Num jogo em que a vitória permitiria ao F.C.Porto ficar mais perto dos oitavos-de-final, para além de garantir desde logo a continuidade nas provas europeias, a equipa de Sérgio Conceição que alinhou com Diogo Costa, João Mário, Mbemba, Pepe e Zaidu, Sérgio Oliveira, Grujic, Otávio e Luis Díaz, Evanilson e Taremi, empatou. Tudo continua em aberto, mas fica um sabor amargo. A excelente 1ª parte dos portistas merecia mais, uma vantagem superior à diferença mínima que o marcador registava quando as equipas regressaram às cabines. E se é verdade que na 2ª parte o Milan esteve melhor, o F.C.Porto em oportunidades de golo teve algumas que a este nível se não podem desperdiçar.
Tacticamente muito bem, organizado, compacto e com uma pressão alta que obrigou o Milan a jogar longo e mal, os azuis e brancos marcaram um golo cedo, Luis Díaz ao minuto 6, criaram várias oportunidades para aumentar a contagem. Nos 45 minutos iniciais apenas faltou mais critério a definir e a executar no último terço e que alguns jogadores já nos 10 minutos finais em vez de simplificar, tocar e ir receber como tinham feito muito bem antes, tivessem ligado o complicador, perdessem bolas fáceis, dessem origem a algumas saídas dos italianos em superioridade numérica, felizmente sem consequências para a baliza dos Dragões. Diogo Costa só teve de fazer uma defesa e que defesa! de risco até ao intervalo.
Na 2ª parte, a perder, o Milan voltou melhor e o F.C.Porto pior.
A equipa dos Dragões esteve menos fresca, menos pressionante, menos intensa, compacta e organizada, teve menos bola, mais dificuldades para construir, sair a jogar. Mesmo assim, foi do F.C.Porto a 1ª grande oportunidade da etapa complementar, Evanilson à barra - que jogão fez o jovem brasileiro. No momento é o melhor avançado do F.C.Porto, se considerarmos os que jogam pelo meio.
Não marcaram os azuis e brancos, marcaram e empataram os milaneses, num lance que podia ser evitado. Um, porque a reacção à defesa de Diogo Costa para a frente, foi lenta; dois, porque Mbemba fez auto-golo, quando a bola não ia para a baliza e com mais calma o defesa portista podia ter abordado o lance de forma diferente.
Com o empate e as substituições, o Milan ainda cresceu mais, o perigo rondou a baliza dos portugueses, embora, diga-se, sem oportunidades flagrantes.
Sérgio Conceição percebeu que era preciso mexer, o meio-campo tinha perdido gás, tirou Sérgio Oliveira - eu tinha tirado Otávio -, meteu Vitinha, logo após, Taremi já bem dentro da área não conseguiu marcar - o iraniano está lá, trabalha muito, mas na Champions tem falhado demasiado.
O treinador do F.C.Porto voltou a mexer aos 79 minutos, entraram Bruno Costa e Francisco Conceição, saíram Luis Díaz e Evanilson - eu tinha tirado Taremi em vez do brasileiro -, ao minuto 85 Toni Martínez e Pepê em vez de Taremi e Otávio, o F.C.Porto melhorou, superiorizou-se, acabou o jogo por cima dos italianos, deixou a sensação de poder ganhar, mas faltou tempo.
Resumindo:
Bem melhor a 1ª parte, não tão boa a 2ª, mas tudo somado, um excelente Porto em San Siro. Um Porto que merecia sair de Itália com os três pontos.
Vamos ver o que vai dar o Liverpool - Atletico de Madrid, mas independentemente do que acontecer em Inglaterra, fica a certeza que os Dragões continuam na luta pelo apuramento, algo que no chamado Grupo da Morte, é um feito assinalável.