sábado, 20 de janeiro de 2024
Depois de ter conseguido uma vitória sem espinhas frente ao S.C.Braga, com uma exibição consistente a que apenas faltou um pouco de mais qualidade a definir, assistir e finalizar, o FCP volta a jogar em casa, desta feita a uma das grandes surpresas do campeonato, o Moreirense.
Com Diogo Costa, João Mário, Pepe, Fábio Cardoso e Wendell, Francisco Conceição Alan Varela, Eustaquio e Galeno, Pepê e Evanilson, o conjunto de Sérgio Conceição voltou a ganhar, agora de goleada, frente a uma equipa que tem surpreendido.
O Moreirense entrou bem organizado num bloco baixo, defendendo bem e procurando sair com critério para o contra-ataque. O FCP tinha de pensar e executar rápido, até estava a ter algumas dificuldades em ultrapassar a muralha dos minhotos, mas uma boa recuperação de Galeno e bom cruzamento de Francisco Conceição, Wendell apareceu a finalizar ao segundo poste, iam decorridos 8 minutos.
O Moreirense a perder subiu e começou a pressionar alto, era fundamental circular bem, aproveitar os espaços, mas não estava fácil, o futebol portista era muito trapalhão, raramente saía fluído. Muito por culpa de alguns jogadores que de complicómetro ligado, demoravam em soltar, andavam demasiado com a bola, perdiam-na sempre - João Mário, Pepê e Francisco Conceição, Galeno, Evanilson.
Já iam decorridos 38 minutos quando o FCP conseguiu sair da pressão, encontrar espaços, Wendell primeiro e Francisco depois ameaçaram.
O intervalo chegou com a vantagem mínima do FCP, mas foram 45 minutos cinzentos do conjunto da casa. O Moreirense nunca foi uma equipa dominada, muito menos sufocada. E se os da Invicta tiveram mais bola, as jogadas junto às duas balizas estiveram equilibradas.
Como é que jogadores de uma equipa de alto nível têm tantas dificuldades em pensar rápido, jogar em um dois toques, passar bem, definir e executar com critério? Era a pergunta óbvia quando as equipas saíram para os balneários.
Dragões com o mesmo onze para a segunda-parte, que começou com o Moreirense perto do golo. Procurou esponder o FCP, mas a única coisa que conseguia era passar a bola a Diogo Costa. Foram assim os primeiros 12 minutos da etapa complementar, altura em que Sérgio Conceição que não podia estar a gostar, tirou Eustaquio e meteu Iván Jaime.
E como o futebol tem destas coisas, num bom período dos de Moreira de Cónegos, canto curto, Varela cruzou, Evanilson penteou para o 2-0 aos 60 minutos.
Agora com uma vantagem de dois golos, portistas mais tranquilos, mais confiantes. Não admirou que numa saída rápida, Galeno tenha feito o terceiro aos 69 e não tardou muito o quarto, voltou a marcar Wendell aos 72 minutos numa jogada que tem de ser a marca de uma equipa como a do FCP. Não é preciso muito, apenas tocar bem, meter no homem certo, assistir com critério, ter eficácia na hora de finalizar.
Aos 79 minutos saíram Wendell, Francisco Conceição e Evanilson, entraram Jorgie Sánchez, Romário Baró e Toni Martínez.
Aos 83 minutos erro do Moreirense na primeira zona de construção, mérito da pressão de Alan Varela, que foi recompensado com o quinto do FCP.
Aos 84 minutos saiu Pepe e entrou Zé Pedro, até final nada de mais relevante se passou.
Resumindo, resultado gordo que até ao segundo golo ninguém imaginaria. Depois a equipa soltou-se, passou a fazer o que deve, o Moreirense acusou a desvantagem, perdeu-se, a goleada aconteceu naturalmente.
Apesar do resultado não foi uma exibição de encher o olho até ao golo de Evanilson. A partir os azuis e brancos subiram de rendimento, os golos foram o corolário disso.
Seguimos com a certeza que a melhor dupla de médios é com Varela e Nico, e que se não houver uma recaída o título não é uma miragem.
Pepê não pode fazer três coisas mal para uma boa. Já é mais que tempo de saber o tempo certo para soltar a bola, passar em vez de andar com ela até a perder.