 1700 bilhetes, uma bancada completa do Estádio Municipal Eng. Manuel Branco Teixeira. Também é preciso dizer que apesar de estarem há demasiado tempo sem festejar um título, nunca os adeptos do F.C.Porto tiveram atitudes e comportamentos menos próprios contra treinador e equipa, uma atitude louvável e que se saúda. Tivessem todos os profissionais do F.C.Porto a mesma paixão, entusiasmo e espírito, mesmo contra tudo e contra todos, a situação nesta altura era bem melhor.

Então há um histórico de prejuízos ao F.C.Porto e benefícios ao clube do regime que vem de trás e que começou logo nas primeiras jornadas desta época e em vez de atacarmos o problema a montante, fomos tendo paciência? À espera de quê? De milagres? Porquê falar agora, quando as coisas estão complicadas? E fiquemos por aqui... embora essa do medo de não voltar a ganhar desse pano para muitas mangas.

Tenho pena, mas não posso sair disto, deixar de denunciar uma campanha cínica e hipócrita de gente que tem grandes responsabilidades no actual estado do futebol português, mas lava as mãos, como se não tivessem nada a ver, culpam os outros, agora, apenas porque lhes dá jeito, faz apelos pungentes à paz. Sempre disse que no futebol português não há anjos e demónios, mas é miserável que alguns, por falta de coragem para apontar o dedo a quem tem nos últimos anos contribuído e muito para o actual estado em que o futebol chegou, generalizem, coloquem todos no mesmo saco.
Alguém acha que fariam a mesma coisa se antes de um F.C.Porto - Benfica, um adepto do clube do regime fosse atropelado mortalmente por alguém dos Super-Dragões? O que diriam se fosse Jorge Nuno Pinto da Costa a ter o mesmo comportamento e a dizer o que disse Luís Filipe Vieira após o derby? E não é extraordinário que Rui Santos, essa ratazana que há anos e impunemente cria os mais tenebrosos cenários e teorias da conspiração, depois disserta sobre as suas criações como se fossem verdades absolutas - mas mais não são mentiras que não resistem ao mínimo contraditório -, também acuse dentro dos mesmos pressupostos?
Haja pudor e vergonha. A desfaçatez desta gente ultrapassa todos os limites.

António Pacheco, ex-jogador de futebol e que agora se presta a este lamentável papel de insultar o F.C.Porto, "Jogar nas Antas? Os árbitros estavam todos comprados pelo Porto" - espero que o obriguem a sentar o cu no mocho - para ficar bem na foto do benfiquismo, é o mesmo que no passado e numa altura que o clube do regime não tinha dinheiro nem para mandar tocar um cego, não hesitou em rasgar o contrato, mandar para o lixo a paixão pelo encarnado e passar para o outro lado da Segunda Circular. Por isso, numa altura que o clube do regime está na berra pelos piores motivos - mais uma morte com origem numa claque fora-da-lei do Benfica -, nada como recuperar histórias do passado, primeiro, com o objectivo de desviar atenções, numa lógica, se eles fizeram, nós também podemos fazer; segundo, tentar cativar quem o apelidou de traidor e vendido.
Sempre a mesma argumentação, sempre as mesmas posturas, sempre o mesmo modo de agir: é preciso dar provas de vida, ter protagonismo, limpar a face? Usa-se e ataca-se de forma rasteira o F.C.Porto.

O Conselho de Disciplina abriu um processo de inquérito contra o 4º árbitro do Braga - F.C.Porto, Tiago Antunes. Repito o que disse à dias: que vá até às últimas consequências, não pode ficar nenhum dúvida acerca do comportamento deste afilhado de Ferreira Nunes.

Estou pasmado! Então Rui Pereira, ex-Ministro da Administração Interna, benfiquista com presença assídua nos camarotes da Luz, mesmo quando exercia cargos públicos e que estava sempre disponível para receber as queixinhas do clube do regime no seu ministério - uma vez nem hesitou em colocar o Grande Porto em estado de sítio para que nada pudesse interferir com a chegada da comitiva do Benfica, na altura, suponho que a Gaia -, mas nunca se lhe conheceu uma declaração pública no sentido da legalização das claques do seu clube, vem agora fazer apelos à legalização?
Isto de facto, só com um grande e à prova de bala, estômago.

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