domingo, 10 de dezembro de 2017
Depois das vitórias de Benfica e Sporting, para manter a liderança e a vantagem para o clube do regime, o F.C.Porto estava obrigado a vencer. Não só venceu, como convenceu, fez um jogo sério, competente, mesmo em condições muito difíceis, segue na liderança que é, mas não devia ser, partilhada.
Com muito vento a prejudicar a manobra das duas equipas, obviamente mais aquela que ia ter as despesas do jogo, o Vitória entrou atrevido, pressionou a primeira zona de construção, criou duas jogadas de perigo, respondeu o F.C.Porto - entrou com José Sá; Maxi, Reyes, Marcano e Alex Telles; Ricardo, Danilo, Herrera e Brahimi; Marega e Aboubakar.- por Aboubakar, tudo ainda dentro dos primeiros 5 minutos. Aos poucos o conjunto orientado por Sérgio Conceição foi-se adaptando as condições do tempo, melhorando, passou a dominar, encostou a adversário lá atrás, mas tinha muitas dificuldades em ultrapassar a dupla barreira sadina de cinco defesas e quatro médios. Era preciso criar, romper, desequilibrar, encontrar espaços, desmoronar a muralha sadina. Aboubakar encontrou Brahimi e o argelino sozinho frente ao guarda-redes não marcou. Iam decorridos 23 minutos, estava dado o lamiré e mesmo que a equipa setubalense procurasse contra-atacar, os portistas já estavam por cima. Não admirou por isso que passado pouco tempo e após canto de Alex Telles, Aboubakar inaugurasse o marcador.
Era uma vantagem justa e conseguido o mais difícil, esperava-se que os Dragões tivessem aprendido a lição, não cometessem os mesmos erros do jogo da Vila das Aves, fossem à procura do segundo. Aprenderam a lição, foram, marcaram o segundo por Marega, ainda o terceiro de autoria de Aboubakar - achei curioso Tiago Martins ter solicitado ajuda ao VAR no lance do penalty,que o camaronês concretizou, tão óbvio ele foi. Pena que outros árbitros no passado recente não tenham seguido o exemplo...-, ao intervalo o jogo estava resolvido.
Resumindo, entrada tremida, primeiros minutos foram de susto, mas passado pouco tempo as coisas começaram a engrenar, quando o conjunto da Invicta chegou à vantagem já estava por cima, já merecia. E depois do golo de Aboubakar que abriu o activo, então nem se fala, quando as equipas regressaram às cabines o resultado não se podia dizer que era exagerado.
Com o jogo praticamente decidido, Sérgio Conceição geriu, tirou Brahimi e fez entrar Corona no início da segunda-parte - mais tarde, ao minuto 66, saiu Ricardo e entrou André André, ao 77 saiu Danilo e entrou Soares - e o F.C.Porto, embora a um ritmo calmo, manteve a concentração, teve o jogo sempre controlado, mesmo assim ainda fez mais dois golos: Aboubakar aos 69 fez o hat-trick, Marega aos 82 bisou, consumou a goleada.
Concluindo: vitória indiscutível do F.C.Porto, um Porto que, digo eu, talvez inspirado pelo feeling de Fábio Coentrão - afirmou que tinha um feeling que o F.C.Porto ia perder -, resolveu o problema com aquilo que os espanhóis chama de manita.
Notas finais:
Perder por cinco e que ainda podiam ser mais alguns e culpar o árbitro por ter validado o primeiro golo... até pode ter havido um toque, mas não foi suficiente para aquele teatro de Edinho. Espero a análise dos especialistas...
Num dia de grande temporal e num domingo à noite, ver um apoio daqueles à equipa... é um orgulho para mim enquanto portista.
Parabéns, Dragões!
Muito bem Sérgio Conceição a gerir Felipe. O brasileiro precisa da acalmar e depois Diego Reyes também tem qualidade e se brilhou na Liga do país não foi por acaso...
Adorei ver os títulos de hoje dos panfletos da queimada e da cofina. O desejo que o F.C.Porto cedesse à pressão estava bem patente. Temos pena, não cedeu. Aguentem, cartilheiros!
A BTV vai continuar a transmitir os jogos do Benfica em casa. A pouca vergonha continua. O escândalo não tem fim, neste país onde o nacional-benfiquismo bafiento, passadista, feio, porco e mau, continuam a prevalecer. Lamentavelmente.