sexta-feira, 16 de março de 2018
Como não adianta continuar a chorar a derrota em Paços de Ferreira - as grandes equipas só são verdadeiramente grandes se conseguirem reagir e esta equipa do F.C.Porto já mostrou que não fica prostrada, por mais forte que seja a pancada - e a perda de uma vantagem que era 5 pontos, vantagem que não sendo decisiva, era confortável, todo o enfoque no próximo jogo frente ao Boavista. É o derby da Invicta e num derby tudo pode acontecer. Mas só acontecerá surpresa se não houver um Porto normal. Sim, porque sem menosprezo para o conjunto do Bessa, a equipa de Sérgio Conceição é melhor, colectiva e individualmente, joga em casa, vai ter o apoio apaixonado e entusiástico dos seus adeptos que mais uma vez deixaram sinais que vão acorrer em massa - já estão vendidos mais de 44 mil bilhetes.
O campeonato vai interromper após esta jornada e é importante manter a liderança isolada. Depois, se não acontecer nada de desagradável aos jogadores que vão para as selecções - alguém sabe quando foi a última vez que não houve um único jogador do F.C.Porto convocado para a principal equipa portuguesa? -, nem nos que ficam por cá, no regresso do campeonato e para as últimas e decisivas sete jornadas, teremos um F.C.Porto com mais opções e naturalmente mais forte.
Estamos a meio de uma guerra contra o nacional-benfiquismo e o estado lampiânico, a cada dia que passa vai ficando mais claro o escândalo que assola o clube do regime, por mais que eles ameacem tudo e todos com processos, tentam reduzir tudo a uma mão cheia de nada - olhem que não, olhem que não...
Contamos com as tropas em campo e com quem as comanda fora dele, para ajudar a vencer esta guerra.
A minha equipa:
Casillas, Ricardo, Felipe, Marcano e Dalot, Sérgio Oliveira, Herrera e Otávio, Corona, Aboubakar e Brahimi.
A forma ligeira, displicente, género, isso é um faits divers, como o 1º Ministro abordou ontem no Parlamento o escândalo E-Toupeira, é significativa de como os assuntos que envolvem o Benfica - clube querido de António Costa -, são tratados neste país. Já do líder parlamentar do principal partido da oposição, a sensação que fica é que Fernando Negrão quis dar a conhecer ao país que também ele é benfiquista - sim, porque ao contrário do seu interlocutor, não era conhecida essa sua faceta. Parece um regresso ao passado bafiento em que quem não era do Benfica não era bom chefe de família.
Já o presidente da República, sempre tão interventivo, sobre este escândalo assobia para o lado, não diz nada.
Com este quadro pela frente, alguém acredita que isto vai lá com uns tweets do director de comunicação ou com umas bicadas nos Universos Porto? Eu não acredito. O F.C.Porto precisava de um regresso ao passado, aos tempos de uma liderança forte, corajosa e interventiva.