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domingo, 18 de março de 2018


Depois de uma derrota em Paços de Ferreira que deixou marcas e com mais uma enchente no Dragão - 45.428 espectadores -, o F.C.Porto venceu o Boavista por 2-0. Foi uma vitória justa, o principal objectivo de manter a liderança isolada, conseguido, num jogo cheio de peripécias, com o árbitro e o VAR a serem os grandes protagonistas. Se o critério e o rigor de uns e outros em lances que o F.C.Porto foi manifestamente prejudicado, fosse o mesmo com que foram analisados os lances no jogo de hoje, este campeonato já estava decidido. Mas como não é, como os árbitros e VAR só têm olho de lince em lances em que o eventual beneficiado é o F.C.Porto, isto vai ser duro, uma guerra até final, vão ser sete batalhas em que vai preciso menta sã e corpo são. Por isso esta pausa vem mesmo a calhar. Há jogadores claramente desgastados - Felipe só aguentou porque é de fibra e tem um grande espírito de sacrifício, Marcano também chegou ao fim em dificuldades, Otávio saiu tocado por exemplo - há outros notoriamente em baixo de forma - Aboubakar é o caso mais flagrante, está uma sombra -, é importante descansar, limpar cabeças, voltar em força.

Mesmo marcando logo aos 2 minutos por Felipe e conseguindo com isso um tónico muito importante, o F.C.Porto que entrou com Casillas, Maxi, Felipe, Marcano e Dalot - má primeira-parte, melhor na segunda -, Herrera e Sérgio Oliveira, Otávio sobre a direita, Ricardo a fazer de Marega - mas durou muito tempo esta nuance, rapidamente trocaram de lugar - Aboubakar e Brahimi, esteve sempre muito ansioso, nervoso, desorganizado, pouco esclarecido e pouco inspirado, raramente foi capaz de pegar no jogo, fazer uma jogada com princípio meio o fim, quase só de lances de bola parada criou perigo. No pouco fulgor da equipa de Sérgio Conceição nos 45 minutos iniciais, houve demérito portista, sem dúvida, mas também mérito de um Boavista intenso, equilibrado e rápido a sair para o ataque. Não causou muito perigo, Casillas não teve de fazer uma única defesa difícil - apenas um remate de Renato Santos podia ter causado danos, saiu por cima da barra - mas o jogo esteve repartido, nunca os azuis e brancos estiveram à vontade no jogo, tranquilos.
Assim e tudo somado, a vantagem mínima dos Dragões, ao intervalo, ajustava-se, mas o empate não escandalizava, Foram 45 minutos cinzentos da equipa de Sérgio Conceição.

Mantendo o mesmo onze, no início da segunda-parte, apareceu um Porto mais dinâmico, mais solto, Brahimi subiu de rendimento, a equipa também, Herrera podia ter feito melhor e aumentado a vantagem em duas ocasiões. Não conseguiu e já com Óliver no lugar de Otávio e após Casillas ter feito uma excelente defesa a evitar o empate, passados poucos minutos e à terceira, Herrera beneficiou de um mau passe de Vágner e aumentou a vantagem. Depois do 2-0, também porque Óliver entrou bem, a equipa do F.C.Porto teve o seu melhor período e perante um Boavista atarantado, apenas faltou à equipa de Sérgio Conceição um avançado mais inspirado para que a vantagem aumentasse. O 3-0 também não aconteceu, porque Sérgio Oliveira, escorregou na hora de bater o penalty, deu dois toques na bola, o árbitro com a ajuda do olho de lince do VAR, invalidou um golo que todos festejaram.
Até final pouca coisa digna de relevo aconteceu. Registe-se apenas as entradas de Gonçalo Paciência e Corona, nitidamente em falso a do português, bem melhor o mexicano.

Notas finais:
Para além do lance do penalty, Bruno Esteves que estava no VAR, teve outra intervenção, reverteu um cartão vermelho e que me pareceu correcto no estádio, em cartão amarelo. Pelos vistos vi mal. Esteves mais uma vez teve olho de lince.

Tenho carinho por Hector Herrera, neste momento jogador fundamental na equipa do F.C.Porto, mas ao ver a forma como alguns jogadores do Boavista, em particular Idris, cresciam para os jogadores azuis e brancos, tive pena que o F.C.Porto não tivesse um capitão como Jorge Costa ou João Pinto...

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