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segunda-feira, 18 de março de 2024



Tal como aconteceu algumas vezes no passado, com ele, mas não só, dou a palavra ao RPA, portista dos bons e uma das várias enciclopédias da história do FCP, que conheço. É uma análise muito profunda, um excelente contributo neste período pré-eleitoral e que deve ser lida com a atenção que merece. Obviamente, pode ser comentada e contestada, pede-se é que seja com elevação e conteúdo, não com bocas foleiras e ataques rasteiros.


«258.422.802€ de prejuízo acumulado nas últimas 10 épocas.


No mesmo período, 26.579.124€ de remunerações pagas a presidente e restante administração.


Um valor superior ao dobro dos dois rivais somados.


(Na primeira metade da época em curso, foram já pagos outros 1.365.325€, novamente o dobro dos dois rivais juntos)


Enquanto tal sucede, espantosamente, a administração efetua constantes antecipações de receitas (inclusive as provenientes dos lugares anuais), pedidos de empréstimos a diversas entidades, com custos gravosos para o Clube, chegando mesmo a pedir ajuda financeira a associados, no sentido de fazer face a despesas correntes.


Neste mesmo período, a SAD Consolidada passou de um Capital Próprio equilibrado e saudável de 7.627.355€ para um gigantesco buraco de 175.979.626€ negativos, equivalente a inacreditáveis 49,4% do seu Ativo, sendo que na SAD considerada individualmente, o Capital Próprio encontra-se nos 210.581.972€ negativos, valor equivalente a impensáveis 68,9% do Ativo.


Com a agravante da transferência de 47% do Estádio do Dragão para as contas da SAD no decorrer da época 2014/15, numa operação destinada a mascarar o descalabro do Capital Próprio de então, sendo que o valor da mesma foi totalmente destruído nos 2 anos seguintes, voltando a SAD à condição anterior.


De referir que, neste mesmo período, entraram na SAD 437.958.224€ em mais-valias provenientes das transferências de jogadores, 392.625.087€ recebidos de prémios da UEFA e 316.314.534€ provenientes dos Direitos Televisivos.


Em 31 de Dezembro de 2023, o Passivo atinge 512.731.867€, dos quais, desde logo, 218.565.762€ são dívida financeira (nomeadamente 103.966.186€ em Empréstimos Obrigacionistas, 93.719.570€ em Factoring, 18.838.631€ em Papel Comercial e 2.041.375€ em Empréstimos Bancários), 133.598.870€ são dívida a Fornecedores, 28.158.927€ a Outros Credores e 83.558.894€ decorrentes de Outros Passivos.


Do total, 262.837.460€ são dívida de curto prazo. Dos quais, 77.278.105€ são dívida financeira, 103.825.373€ dívida a Fornecedores, 28.158.927€ dívida a Outros Credores e 53.575.055€ decorrentes de Outros Passivos.


Em 2024, adiantamento quase total das receitas do contrato dos Direitos Televisivos com a MEO que finda em 2028, com a agravante dos consequentes e significativos juros associados pagos para a obtenção das mesmas.


Também em 2024, negócio nebuloso em que são cedidos para largos anos vindouros 30% das receitas de toda a parte comercial do Clube, colocando, uma vez mais, o seu futuro em causa.


Uma SAD afundada financeiramente.


Depois da transferência de 47% do Estádio do Dragão para as contas da SAD em 2014/15, eis que a novo malabarismo a atual direção recorre, com nova solução “mágica “ usada a partir do final do 1º Semestre da corrente época, com vista a novamente tentar maquilhar contabilisticamente o gigantesco buraco criado na última década, incrementando o valor do Ativo (pela diferença entre o valor estimado apurado para os Cash-Flows gerados pelo Estádio e o montante pelo qual o mesmo se encontrava registado) em 167.000.000€, mas que, evidentemente, não aportou qualquer entrada real de dinheiro, e sim, pelo contrário, prejudicará todos os exercícios vindouros, prosseguindo a atual direção, uma vez mais, no habitual caminho da tentativa de iludir os associados do FC Porto no que respeita à sua gestão praticada e às suas consequências financeiras e desportivas profundamente negativas para o Clube, colocando-o numa situação cada vez mais débil, tal como, de forma sucinta, e bem objetiva, o Relatório do Auditor às contas da SAD reiteradamente afirma, declarando existir uma:


