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terça-feira, 4 de julho de 2017


Estou de regresso, um dia após o início da época do F.C.Porto. Foram umas férias bem passadas, fui mantendo a forma com uns posts no Twitter e no Facebook, acho que três no blog, estou preparado para mais uma época dura. Mas nesta altura não há muito para dizer... O plantel ainda está longe de estar formado e portanto não vale a pena estar a traçar cenários, quer num sentido quer noutro.
Idem para o trabalho de Sérgio Conceição. Gosto do discurso, da atitude, as primeiras impressões no trabalho de campo, dizem-me, são positivas, mas como por várias vezes as expectativas saíram defraudadas, é preciso ter calma, esperar, ver para crer. Sim, porque é bom lembrar, nas últimas épocas cometeram-se muitos erros, a situação é complicada, a margem de manobra estreita e por isso a tarefa de Sérgio Conceição não é fácil. Sérgio Conceição, é, de há muitos anos a esta parte, talvez o treinador do F.C.Porto que tem pela frente o desafio mais difícil, precisa, no mínimo, do mesmo apoio e tolerância que teve Nuno Espírito Santo.

Agora que pelo menos foi cumprido o acordo com a UEFA - facto que a não ser cumprido, teria consequências graves e não apenas por causa da multa que teríamos de pagar. Isso seria o mal menor... - nem que tenha sido à custa de, vão-se os anéis, salvam-se os dedos - André Silva e Rúben Neves - com menos pressão, sem ter de negociar à pressa, é preciso ir arrumando a casa, evitar que se comentam os erros grosseiros de um passado recente - por exemplo: faz algum sentido dispensar Aboubakar para depois ir buscar Depoitre que entretanto já saiu? Faz algum sentido contratar Boly e dispensar jogadores, pelo menos, de igual valia como Diego Reyes ou Martins Indi? -, criar condições para que o F.C.Porto tenha um plantel capaz de lutar pelos objectivos pretendidos.
Por tudo, é melhor esperar, usar de prudência, fazer apelo ao lema, vamos indo e vamos vendo.

Já sobre a saída de Rúben Neves importa acrescentar o seguinte:
Custa sempre ver partir jogadores, custa ainda mais, quando são da nossa formação. Mas o F.C.Porto sempre vendeu, faz parte do negócio, no passado saíram Rui Barros, Fernando Couto, Vítor Baía, Ricardo Carvalho ou Sérgio Conceição, neste mercado já André Silva. Só que esses foram bons negócios - sim, para mim, mesmo o de André Silva foi um excelente negócio - e saíram para grandes clubes. Sobre Rúben Neves, há quem lhe aponte falta de intensidade, deficiências no jogo aéreo, pouca utilização nos últimos anos, por isso ache que foi um bom negócio. Não concordo. Para mim, Rúben Neves é jovem com talento e potencial, internacional em vários escalões, acabado de fazer um excelente Euro-sub 21 e por isso só compreendo a saída no pressuposto que referi anteriormente - estávamos em dificuldade, lamentavelmente em tempo oportuno não houve outras hipóteses, Rúben, porque tínhamos 95% do passe, era aquele que garantia as mais valias necessárias ao cumprimento do acordo. Também gostava que tivesse saído, por exemplo, Adrián López ou Quintero, mas não apareceu ninguém interessado. Veremos até 31 de Agosto o que vai acontecer. Se resolvermos o problema da grande maioria dos jogadores sob contrato e que numa triagem o mais rigorosa possível - há sempre riscos de no futuro nos arrependermos de dispensar alguém que afinal tinha valor -, não vemos capacidade para envergar a camisola do F.C.Porto; vendermos alguns dos emprestados que não contam para o treinador, têm mercado e clubes interessados em pagar um preço minimamente justo; baixarmos uns largos milhões nos custos com o pessoal; e ficarmos com um plantel que dê garantias, será dado um grande passo em frente para a mudança de rumo, voltarmos a sorrir. Se não conseguirmos, então o pessimismo vai manter-se, os próximos tempos serão muito complicados. Também por quem não tem dinheiro não pode ter vícios, os sinais têm sido positivos, o problema não está neste defeso, esteve nos erros cometidos ao longos dos últimos anos, particularmente após o título conseguido in extremis, com o golo de Kelvin.

