Quando aos 7 minutos Uribe apanhou uma bola mal aliviada e fuzilou para golo, estava feito o mais difícil, chegar cedo à vantagem, afastar resquícios do último jogo. Depois e até ao intervalo, tirando alguns lances, muito poucos em que o complicador esteve ligado e a circulação às vezes emperrou, o F.C.Porto esteve sempre por cima, não permitiu quase nada ao Gil Vicente, conseguiu boas jogadas, mas faltou melhor definição, mais eficácia para traduzir em golos a superioridade e boa exibição dos campeões nacionais - aos 22 minutos Marega falhou incrivelmente na cara do guarda-redes; aos 28 foi Sérgio Oliveira a falhar; aos 33 foi Taremi a desperdiçar; e ainda de realçar duas excelentes intervenções de Denis a evitar os golos de Corona e de Otávio.
Resumindo, a vantagem mínima não fazia justiça ao que foram os 45 minutos iniciais. A equipa de Sérgio Conceição merecia mais.
Na 2ª parte sairam Pepe e Corona, entraram Sarr e Luis Díaz e os Dragões voltaram a entrar bem no jogo, foram superioes, pressionaram, conquistaram cantos, ameaçaram, mas só aos 60 minutos, num pontapé extraordinário de Sérgio Oliveira, aumentaram a contagem. Com dois golos à maior e meia-hora para jogar, mais que tudo pedia-se à equipa campeã nacional que mantivesse a concentração, não facilitasse, evitasse que os de Barcelos entrassem no jogo. Sem a mesma qualidade de jogo da 1ª parte e dos primeiros cerca de 20 minutos da 2ª, o futebol portista perdendo fluídez, capacidade para ter e circular, começaram os passes errados, as más opções e abordagens - ai Manafá, Manafá, tu concentrado és excelente...-, o Gil melhorou, chegou mais vezes à frente, não teve uma grande oprtunidade, mas a bola andou muitas vezes perto da baliza de Marchesín, felizmente sem consequências.
Ainda entraram Grujic, Evanilson e Francisco Conceição para os lugares de Otávio, Taremi e Marega, o jovem avançado brasileiro chegou a festejar o 3º golo, mas o VAR invalidou por fora-de-jogo de Luis Díaz - começa a ser sina...
Conclusão: sem ser exuberante, foi uma vitória justíssima e uma boa resposta dos Dragões. Com cerca de 65 minutos, atendendo âs circunstância - jogo na 4ª feira e a eliminação da Taça de Portugal, sem esquecer o jogo da próxima terça-feira em Turim -, muito razoáveis e com Sérgio Oliveira em grande plano.
Notas finais:
Ferrari vermelho inventou uma nova regra no futebol: pode-se agarrar à vontade, sem cartão, mesmo que os agarrões impeçam saídas para o contra-ataque e já no meio campo adversário.
Sarr é central, ponto!