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quarta-feira, 6 de dezembro de 2017


Apesar da noite fria 42.509 espectadores foram ao Dragão para apoiar o F.C.Porto num jogo
decisivo e importantíssimo desportiva e financeiramente. Com um grande prestígio na prova rainha da UEFA, passar aos oitavos, significaria, pelo menos, serviços mínimos garantidos, alcançar pela 13.ª vez a fase de eliminatórias, manter o prestígio intacto. Permitia também aos Dragões arrecadar 7,5 milhões, verba que nos dias que correm não pode ser desprezada. O objectivo foi conseguido, os Dragões estão novamente na fase a eliminar, chegaram ao seu habitat natural numa época de contenção de custos e em que não houve reforços e englobados num grupo difícil e muito equilibrado. Quando o F.C.Porto perdeu frente ao Besiktas, saí do estádio com a sensação que nos faltava capacidade para seguir em frente; recuperei a crença depois da vitória categórica no jogo do principado; entre avanços e recuos, chegamos ao último a depender apenas de nós, vencemos com toda a justiça. Para mim foi um feito muito meritório e por isso os meus parabéns em particular para o treinador, jogadores e adeptos, pelo apoio, embora hoje tenha achado exagerado tantos cânticos a Falcao.

Com José Sá, Ricardo, Felipe, Marcano e Alex Telles, Danilo, Herrera e André André - era para ser Otávio, mas lesionou-se no aquecimento -, Marega, Aboubakar e Brahimi, a primeira-parte do F.C.Porto, foi, acima de tudo, de grande eficácia.
Com muitas dificuldades na primeira zona de construção e em sair, a equipa de Sérgio Conceição não encarrilava, não conseguia soltar-se, era obrigada a jogar longo, procurando os espaços e a velocidade de Marega. Estava o jogo assim, quando uma bola metida na área apanhou Aboubakar sozinho, o camaronês não se fez rogado e aos 9 minutos colocou o F.C.Porto em vantagem. Era uma vantagem que pelo que tinha feito até aí, o F.C.Porto não justificava, mas não importa, viva a eficácia, primeiro remate, golo. Nem o facto de ter marcado trouxe grande melhorias ao futebol dos Dragões, as dificuldades em encontrar espaços era muita, só Brahimi com aquele futebol de ziguezagues ia conseguindo chegar à frente com perigo, só quando a bola estava em Herrera o futebol portista ganhava algum critério. E foi assim que nasceu o segundo golo: cruzamento, bola no camaronês, ainda hesitou, mas encontrou a nesga para fazer o segundo remate enquadrado e o segundo. golo. Continuava o resultado a ser melhor que a exibição e ainda melhor ficou, quando Brahimi em cima dos 45 minutos, aproveitou uma assistência de Aboubakar e fez o terceiro golo.
Portanto, sem ter jogado um futebol de grande qualidade, o F.C.Porto teve hoje a eficácia que lhe faltou contra o Benfica, chegou ao intervalo com o jogo praticamente resolvido.
A lamentar a expulsão de Felipe. Mas espero que seja o caso de um mal que venha por bem, pode ser que o brasileiro que está demasiado aéreo para o meu gosto, acalme e melhore os níveis de concentração que andam muito por baixo.

A vencer por uma margem confortável, o F.C.Porto manteve a mesma equipa - quando da expulsão de Felipe, já tinha entrado Diego Reyes e saído André André - entrou na segunda-parte para gerir, procurando ter bola e controlar, sem se desgastar, ir jogando com o tempo. Estava um jogo sem grande interesse, o Mónaco não incomodava, os Dragões agradeciam, o único frenesim foi quando entraram Falcao e Moutinho, quando o árbitro assinalou penalty, os franceses reduziram, era preciso despertar. E assim foi. Alex Telles, rapidamente colocou novamente a diferença nos três golos, o jogo voltou à mesma toada. Já com Corona no lugar de Marega e mais tarde Soares no de Aboubakar, Falcao, com José Sá mal na fotografia - tanto nervosismo, tantos disparates a jogar com os pés, porquê? Quando as equipas pressionam alto e o guarda-redes é mais solicitado, é preciso calma, ser mais assertivo na colocação da bola -, ainda reduziu, mas já não faltava muito, foi apenas despertar e como Tiquinho ainda marcou o 5º, já quase em cima dos 90 minutos, a noite acabou em festa, com o F.C.Porto a conseguir mais uma vez ultrapassar a fase de grupos e chegar às eliminatórias.
Não foi uma grande noite de futebol, a qualidade de jogo só apareceu a espaços, mas na Champions o mais importante é vencer, porque vencer dá pontos e contos, com pontos conseguem-se atingir objectivos e o primeiro da época está conseguido.

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