Agora, olhando para fora, há outra coisa que temos de continuar atentos e a combater: estou a falar da luta contra o polvo e os seus tentáculos, pela verdade desportiva, para que haja um tratamento justo, equilibrado, os critérios na disciplina e na arbitragem, por exemplo, não deixem margem para dúvidas que são iguais, não há um filho e depois os enteados.Resumindo, para que nada ensombre os méritos dos vencedores. E acerca disso, duas notas. Uma:
Ainda no último fim-de-semana o Benfica tentou uma esperteza saloia para tentar desmentir o óbvio. Aproveitando algumas omissões na notícia do Expresso, o clube do regime veio através de comunicado​ tentar vitimizar-se, falando em mentiras do jornal. Ora, se é verdade que Nuno Gomes e Paulo Gonçalves foram castigados, também é verdade que isso só aconteceu porque o árbitro Pedro Henriques colocou no relatório toda a pouca vergonha que se passou no escabroso túnel da Luz. Já o delegado da Liga, Simões Dias, foi cego, surdo e mudo ao despautério de Nuno e Paulo e por isso apanhou 18 meses de castigo. Mas pior, Pedro Henriques no final dessa época desceu de divisão e abandonou a arbitragem. Porque terá sido? Será que o ex-árbitro e agora comentador, não quererá contar a história? É que deve ser bem interessante... - esta questão já tinha sido tratada no Dragão até à morte, em posts de Setembro de 2009.
Ah, sabem o que disse na altura, o director de comunicação do clube do regime, João Gabriel, sobre o castigo? Apenas isto:"Querem limpar observadores que ousam ser independentes".
Um delegado tem um comportamento altamente censurável, omite factos gravíssimos, é castigado e o que diz o Benfica? "Querem limpar observadores que ousam ser independentes". Eis um exemplo paradigmático de uma verdade desportiva e um futebol limpo e credível, à moda do estado lampiânico. Vergonha, vocês são uma vergonha!

Outra:
Época 2013/2014, última jornada, F.C.Porto vs Benfica. O jogo não aquecia nem arrefecia, Benfica já era campeão, aproveitou para poupar jogadores, F.C.Porto era terceiro, já não chegava ao segundo, jogava pelo brio. O jogo foi arbitrado por Rui Costa, os Dragões venceram por 2-1. Luís Filipe Vieira não deve ter gostado do resultado e do alto da arrogância que o cargo de presidente do Benfica dá a qualquer um, até a um bronco iletrado, virou-se para Paulo Gonçalves, seu homem de mão e o que faz o trabalho sujo e disparou: "Temos de dar cabo da nota deste gajo". Meu dito, meu feito, de 3,5 a nota passou para 2, talvez a maior correção de nota na história da arbitragem portuguesa. Por coincidência, Rui Costa, foi um dos árbitros que mais têm prejudicado o F.C.Porto nas últimas épocas. Ainda não vai há muito tempo, na 2016/2017, não marcou um penalty do tamanho da Torre dos Clérigos, quando não viu um claro empurrão sobre Otávio, estando bem situado e a poucos metros do lance. Será que estava condicionado? Será que aprendeu a lição e agora para evitar situações semelhantes, com medo de ter mais uma grande martelada na nota caso assinalasse um penalty a favor do F.C.Porto e para não desagradar ao "grande senhor" fechou os olhos a uma grande-penalidade evidente? Não sei, não acredito em bruxas e bruxos, mas que existem, existem e na Guiné Bissau até há um muito conhecido...
Eis um bom exemplo de como o clube do regime, pressiona, condiciona, manipula. Espero que as denúncias do F.C.Porto, pelo menos tenham a virtude de pôr fim as estas nojeiras. 

Nota do dia, dedicada ao panfleto da queimada, orgão oficial do clube do regime:
Quando já vai por aí um grande burburinho acerca do jovem Chris Willock, o tal que "recusou renovar pelo Arsenal e teve Tottenham, Newcastle, Ajax, Lyon, entre outros, à perna, mas preferiu o Benfica" - acabei de citar a Bola -, pergunto:
alguém sabe onde param estes craques, também eles muito badalados e recebidos em grande euforia?

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