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sexta-feira, 5 de julho de 2024


Frente a França que não tem sido brilhante, tem ganho com dificuldades, mas tem uma boa equipa e excelentes jogadores, Portugal, pela primeira vez não era favorito. Era também a primeira vez, incluindo a fase de apuramento, que o conjunto de Roberto Martínez ia enfrentar um conjunto de topo do futebol europeu e mundial. Era um verdadeiro teste às capacidades desta que dizem muitos, mas não concordo, é a melhor geração de sempre de jogadores portugueses - as gerações de Oliveira, João Alves, Manuel Fernandes, a de Jordão, Chalana, Fernando Gomes, a de Figo Rui Costa, Deco, só para falar das gerações a cores, eram bem melhores.

E no primeiro grande teste a equipa portuguesa bateu-se bem, discutiu o jogo até ao fim, mas o ataque continuou a não marcar golos e como desta vez  Diogo Costa não fez milagres... Portugal vem para casa e a França segue para as meias-finais onde vai defrontar a Espanha.


O jogo começou repartido, muitas cautelas de ambas as equipas em posse, preocupação de não arriscar para não errar, mas Portugal mais acutilante no último terço, ganhou vários cantos, muito por culpa de Rafael Leão. A França chegou duas vezes com algum perigo e testou a concentração de Diogo Costa, mas mais por más abordagens portuguesas, João Palhinha e Bruno Fernandes, que por mérito gaulês.
Depois da meia-hora a equipa de Roberto Martínez começou a ter dificuldades em sair, a perder alguma organização, os franceses aproveitaram e começaram a chegar à área lusa com mais frequência, mas sem criar perigo.

O intervalo chegou com o resultado em branco, justo, nenhuma equipa criou uma grande oportunidade de golo.

Para a segunda-parte Portugal entrou sem alterações e o jogo recomeçou na mesma toada, embora a França parecesse mais rápida, mais intensa e mais pressionante.
Portugal parecia formatado para manter o nulo e procurar num contra-ataque fazer um golo que só parecia acontecer por obra do avançado do Milan. De repente, a equipa portuguesa chegou com muito perigo à área francesa, Bruno Fernandes e Vitinha tiveram duas excelentes oportunidades que o guarda-redes francês evitou. Na resposta Rúben Dias evitou que o conjunto de Didier Deschamps se adiantasse no marcador, depois foi Camavinga a falhar por pouco. O jogo aqueceu, melhorou, qualquer equipa podia ter feito golo, mas a França mais ameaçadora.
O seleccionador português mexeu, aos 74  minutos tirou João Cancelo e Bruno Fernandes, meteu Nélson Semedo e Francisco Conceição, Portugal equilibrou, passou a jogar mais no meio-campo adversário.
Com o jogo a caminhar para o fim e já em tempo de descontos, entrou Rúben Neves e saiu João Palhinha.

O jogo chegou ao fim empatado a zero, resultado justo. 

O prolongamento começou com Francisco Conceição a criar uma oportunidade de ouro que Cristiano Ronaldo desperdiçou.
Na primeira-parte do tempo extra, Portugal com mais bola e ainda com outro lance muito perigoso, França na expectativa. Os 15 minutos esgotaram-se sem que as redes abanassem.
Para a segunda-parte do prolongamento o seleccionador francês não hesitou em tirar Mbappé, Roberto Martínez fez entrar João Félix e tirou Rafael Leão - Ronaldo jogou mais um jogo completo e mais um com prolongamento. 
O "Espalha Brasas" fabricou mais um lance perigoso, mas Félix cabeceou às malhas laterais. O ataque português é de pólvora seca. 
Já quase no fim saiu Vitinha e entrou Matheus Nunes. Os 120 minutos chegaram ao com Nuno Mendes a falhar uma boa chance e o nulo a persistir.
No desempate através de pontapés de grande penalidade, franceses mais competentes, marcaram os cinco, portugueses falharam um por João Félix, estão fora do Europeu. 

Notas finais:
Portugal fez cinco jogos neste campeonato da Europa, dois com prolongamento, Cristiano Ronaldo jogou todos os minutos, não fez um único golo. O senhor Roberto Martínez que explique porque nunca foi substituído...

Nenhum jogador gosta de ir ao banco, mas tem de aceitar as opções do treinador. Agora, se vê quem joga no seu lugar fazer uma, duas, três más exibições, arrastar-se em campo e nunca sair, então esse jogador tem todo o direito de se sentir revoltado.


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