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quarta-feira, 21 de março de 2018


Lembram-se todos os que frequentam o tasco - está difícil resistir às propostas para que vire Hostel -, dos muitos posts que fiz contra um cavalheiro que quando chegou à Câmara do Porto escolheu o F.C.Porto e o seu presidente como principais inimigos. O objectivo era claro, cair nas boas graças do centralismo lisboeta, anti-portismo e pintismo, primário. E caiu. Virou herói na capital do império - curiosamente, agora são esses os primeiros a atirar-lhe com tudo e a fazer-lhe  vida negra. É bem feito! -, louvavam-lhe a coragem para acabar com a promiscuidade entre a política e o futebol. Lembram-se todos, também, os variadíssimos posts que fiz sobre a promiscuidade entre a política e o futebol, sobre a tribuna da Luz sempre muito bem frequentada por políticos, num desses posts até disse que eles eram tantos que mais parecia uma reunião do Conselho de Ministros. Como não deixei de notar as diferenças entre a a forma como foram tratados, Fernando Gomes e Rui Pereira, ambos ministros de Administração Interna de um Governo PS, o que frequentava a tribuna do Dragão foi arrasado, o que era um ferrinho na tribuna da Luz nunca foi questionado. E concluí, sem margem para dúvidas, que a promiscuidade é azul. Foi uma conclusão óbvia, atendendo à diferença de tratamento quando as coisas aconteciam a Norte ou a sul.
Agora, em função daquilo que se vai sabendo, apetece perguntar: quem na política lisboeta e centralista, ainda não pediu convites para jogos do Benfica? Mais, ninguém se choca, ninguém fala em vergonha, ninguém aponta o dedo e diz: é preciso acabar com a promiscuidade entre a política e o futebol? A promiscuidade vai continuar a ser azul, quando, pelo que vamos conhecendo, nunca aconteceu algo semelhante com jogos do F.C.Porto? E o senhor presidente da República, sempre tão pedagógico e que ainda esta semana pediu recato aos homens do futebol, não fica incomodado com toda esta bandalheira?
Não o incomoda saber que há políticos no activo, no caso deputados, que exercem funções de comentadores desportivos e nessa função portam-se muito pior que adeptos comuns, não raras vezes, piores que membros de claques?
Não o incomoda o comportamento sectário da secretaria de estado da juventude e desporto e do IPDJ?
Vá lá, senhor presidente da República, coloque o dedo na ferida, não generalize. O senhor não é cego, surdo e mudo, sabe muito bem o que está em causa e quem tem as maiores responsabilidades no momento que vive o futebol português. Mas se não sabe, eu ajudo-o: Sport Lisboa e Benfica.
Ah, já agora, senhor presidente, na reuniões que tem com o senhor 1º ministro, podia fazer o favor de lhe perguntar o seguinte: se fosse o Benfica a escrever-lhe uma carta, o doutor António Costa ia ignorá-la, como ignorou a do F.C.Porto?

Mais uma diatribe de Bagão Félix.
Hoje na sua habitual crónica semanal no panfleto da queimada - ver clicando na foto da esquerda - Bagão Félix volta ser intelectualmente desonesto. O papa-hóstias fala de concentração arbitral, apresenta um quadro em que se constata que F.C.Porto, nos 27 jogos disputados no campeonato, teve 12 árbitros da Associação Futebol do Porto (AFP). Por mais que Bagão tente, com a hipocrisia e o cinismo que o caracteriza, disfarçar, o objectivo está à vista, a ideia é clara, dar a entender que isso tem sido um benefício para os Dragões nesta época. Ora, nada mais falso. Se Bagão Félix, que é um observador atento ao futebol, fosse intelectualmente sério, não estivesse de má-fé, tivesse um pouco de pudor e vergonha na cara, quisesse analisar com rigor e seriedade, concluiria facilmente: nunca o F.C.Porto foi beneficiado nesses 12 jogos arbitrados por juízes da AFP. Pelo contrário, foi altamente prejudicado e com clara influência no resultado, pelo menos em dois deles. Frente ao Desportivo das Aves, árbitro Rui Costa e, principalmente, frente ao Benfica, jogo em que os Dragões foram espoliados de 2 pontos por culpa de erros grosseiros de Jorge Sousa e seu assistente, naquele que foi o maior escândalo desta temporada. Imagino, atendendo à postura do papa-hóstias, o que diria se fosse ao contrário...
Portanto, estamos na presença de mais uma diatribe de Bagão Félix, que prefere especular, confundir passar ideias falsas, dar uma imagem distorcida do que tem sido a realidade deste campeonato. É a cartilha em todo o seu esplendor, utilizando mesmo aqueles que pelas suas responsabilidades deviam ter mais recato e sensatez, mais seriedade nas análises.

Esta gente pensa que vai continuar a tratar mal uma Instituição Centenária e que tantos e tantos serviços relevantes tem prestado ao desporto português, futebol em particular e nós vamos ficar quietos e calados? Não vamos... pelo menos eu não vou!

Nota final:
Eh, pá, estive a ter tanto trabalho a fazer este post e afinal, diz o SLB, pedidos de convites para a tribuna são uma prática e comum e universal.
Perceberam, más-línguas, aqueles que no passado tanto falaram em promiscuidade?

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