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quinta-feira, 4 de janeiro de 2018


Em dia de clássico entre Benfica e Sporting, o F.C.Porto tinha a possibilidade de, independentemente do resultado do jogo da Luz, ser o grande beneficiado desta jornada, no que toca à luta pelo título, obviamente, desde que fizesse a sua obrigação e ganhasse ao Feirense. Não sendo brilhante, a equipa de Sérgio Conceição teve alma, carácter, ganhou e ganhou mesmo contra uma arbitragem que parecia não querer a vitória dos Dragões - mas sobre Veríssimo ainda falaremos mais à frente. E como no derby houve um empate, lideram isolados

Num campo pequeno e com um piso escorregadio e frente a um Feirense que tentava dificultar a saída, pressionando alto, mas rapidamente recuava e ficava muito curto, dava poucos espaços e defendia bem, ao F.C.Porto, que entrou com José Sá, Ricardo, Felipe, Marcano e Alex Telles, Danilo e André André, Corona, Marega, Aboubakar e Brahimi, pedia-se rapidez a pensar e executar, capacidade para simplificar,  Mas o conjunto de Sérgio Conceição começou pouco esclarecido, demorou a engrenar, tinha bola, mas na zona defensiva, não conseguia encontrar espaços, criar perigo. Por essas razões, não admirou que tirando um lance logo no início do jogo em que a bola entrou, mas antes tinha havido falta de Felipe, o primeiro remate com a direcção da baliza da equipa da casa só tivesse acontecido aos 19 minutos, por Brahimi, que finalmente libertou-se, encontrou espaço e rematou. Logo no minuto seguinte outro golo invalidado e bem: Marega estava em fora-de-jogo. Mas aos 22 minutos e à terceira, valeu mesmo, Aboubakar colocou os Dragões em vantagem. Não é que a superioridade dos portistas fosse acentuada, mas a vantagem não era uma grande injustiça para o Feirense.
É um lugar comum, mas é verdade, frente a estas equipas marcar cedo é importante, obriga-as a arriscar mais um pouco, com isso os espaços vão aparecendo e é preciso aproveitar. Com alguns exemplos na memória, Aves e Paços de Ferreira, era fundamental que a equipa de Sérgio Conceição não relaxasse, nem dormisse à sombra de uma vantagem mínima. Esperava-se, portanto, que a vencer o Porto mantivesse a concentração, os equilíbrios e a organização, mantivesse o Feirense em respeito, para depois e com mais espaço, saísse com propósito, aproveitasse as diagonais de Marega, tentasse aumentar a vantagem. Só que a vantagem portista durou pouco, o Feirense empatou aos 27 - falha de marcação de Felipe -, tudo voltou à primeira forma. Era preciso voltar ao princípio, o F.C.Porto tentou, mas porque o guarda-redes estava lá para defender, faltava definir melhor, mais clarividência, contundência e mais eficácia, o empate persistiu até as equipas irem para o descanso.
Resumindo, não foi um grande Porto e por isso o 1-1 castigava a forma pouco inspirada como os Dragões se exibiram até ao intervalo.

Para a segunda-parte e com um resultado que não interessava, Sérgio começou por manter a mesma equipa, mas as coisas não encarreiravam, o futebol portista não fluía, não criava, não marcava e o treinador começou a mexer: aos 56 minutos tirou André André e meteu Óliver. E a
equipa com o espanhol teve mais critério, mais criatividade, sem passar a ser brilhante, melhorou, mas não conseguia desmontar a excelente organização defensiva da equipa de Nuno Manta Santos. Era preciso fazer mais, o técnico dos Dragões tirou Corona, meteu Soares, aos 65 minutos - mais tarde, minuto 80, entrou Layún para o lugar de Aboubakar -  o F.C.Porto continuou por cima, acentuou o domínio, mas o golo não entrava. Não vai no jogo corrido, vai de bola parada. Canto de Alex Telles, mais uma assistência, Felipe redimiu-se, foi lá acima e aos 76 minutos fez o segundo, colocou o F.C.Porto em vantagem, justiça no marcador. Depois foi necessário aguentar, após a absurda expulsão de Felipe, sofrer, mas o objectivo foi conseguido.
Resumindo, num jogo que não mostrou um Porto dos melhores da época, na qualidade de jogo, mas mostrou todas as outras virtudes que fazem desta equipa uma equipa que deixa os portistas orgulhosos.

Nota final:
Miserável, em prejuízo dos Dragões, a arbitragem de Fábio Veríssimo. Este vermelho que a imagem documenta é surreal, o central do F.C.Porto nem toca no jogador do Feirense. O cartão amarelo a Soares é inacreditável e depois, num critério que não é compreensível, não mostra cartões a lances muito mais graves. Por isso, concordo com a posição do F.C.Porto em não comparecer no Flash-interview nem na sala de imprensa.
É difícil, é preciso fazer um grande esforço, depois do que passou em Santa Maria da Feira, para não colocar em causa as intenções do árbitro de Leiria.

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