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quarta-feira, 25 de setembro de 2024

 

No primeiro jogo da fase de grupos da Liga Europa, agora num novo formato, o FCP tinha pela frente os noruegueses do Bodø/Glimt, adversário difícil e que joga num relvado sintético, sempre um obstáculo para equipas habituadas a jogar em relvados naturais.
De início com Diogo Costa, João Mário, Zé Pedro, Nehuén e Francisco Moura, Grujic, Estaquio e Nico González, Gonçalo Borges, Samu e Iván Jaime - três alterações no onze em relação àquele que começou o jogo em Guimarães. Entraram Grujic, Gonçalo Borges e Iván Jaime, saíram Alan Varela, Pepê e Galeno -, o FCP entrou pessimamente na edição 2024/2025 da Liga Europa e não foi apenas pela derrota...

O jogo começou com os noruegueses mais atrevidos, nos primeiros 5 minutos o perigo rondou por duas vezes a baliza de Diogo Costa. Na resposta, golo do FCP, marcou Samu. Cruzamento largo, apareceu ao segundo poste Francisco Moura a colocar no meio para a entrada de cabeça vitoriosa do espanhol. Que quase de seguida podia ter feito o segundo.
Não fez, fez o Bodø/Glimt, num erro que começou no ataque. Bola perdida de uma maneira inadmissível, equipa surpreendida e mal posicionada, contra-ataque, golo, num período que o FCP estava melhor.
A equipa de Vítor Bruno acusou o golo, perdeu discernimento, a bola rondou a baliza do capitão portista. O futebol da equipa da casa era simples, mas objectivo, Dragões em dificuldades porque os dois alas da frente, Gonçalo Borges e Iván Jaime, nem atacavam nem ajudavam. 
Apesar disso, quando o espanhol se soltou, colocou a bola na área, João Mário completamente sozinho atirou para longe da baliza. Pior, não recuperou, obrigou Zé Pedro a fazer falta e a ser amarelado. O flanco direito do FCP era um problema, uma auto-estrada, ia valendo Diogo Costa a evitar que os noruegueses passassem para a frente do marcador. Noruegueses que estavam ser superiores, marcaram, colocaram justiça no resultado. Fizeram-no perante a passividade, primeiro dos centrais e depois de João Mário. Lance foi analisado pelo VAR que deu o OK à validade do golo.
Por parte dos azuis e brancos só Samu criava embaraços à defesa da equipa da casa. No oposto, Gonçalo Borges era um desastre, só fez asneiras.

O jogo chegou ao intervalo com o Bodø/Glimt em vantagem pela diferença mínima, FCP, com uma exibição que deixou muito a desejar, pode dar-se por feliz por estar a perder apenas por um.

Depois daquela primeira-parte a segunda só podia ser melhor e para isso era preciso mexer ao intervalo, melhorar a qualidade de jogo, dar a volta ao resultado.

Vitor Bruno, manteve o onze, Gonzalo Borges continuava a passar ao lado do jogo, não aproveitou o voto de confiança que o treinador lhe deu.
A falta de agressividade do ataque do FCP, com a excepção de Samu, metia dó. 
Aos 51 minutos, noruegueses com menos um, expulsão justa.
Era altura de mexer, principalmente no lado direito, aproveitar a inferioridade numérica. Mas para isso era preciso pensar e executar rápido, ter a capacidade para encontrar espaços frente a uma que defendia com muitos. 
Aos 60 minutos entraram Pepê e Galeno, saíram Eustaquio e Gonçalo Borges.
Numa bola perdida de forma inadmissível por Iván Jaime, contra-ataque, mais uma vez João Mário não estava lá, Zé Pedro foi batido infantilmente, mesmo com menos um, o Bodo aumentou a vantagem. Aos 68 saíram Grujic e Iván Jaime, entraram Rodrigo Mora e Deniz Gul.
Ao minuto 81 saiu Francisco Moura e entrou André Franco.
Portistas com muita bola, mas muitos toques para o lado, para trás, contundência, zero, remates perigosos nenhuns. Melhor, a um lance de algum perigo do FCP, os noruegueses responderam com outro e até ficaram mais próximo do golo.
Só em cima dos 90 minutos o FCP conseguiu reduzir, marcou Deniz Gul, após canto de Rodrigo Mora.
O jogo chegou ao fim com o resultado em 3-2, derrota justa, após uma exibição para lembrar e nunca mais repetir e uma derrota sem apelo nem agravo frente a uma equipa do terceiro escalão do futebol europeu e que jogou a segunda-parte toda com dez.

É inadmissível e não pode voltar a acontecer.
O FCP até pode perder, exagerando, até pode perder sempre, mas não pode sair do campo com a sensação, NÍTIDA, que não fez tudo para ganhar. A falta de agressividade, determinação, atitude, raça, alma, espírito de vitória, estiveram ausentes do jogo e isso não pode ser tolerado.

Também ficou claro que falar em lutar pela vitória na Liga Europa, só pode ser brincadeira, é um manifesto exagero. Isso, por muito que nos custe, não está ao alcance do FCP. 
Concentremo-nos nas provas internas e naquele que é grande objectivo da época, a reconquista do título.



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