“Incerteza material relacionada com a continuidade


Na sequência de prejuízos incorridos, em 31 de dezembro de 2023, o capital próprio encontra-se negativo e o passivo corrente é superior ao ativo corrente em 176 milhões de euros. Estas condições indicam que existe uma incerteza material que pode colocar dúvidas significativas sobre a capacidade do Grupo em se manter em continuidade. Não obstante, tal como mencionado nas notas 2 e 3, as demonstrações financeiras foram elaboradas no pressuposto da continuidade das operações, prevendo-se a manutenção do apoio financeiro das instituições financeiras e outras entidades financiadoras, nomeadamente através da renovação e/ou reforço das linhas de crédito existentes, bem como o sucesso futuro das operações de alienação de direitos de inscrição desportiva de jogadores, tal como previsto nos orçamentos de exploração e tesouraria, o qual é essencial para o equilíbrio económico e financeiro do Grupo e para o cumprimento dos compromissos financeiros e regulatórios assumidos. A nossa conclusão não é modificada em relação a esta matéria.


Porto, 28 de fevereiro de 2024

Ernst & Young Audit & Associados – SROC, S.A.

Sociedade de Revisores Oficiais de Contas

Representada por:

Luís Pedro Magalhães Varela Mendes - ROC n.º 1841

Registado na CMVM com o n.º 20170024”


Uma gestão financeira sem rumo, errática, ao sabor do vento, leviana, de aparência, baseada quase exclusivamente no curto prazo, hipotecando o Clube, tendo como consequência um fosso financeiro para com os rivais cada vez mais notório, atingindo já dimensões pouco menos do que inexoráveis para com um deles, facto que em qualquer outra empresa, em qualquer parte do mundo, significaria a destituição dos seus responsáveis.


Enquanto o descalabro acontece aos olhos de todos, pasme-se, a direção tem o supremo desplante de auto-atribuir-se um Dragão de Ouro por, supostamente, ao fim de 5 anos, terem sido cumpridos alguns dos critérios do Fair-Play Financeiro da UEFA, sendo que o estado financeiro da SAD se agravou significativamente nesse mesmo período. Entre a entrada em incumprimento em 2016/17 e a época 2022/23, o prejuízo acumulado atinge impensáveis 179.388.756€.


Constantes e despudoradas mentiras ao longo de uma década em relação à academia – que inclusivamente mudou de designação e suposta localização por diversas vezes –, tendo esta servido já como bandeira para iludir e entreter os associados nas duas anteriores eleições e novamente estar a ser usada para a tentativa de uma terceira, isto, quando os terrenos não estão sequer adquiridos, muito menos existe, evidentemente, qualquer projeto real concluído e apresentado na Câmara Municipal, bem como, obviamente, tão-pouco as consequentes devidas e necessárias aprovações por parte de todas as entidades envolvidas. Toda esta situação coloca o FC Porto num gritante e considerável atraso estratégico desportivo e financeiro perante os seus rivais internos e adversários internacionais.


Vexame nacional e internacional durante anos face ao incumprimento das regras do Fair-Play Financeiro da UEFA e consequentes penalizações financeiras e desportivas.


Nome do FC Porto, sua imagem e credibilidade no mercado, sistematicamente manchada com os contínuos incumprimentos e atrasos nos pagamentos a outros clubes, treinadores e jogadores e os decorrentes e sucessivos processos judiciais relativos a essas dívidas.


Permanente tentativa de branqueamento da realidade financeira do Clube, dos seus responsáveis, da sua gestão, junto dos seus associados e adeptos menos avisados, apostando numa constante manipulação e desinformação.


Esta gestão para 3 campeonatos ganhos nas últimas 10 épocas.


Plantéis em perda crescente de qualidade, em resultado dos sucessivos e acumulados erros na contratação e gestão de jogadores, indiciando incompetência e ausência de um real interesse e preocupação em proporcionar as melhores e mais eficientes condições para o sucesso desportivo. Uma gestão demasiadas vezes incompreensível, errática, com épocas invariavelmente preparadas em cima do joelho, como se de um qualquer clube amador se tratasse.


