domingo, 4 de fevereiro de 2018
Se era preciso dar uma resposta, um sinal que estamos cá e prontos a lutar pelo grande objectivo da época, trazer de volta o título para o Dragão, ele foi dado e de uma forma que não admite dúvidas.
Se alguém esperava ver uma equipa abatida pelo semi-desaire de Moreira de Cónegos, também não aconteceu, vimos um Porto alegre, disponível, a procurar e desde o primeiro minuto, afastar qualquer tipo de fantasma que pairasse. Uma excelente primeira-parte que terminou com uma vantagem curta para a superioridade portista, uma segunda não tão afirmativa, mérito do adversário, mas que nunca baixou para níveis demasiado baixos. Tudo somado, vitória justíssima e por números correctos.
Ainda a propósito:
Guarda-redes de equipa grande tem de marcar a diferença. Foi isso que ontem fez José Sá. Não foi muito solicitado, mas quando foi e em lances de golo iminente, disse presente. Aconteceu apenas por duas vezes, mas quem ouvir ou ler alguns entendidos, um, parece que o guarda-redes do S.C.Braga, Matheus, teve uma noite tranquila; dois, os minhotos foram mais perigosos, tiveram mais oportunidades que os portuenses. Obviamente não foi assim. Mesmo que se deva reconhecer o bom jogo dos bracarenses, muito activos dentro e fora do campo. O banco, então, nem se fala...
Porque não nos podemos calar...
Só o pior do sectarismo e fundamentalismo, não reconhecerá que dos três candidatos ao título, o F.C.Porto é aquele que mais razões de queixa tem dos árbitros, assistentes incluídos e VAR. No caso do vídeo-árbitro, a dicotomia olho de lince versus cegueira, nos jogos do F.C.Porto, tem sido a prática corrente, sempre em prejuízo dos azuis e brancos. Os exemplos são tantos e alguns tão recentes que me abstenho de os recordar.
Aquilo que aconteceu ao minuto 38, quando Diego Reyes, com uma cabeçada como mandam as regras e a bonita foto do Pedro Blue tão bem documenta, voltou a colocar o F.C.Porto em vantagem, é de levar qualquer um aos infinitos. Enquanto a equipa portista festejava, a dupla Ricardo Santos/Hugo Miguel, num zelo tipo, vamos ver o que diz o VAR, não vá o F.CPorto ser beneficiado e o céu nos cair sobre a cabeça, procurava ter a certeza que o golo foi regular. Porque não tem sido esse o critério quando se tratam de lances a favor do F.C.Porto, aquilo provocou em mim um sentimento de enorme revolta e um pensamento me invadiu: que pena este Dragão fora do campo já não ter a chama do passado... E assim, fica apenas o grito de revolta:
- Ide gozar e provocar as vossas priminhas. Embora a vontade fosse outra... vocês sabem do que estou a falar
O que mina a credibilidade do futebol português, faz aumentar o clima de suspeição, leva a grandes discussões, extrapola rivalidades, coloca em causa a verdade desportiva das competições, são os critérios desiguais, muitas vezes antagónicos, em vários sectores, arbitragem e disciplina em particular. E esta deve ser a principal batalha a travar por todos os que querem um futebol português melhor. Têm a palavra a FPF e a LPFP, pois esperar que a comunicação social, outro parceiro importante neste combate, seja capaz de ter o distanciamento, equilíbrio e equidistância para exigir critérios iguais, factos semelhantes, decisões semelhantes, é pedir demais. Os clubes têm o dever de pressionar para que seja assim, trazendo para a discussão exemplos concretos. De árbitros e VAR já falamos, o castigo a Sérgio Conceição e a impunidade de Fábio Coentrão, sobre atitudes parecidas e digo parecidas, porque os murros no banco de suplentes do estádio do Bonfim, protagonizados pelo jogador do Sporting, foram bem piores que os do treinador do F.C.Porto - Sérgio estava zangado com um falhanço de um seu jogador, Fábio tinha acabado de mandar outro Fábio, o árbitro Veríssimo, para o car... -, não pode ficar por umas notas nas páginas do F.C.Porto, deve merecer uma forte reacção institucional junto de quem de direito, o delegado Manhoso tem de ser imediatamente afastado.
Se é verdade como diz o JN de ontem, o delegado da Liga, Rui Manhoso, reportou nos relatórios os murros de Fábio Coentrão no banco de suplentes do estádio do Bonfim e de Sérgio Conceição no banco de suplentes do estádio Joaquim de Almeida Freitas, em Moreira de Cónegos e foi o Conselho de Disciplina a ter dois pesos e duas medidas, então o caso ainda é mais grave. Só resta pedir desculpas a Rui Manhoso e que tudo que disse sobre o delegado passe a ter como destinatário o CD e José Manuel Meirim.
A culpa foi mesmo do Meirim. Desculpas de mau pagador, uma vergonha que um vomunicado tardio e depois das reacções portistas.
Estes exemplos de critérios descaradamente diferentes, têm definitivamente de acabar. É fundamental que em nome da tranquilidade e de um clima saudável, não prevaleça o silêncio, é importante que quem dirige passe para a opinião pública a certeza que está atento, tomou nota, vai haver consequências.
Notas finais:
O Sporting cínico, italiano, uma espécie de Juventus, na palavra do bazófias do seu treinador, perdeu 2-0 no Estoril e dizem algumas más línguas, podia ter perdido por mais. O F.C.Porto é líder isolado e com 45 minutos do jogo do Estoril por jogar. E só não tem uma vantagem maior, sabemos todos porquê...
A bancada topo Norte do António Coimbra da Mota, a da polémica, não estava cheia nem tinha as claques leoninas.
Cito Abraham Lincoln:
Pode-se enganar a todos por algum tempo; pode-se enganar alguns por todo o tempo; mas não se pode enganar a todos todo o tempo...
Só agora é que vi o lance da entrada de Jonas sobre um jogador do Rio Ave. Como é possível aquilo ser apenas amarelo? Como é possível haver comentadores de arbitragem que acham que foi o cartão correcto? Será que depois daquela barbaridade alguém no Benfica vai ter coragem de voltar a falar no Felipe?
- Pronto, Manel padeiro, a partir de ontem voltaste a ser um menino querido para o SLB