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quinta-feira, 14 de dezembro de 2017


Se o campeonato é o grande objetivo da época, regressar ao Jamor e vencer a Taça de Portugal, vem logo a seguir na ordem de prioridades do F.C.Porto. Para que esse desejo continuasse a ser possível, era preciso ultrapassar o Vitória, finalista vencido na temporada anterior. Ultrapassou e se não foi com uma exibição foi brilhante, em especial nos primeiros 45 minutos, foi com uma vitória justíssima e que depois do segundo golo se tornou fácil.

Na pior casa da época, apenas 16.155 espectadores - incompreensível tão pouca gente, mesmo tendo em conta que estamos na época natalícia, o horário do jogo, o tempo estava mau e era preciso pagar bilhete. Esta equipa merecia mais carinho depois do apuramento para os oitavos da Champions e da excelente vitória no Bonfim -, Sérgio Conceição em relação à equipa que entrou de início no jogo de Setúbal, fez duas alterações: Casillas no lugar de José Sá, Corona no de Brahimi, mantendo-se Maxi na direita, Alex Telles na esquerda, com Reyes - excelente jogo, sereno, concentrado, bem a desarmar e principalmente bem a passar. Felipe vai ter de aguardar... -,  Marcano no centro, Danilo e Herrera como médios, na frente para além do mexicano, Ricardo Pereira, Marega e Aboubakar. Era, tirando a falta de Brahimi, a melhor equipa que o treinador dos Dragões podia apresentar, um indício que o jogo foi encarado com toda a responsabilidade. Só que a equipa não entrou bem, esteve pouco inspirada e muito por culpa dos azuis e brancos, os 45 minutos iniciais foram pouco atractivos. Ritmo lento, sem dinâmica e capacidade para pressionar, mesmo tendo alguma, pouca, superioridade, o F.C.Porto mesmo tendo marcado um golo cedo - Aboubakar de penalty a castigar mão de Victor García - e enviando duas bolas aos postes, não agradava. Faltava clarividência e fluidez ao jogo dos portistas, era tudo feito muito devagar - só quando a bola chegava a Marega o ritmo aumentava -, a equipa preocupou-se pouco em fazer acontecer, ficou mais à espera que acontecesse.
Assim e como resumo, não admirou que no regresso das equipas às cabines para o descanso, a diferença mínima se mantivesse. Era uma vantagem que se podia considerar justa, mas se fosse um nulo também ninguém poderia falar que era injusto para o F.C.Porto.

Mantendo os mesmos jogadores, a segunda-parte já foi diferente, particularmente após Danilo, iam decorridos 58 minutos, ter aumentado a contagem. A partir desse golo, o Vitória acusou o toque, as coisas ficaram mais fáceis, o F.C.Porto passou a jogar melhor, circulou bem, dominou a seu belo prazer, ainda deu para gerir, descansar com bola, rodar jogadores e marcar mais dois golos, ambos por André André que substituiu Ricardo Pereira. Com o jogo controlado e resolvido, Soares que substituiu Aboubakar também contribuiu para a goleada ao assistir para o 4º golo e Óliver que ocupou o lugar do capitão Herrera - finalmente e com toda a justiça, o capitão é agora consensual. Teve quando saiu, um estádio inteiro a aplaudi-lo. Herrera é neste momento um indiscutível neste Porto de Sérgio Conceição -, também deve sentir-se reconfortado pelo forma como a sua entrada em campo foi recebida pelos poucos, mas bons, que estiveram esta noite no Dragão.
Concluindo, obrigação cumprida, mais uma etapa ultrapassada com uma nota razoável, Dragões nos quartos-de-final - sorteio na próxima segunda-feira -, Jamor mais perto.
Com jogo Marítimo já na segunda-feira e com os madeirenses fresquinhos - têm uma semana de descanso -, é fundamental que nesse jogo o mar azul volte em força e o estádio volte às enchentes... mesmo que o jogo seja a horas impróprias, 21horas não é hora para ir ao futebol, o horário Champions é o ideal.

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