Perda em nenhuma outra parte do mundo igualada de 7 jogadores titulares a 0, por término dos seus contratos:


- Brahimi, custo da contratação 12.161.620€

- Herrera, 9.000.000€

- Mateus Uribe, 11.082.511€

- Mbemba, 6.239.772€

- Marega, 8.801.617€

- Marcano, 3.290.000€; recontratado após 1 época, custo adicional 4.453.761€

- Taremi, 4.887.416€

Venda de vários outros jogadores regularmente titulares por valores irrisórios:


- Corona, custo da contratação 11.309.355€, vendido por 3.000.000€, mais-valia 713.991€

- Sérgio Oliveira, vendido por 3.000.000€, menos-valias 821€


Rescisões de contrato:


- Aboubakar, custo da contratação 17.181.361€

- Nakajima, 11.654.060€


Outras perdas financeiras significativas:


- Adrián López, custo da contratação 11.000.000€

- Quintero, 10.300.000€

- Óliver Torres, 19.092.855€, vendido por 11.000.000€, mais-valias 390.574€

- Diego Reyes, 5.592.320€, saiu livre

- Marchesín, 8.499.561€, vendido por 1.000.000€, menos-valias 989.259€

- José Luís, 12.245.970€

- Layún, 6.350.454€

- Soares, 5.368.193€

- Depoitre, 6.579.992€

- Saravia, 5.967.330€

- Loum, 6.328.657€

- Waris, 5.482.849€

- Manafá, 6.492.429€, saiu livre

- Hernâni, 3.020.000€, saiu livre

- João Pedro, 4.184.359€

- Ghilas, 3.800.000€

- Paulinho, 2.946.712€

- Osorio, 1.969.522€

- Ewerton, 1.964.475€

- Saidy Janko, 2.215.784€

- Bruno Costa, 2.616.221€

- Suk, 1.631.515€

- Fernando Andrade, +1.500.000€


Venda de jogadores da formação não só por valores, no geral, aquém do expectável, como ainda subtraídos de inauditos encargos adicionais, resultando em mais-valias para o Clube significativamente aquém do valor da sua venda:


- André Silva, vendido por 38.000.000, mais-valia 27.859.867€

- Fábio Silva, 40.000.000€, mais-valia 25.057.500€

- Vitinha, 41.525.000€, mais-valia 35.476.171€

- Fábio Vieira, 35.000.000€, mais-valia 28.864.102€

- Rúben Neves, 16.000.000€, mais-valia 12.509.514€

- Francisco Conceição, mais-valia 5.000.000€

- Tomás Esteves, mais-valia de 800.677€


Venda a meio da época do nosso jogador mais decisivo – Luis Díaz –, comprometendo o desempenho desportivo (objetivo constantemente propalado pela atual direção), ao ponto do Clube, com reais chances de poder conquistar a Liga Europa, dela ter abdicado; Venda concretizada por valores reconhecidamente abaixo da sua qualidade, potencial e projeção internacional, em razão da necessidade premente de entrada imediata de capital – algo a que Liverpool acedeu – para pagamento de dívidas de curtíssimo prazo sob pena de exclusão de participação nas provas da UEFA da época seguinte.


Infindáveis e questionáveis contratações, tanto para a equipa B como para a equipa principal, envolvendo custos desnecessários:


- Samuel Portugal, custo da contratação 3.949.860€

- Carraça

- Zé Manel

- David Addy

- Daniel Opare

- Bolat

- Sami

- 9 anos de contrato com Walter

- Mikel

- Musa Yahaya

- Alan Bidi

- Inácio, 2.453.675€ (transferência Maicon)

- Luizão, ~3.000.000€ (transferência Maicon)

- Kayembe, 2.676.587€

- Mauro Caballero, 1.531.863€

- Víctor García, +1.800.000€

- Quiñones, 2.081.516€

- Lichnovsky, 1.937.000€

- Omar Govea, 1.935.252€

- Raul Gudiño, +2.000.000€

- Leonardo Ruiz, +1.000.000€

- Gleison, +1.000.000€

- Fede Varela

- Célestin Djim

- Tony Djim

- Marius

- Anderson Dim

- Emerson Souza

- Carlos Gabriel (Hulk)

- Eric Pimentel

- Kennyd


Nova sucessão de contratações de difícil desenlace:


- David Carmo, custo da contratação 19.335.615€

- Veron, 11.687.595€

- Grujic, 9.375.978€

- André Franco, 3.915.512€

- Fran Navarro, 6.439.232€


Tentativa de inflacionar o Resultado Líquido das contas da época 2020/21, com o pseudo-negócio de compra e venda com V. Guimarães, valorizado em 14.174.564€, com o objetivo de cumprir as regras de Fair-Play Financeiro da UEFA, mas que, evidentemente, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários posteriormente não deixou passar, sendo esta mais uma situação em que o FC Porto foi, pela sua atual direção, envolvido e desacreditado.


