Populares Mês

quinta-feira, 20 de julho de 2017


No segundo jogo em terras mexicanas, em Guadalajara, frente ao Chivas, vencedor do torneio Clausura, teoricamente um adversário mais forte que o Cruz Azul, com quem empatou a zero na madrugada da última terça-feira, mas já mais adaptado ao fuso horário, menos desgastado​ e sem o problema da altitude, esperava-se um Porto mais solto, capaz de mostrar outros argumentos, que está a evoluir. E assim foi. A equipa de Sérgio Conceição fez uma boa primeira-parte, chegou ao intervalo a vencer por 2-0 e podia ter feito pelo menos mais um golo, muito pelo efeito das substituições, não esteve tão bem na segunda, deixou-se empatar, mas merecia ter ganho.

Entrando com Casillas, Ricardo, Filipe, Marcano e Alex Telles - único sector onde não houve mexidas em relação à equipa que iniciou o jogo anterior -, André André e Óliver no meio, Hernâni na direita e Otávio na esquerda e dois avançados, Soares e Aboubakar, o F.C.Porto arrancou uma primeira-parte de bom nível.
Entrando a pressionar bem e beneficiando dessa pressão, iam decorridos apenas 2 minuto e já conjunto de Sérgio Conceição estava em vantagem. Corte defeituoso da defesa do Chivas e Aboubakar a aproveitar muito bem para fazer golo. Melhor era impossível. Também pelo  tónico de estar por cima do marcador, viu-se um Dragão mais solto, mais rápido e mais equilibrado, mais equipa que no jogo anterior. Tendo mais bola e trocando-a com propósito, já mais rápido a pensar, executar e sair para o ataque, os Dragões com dois laterais a darem profundidade e Óliver com a batuta, foram claramente superiores. O segundo golo surgiu naturalmente, obtido por Otávio e numa jogada de compêndio, não permitiram nada aos mexicanos, tiveram algumas oportunidades para chegar ao intervalo mais confortáveis no marcador.

Antes do intervalo, ao intervalo e com o desenrolar do jogo as substituições aconteceram - Casillas((José Sá aos 35 e depois Vaná aos 81); Ricardo(Corona aos 46); Filipe(Indi aos 46);Marcano(Jorge Fernandes aos 81); Alex Telles(Rafa aos 74); André André(Sérgio Oliveira aos 46); Óliver(Herrera aos 35, depois Mikel aos 74); Hernâni(Maxi aos 35, depois Layún aos 67), Aboubakar(João Carlos Teixeira aos 67); Soares(Galeno aos 46); Otávio(Brahimi aos 46) - e naturalmente isso teve reflexos no rendimento da equipa.
Na segunda-parte, a entrada voltou a ser forte, nada se alterou em relação ao que de bom tinha acontecido na primeira, o terceiro golo esteve a vista. Mas quando e ser ter feito nada por isso, o Chivas reduziu, num lance caricato e que não devia ter sido validado, as coisas começaram a mudar. Não é que os mexicanos fossem muito superiores, nada disso, mas tiveram mais bola, chegaram mais vezes e com mais perigo à baliza do F.C.Porto, viriam a conseguir o empate numa desatenção da defesa portista - muito espaço nas costas de Rafa, Jorge Fernandes batido e Layún mal colocado, o defeito que tarde em corrigir, a deixar o marcador golo sozinho nas suas costas. Foi pena, até porque nos entretantos, com mais discernimento e assertividade no último passe, os Dragões podiam ter feito outro golo.

Nota final:
Nestes particulares de pré-época, mais importante que saber se o adversário estava desfalcado na primeira-parte e mais completo na segunda - com o F.C.Porto passou-se o contrário -, é ter a consciência que não podemos nem devemos fazer juízos definitivos, num sentido ou noutro, sejam colectivos ou individuais, ficar deslumbrados, extrapolar coisas normais, nem arrancar cabelos porque houve coisas erradas. Não, mas podemos ver se há evolução, se a equipa cresce fisicamente e no ritmo de jogo; melhora na ocupação os espaços, se os processos defensivo e ofensivo vão a sendo assimilados. Se pressiona com critério ou de forma desgarrada; o que faz quando tem bola ou o que procura fazer para a recuperar rápido; se há trabalho nas bolas paradas ofensivas e como aborda as bolas paradas defensivas, etc., etc.. E o que vi agradou-me, mesmo que ainda haja muito para melhorar... seria absurdo que com pouco mais de duas semanas já tudo estivesse bem.
Curiosamente, alguma comunicação social aborda os jogos no México e diz: F.C.Porto não ganhou nenhum jogo. Que chatice...digo eu!

- Copyright © Dragão até à morte. F.C.Porto, o melhor clube português- Edited by andreset