O.Lyon 1 - F.C.Porto 1. Pelo que fizeram nos dois jogos, Dragões mereciam, pelo menos, o prolongamento
Em dificuldades na eliminatória e obrigado a vencer para seguir em frente e tendo já no próximo domingo um derby frente a um Boavista sempre difícil e de pelo na venta, o F.C.Porto tinha em Lyon um grande desafio às capacidades do seu plantel.
Foi a pensar no campeonato que Sérgio Conceição começou com Diogo Costa, Bruno Costa, Mbemba, Pepe e Zaidu, Pepê, Grujic, Eustaquio e Galeno, Fábio Vieira e Toni Martínez.
Era um risco contra um adversário que tem, como se viu no jogo do Dragão, uma excelente equipa e um ataque com jogadores de grande qualidade como Paquetá, Ekambi e Dembélé, mas a ideia, não estarei a especular, seria, por um lado, poupar para o jogo do Bessa os jogadores mais desgastados, por outro, pressionar com gente fresca os franceses, tentar manter a eliminatória em aberto e depois mexer para conseguir os objectivos de chegar aos quartos.
Para isso era importante começar por manter a concentração, defender bem, para depois e sempre que possível atacar, se possível marcar.
O jogo começou equilibrado, Lyon com mais bola, portistas na expectativa, sem deixar de tentar sair para o ataque. Estava o jogo assim, uma bola metida na frente, três defesas a saírem bem para o fora-de-jogo, Zaidu a ficar uns metros atrás, na cara de Diogo Costa, Dembélé adiantou os franceses.
Procurou reagir o F.C.Porto, mas não teve muita bola, não criou perigo, até foi o Lyon que esteve mais perto do golo.
Num contra-ataque Dragões empataram, excelente golo de Pepê, estavam decorridos 27 minutos.
Até ao intervalo, melhorou o F.C.Porto, o jogo ficou repartido, Toni Martínez foi pouco lesto quando estava sozinho, Lyon sempre perigoso pelas laterais, mas o empate manteve-se, resultado justo no final dos primeiros 45 minutos.
Com bola era preciso ser mais assertivo e criterioso, aproveitar melhor os espaços, mas tudo em aberto para a segunda-parte.
Sérgio Conceição não mexeu na equipa e a etapa complementar começou com portistas melhor, mas faltava definir bem, ser mais contundente no último terço.
Aos 57 minutos saíram Bruno Costa e Eustaquio, entraram João Mário e Uribe, Porto com mais bola, mas Lyon mais pragmático, criterioso, ao contrário do F.C.Porto, não precisava de muito para ser perigoso.
A precisar de marcar, Sérgio Conceição substituiu Galeno e Toni Martínez por Evanilson e Taremi, depois Grujic por Vitinha, Dragões tentaram, podiam ter feito um golo, Vitinha falhou incrivelmente, não fizeram, caíram, mas mereciam mais.
Concluindo:
Foi uma eliminatória equilibrada, o F.C.Porto apesar de ter de gerir em nome dos principais objectivos da época, perdeu a eliminatória no jogo em casa, jogo em que esteve aquém do que sabe, mesmo que a derrota na 1ª mão fosse injusta.
Merecia, pelo menos, o prolongamento, o conjunto português.
Como o que não tem remédio, remediado está, agora é apostar tudo nas provas internas.