Perda completa de poder, influência, constante desrespeito para com o FC Porto de todos os actores do cenário desportivo nacional, seus órgãos decisórios, arbitragem, justiça, em contraponto com os rivais e recorrente inação da sua administração face às sucessivas arbitragens em que o Clube é regularmente prejudicado, rivais beneficiados, deixando-o, seus jogadores, treinadores e massa associativa em pouco menos do que total abandono.


Tentativa de impor novos estatutos eleitorais através de Assembleia Geral Extraordinária realizada a 5 meses das futuras eleições, alterando as regras de jogo no decorrer do mesmo, com vista a facilitar nova eleição, prejudicando e inviabilizando a possibilidade de exercício de voto de um conjunto de associados mais recentes e/ou mais jovens – perto de uma dezena de milhar – com direitos adquiridos, em função da previsível ameaça eleitoral proveniente de um candidato adversário mais jovem, carismático, com estatuto, situação que até ao ato eleitoral que se avizinha jamais tinha sucedido no passado.


Lavar de mãos e comportamento indecoroso face ao sucedido na referida Assembleia Geral Extraordinária – intimidação e agressões premeditadas aos associados contra a passagem dos pretendidos novos estatutos eleitorais – no período anterior ao seu início, durante o seu decorrer e nos dias, semanas e meses posteriores.


Posterior dito pelo não dito com a anulação da Assembleia Geral Extraordinária marcada para a nova data, após terem chegado à conclusão de que os pretendidos novos estatutos eleitorais muito provavelmente iriam ser reprovados em peso, o que significaria, como tal, uma segunda humilhação.


Na Assembleia Geral Ordinária para discussão e aprovação das contas do exercício de 2022/23, o atual presidente não só não se dignou sequer a debruçar-se sobre o gigantesco prejuízo das mesmas, nem tampouco sobre o ainda mais colossal e assombroso buraco financeiro acumulado, como preferiu usar a sua intervenção para atacar um dos futuros adversários eleitorais – como é evidente, unicamente aquele que poderá colocar em causa a sua desejada futura eleição – e, espantosamente, adular outros associados, nomeadamente aqueles que, tendo em conta tudo o que publicamente tem vindo à superfície via Ministério Público, foram os responsáveis pelo clima de intimidação e agressões na referida Assembleia Geral Extraordinária.


Contratação de empresas de marketing digital e de comunicação, bem como captura de várias contas nas redes sociais com o objetivo de difundir propaganda e cartilha a seu favor, tal como através da construção de narrativas denegrir o candidato que, pela primeira vez, ao fim de 42 anos, ameaça o seu poder, em contraponto com a habitual e recorrente narrativa de não fazerem campanha, de não estarem agarrados ao poder, revelando, uma vez mais, as suas verdadeiras intenções.


Regular promoção e propaganda ao atual presidente através do canal televisivo e das diversas redes sociais do Clube, sobrepondo-se, não raras vezes, ao próprio FC Porto. As redes sociais do FC Porto não têm como finalidade estarem ao serviço do seu presidente, muito menos candidato a nova eleição, mas sim única e exclusivamente do FC Porto.


Depois da tentativa infrutífera da passagem dos pretendidos e convenientes novos estatutos eleitorais na Assembleia Geral Extraordinária de 13 de Novembro, assistimos agora à preparação de uma linha “monárquica” de interesses – qual quinta privada, com todas as dependências e custos profundos associados, dos quais o FC Porto sairá gravemente prejudicado no presente e no seu futuro de médio e longo prazo – com a imposição de um pré-determinado sucessor na presidência – intenção bem exposta no recente evento no Sheraton Porto Hotel – para o momento em que o atual presidente, caso novamente eleito, a curto ou médio prazo intencionalmente abdique do cargo ou, eventualmente, se veja impossibilitado de prosseguir o cumprimento do seu mandato. Quem diria que o atual presidente, após 42 anos de presidência, chegaria ao ponto de se transformar numa espécie de “testa de ferro”.


Uma direção que, quando o medo a apoquenta, não sabe conviver com a democracia, com cada vez mais e evidentes tiques salazaristas ou próprios de um regime soviético/russo, com a constante criação de realidades alternativas em relação à situação e ao estado atual do Clube, bem como com as recorrentes tentativas de prejudicar, silenciar, insultar, denegrir, quem através da apresentação de uma alternativa válida ouse colocar em causa a sua gestão e o seu poder.


Regulares declarações distinguindo associados e adeptos entre os de 1ª – aqueles a seu favor – e os de 2ª – os restantes, que despreza.


Pouca vontade real de incrementar o número de associados do FC Porto demonstrada ao longo dos anos – quando todos os últimos estudos apontam para uma massa adepta com cerca de 2,5 milhões de pessoas em Portugal. Receio gigantesco e cada vez mais crescente e evidente de perderem o controle nas Assembleias Gerais e eleições, à medida que os anos passam.


A vergonha e o ridículo da não existência em 2024 de uma equipe sénior de Futebol Feminino no FC Porto – clube de dimensão mundial – apenas existindo uma de formação criada à pressa única e simplesmente para cumprir os critérios da UEFA.


O embaraço de ter sido necessária uma parceria para que o FC Porto estivesse associado ao Voleibol Feminino e apenas a partir de 2023/24 ter, finalmente, a sua própria equipa; continuando extinta desde 1990, pelo atual presidente, a equipa de Voleibol Masculina, então modalidade de grandes conquistas e tradição no Clube.


A vergonha dos sucessivos términos da equipa de Basquetebol. E por pouco, no Verão de 1993, apenas graças a um conjunto de personalidades associadas ao F. C. Porto e ao Andebol, este ter escapado ao seu fim já decretado pelo atual presidente.


”””Espantosamente”””, com toda a lata e hipocrisia do mundo, temos assistido nas últimas semanas ao candidato Pinto da Costa (e toda a sua máquina de propaganda), num desespero mais do que evidente, como se o chão lhe estivesse a fugir debaixo dos seus pés, a não dar qualquer trégua ao presidente Pinto da Costa, passando um atestado de incompetência (e não só) a todos os níveis em relação à sua gestão da última década, com o recorrente e regular anúncio de medidas – qual cópia barata do programa do candidato que lhes está a provocar esse desespero, medo e angústia – incidindo e focando em temas como transparência, gestão, boa governança, redução e eliminação de prémios à direção, renegociação de dívidas, academia, devido uso do scouting, análise criteriosa a todo e qualquer custo, preocupação com a relação com os associados, vontade de incrementar de forma significativa o seu número, futebol feminino, etc, como se o candidato Pinto da Costa tivesse surgido agora vindo de um qualquer outro planeta, e não fosse o presidente em exercício há 42 anos. Que total e completa falta de vergonha na cara.


A máscara há muito caiu.


Vai sendo tempo para que quem continua a defender o atual presidente, a sua direção, a sua gestão errática, sem rumo, demasiadas vezes paupérrima, da última década, que gravemente delapidou a saúde e a viabilidade financeira do FC Porto, que condiciona e condicionará cada vez mais, de forma decisiva, o seu desempenho desportivo, o seu futuro, que continuamente tem manchado a credibilidade e a imagem do Clube, de uma vez por todas colocasse a mão na consciência, saísse do seu estado de negação, abolisse os seus dogmas, as suas devoções, adulações, cultos de personalidade, percebesse que o atual presidente não é o mesmo de há 20, 30 ou 40 anos, parasse de permanentemente criar narrativas e desculpas – internas ou externas – que o isentem de tudo o que sucede no Clube, para dessa forma continuar iludido sobre a gestão praticada, e pensasse, verdadeiramente, unicamente, no FC Porto, nos interesses do FC Porto.


Em 1982, os “Velhos do Restelo” de então bem tentaram condicionar os ventos de mudança e o futuro que se avizinhava, mas a massa associativa do FC Porto respondeu de forma clara.


Estamos em 2024, o contexto tem algumas semelhanças, o estado de degradação do FC Porto é por demais evidente, até mesmo pelos “Velhos do Restelo” da atualidade, que, não obstante, ainda assim, continuam em estado de negação, não conseguindo ou não querendo fazer a distinção e diferenciação entre o FC Porto – o seu presente, o seu futuro, os seus reais e vitais interesses – e o seu atual presidente candidato a novo mandato, confundindo os dois num só.


No próximo mês de Abril – Ironias do Destino –, tal como em 1982, tal como na Assembleia Geral Extraordinária de 13 de Novembro último, tem novamente a palavra a massa associativa do FC Porto.


Para um FC Porto resgatado, regenerado, livre e universal.


Não, o FC Porto não é o nem é de Pinto da Costa.


Muito menos do atual Pinto da Costa.


O FC Porto é sim, dos seus associados.»

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