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sexta-feira, 18 de abril de 2025



Depois da vitória pela diferença mínima em Rio Maior frente ao Casa Pia - valeu o grande golo de Rodrigo Mora e pouco mais -, no regresso ao Dragão, o FCP tinha pela frente um Famalicão que vem de três vitórias consecutivas e está num tranquilo 7º lugar na classificação.
Ainda na luta pelo 3º lugar e sem margem de manobra, fundamental conquistar os 3 pontos, já que nesta altura do campeonato pedir para juntar a isso exibições com alguma qualidade parece um cenário pouco provável.

Com Diogo Costa, Zé Pedro, Eustaquio e Marcano, João Mário, Alan Varela, Rodrigo Mora e Francisco Moura, Fábio Vieira, Deniz Gül e Pepê, FCP entrou forte, dinâmico, rápido a recuperar, ganhou dois cantos, mas foi sol de pouca dura. O Famalicão ajustou, Dragões começaram a ter dificuldades. Estava o jogo assim quando Rodrigo Mora fez novamente magia: rodopiou duas vezes,  rematou, foi feliz no desvio que traiu Carevic e inaugurou o marcador aos 20 minutos.
O golo animou os portistas, Fábio Vieira de longe obrigou o guarda-redes a uma excelente defesa. Logo de seguida Deniz Gül sem faro de golo e à boca da baliza desperdiçou um bom cruzamento de Zé Pedro. A perder os minhotos reagiram, muito por erros na saída dos azuis e brancos, beneficiaram de cantos e livres, mas grande perigo.
Francisco Moura fez asneira na frente, na recuperação cometeu falta, levou amarelo. Amarelo também para Alan Varela aos 42 minutos.

O jogo chegou ao intervalo com FCP na frente pela vantagem mínima. Não se pode dizer que era um resultado injusto, mas pode dizer-se que foi na uma das pouquíssimas oportunidades que criou. Aliás, tem sido uma constante: portistas criam muito poucas chances de golo. Juntam a isso muitos atrasos para o guarda-redes - na 2ª parte foram muitos mais. Porquê? Porque se há momentos em que importa jogar com o guarda-redes e Diogo Costa joga bem com os pés, também é porque há jogadores muito lentos a pensar e a executar e depois na pressão jogam logo para trás.

A vencer apenas por um golo e longe de ter a vitória garantida, era preciso mais Porto na 2ª parte.

O jogo recomeçou repartido, aos 52 minutos Zé Pedro sozinho e de cabeça, já quase em cima do guarda-redes desperdiçou uma oportunidade flagrante.
Aos 57, numa saída bem executada, a bola chegou a Rodrigo Mora e este voltou a fazer uma obra de arte, de pé esquerdo fez o 2° do FCP.
Com uma vantagem já mais confortável era importante não desligar, pensar que estava feito, procurar aumentar a contagem, não deixar o Famalicão entrar no jogo. Para isso fundamental manter a concentração, não relaxar, aproveitar os espaços que os famalicenses na vontade de encurtar distâncias iam dar.
João Mário perdeu uma boa oportunidade de fazer o 3°. Logo após, minuto 65 entraram Samu e Namaso, saíram Deniz Gül e Pepê.
Famalicão não se entregava, chegava com algum perigo, mas só ganhava cantos.
Já era um Porto trapalhão, incapaz de ter bola, sair com critério, começaram os passes errados. Os dois avançados que entraram não seguravam uma bola e isso influenciava negativamente a qualidade de jogo dos Dragões. Os lances só tinham alguma eficácia quando saíam dos pés de Rodrigo Mora que saiu cansado aos 76 minutos, entrou Gonçalo Borges. Entretanto ver qualquer coisa de jeito estava difícil. Pior, os jogadores do FCP chegavam tarde, não dominavam bem, só faziam faltas. Vá lá que os de Famalicão não aproveitavam. Mas com o 2° golo o Dragão desapareceu. 
Ao minuto 82 um grande frango de Diogo Costa permitiu aos minhotos reduzir e o jogo ficou em aberto. 
De seguida entraram Nehuén e Tomás Pérez, saíram Fábio Vieira e Alan Varela.
O jogo chegou ao fim com o Famalicão ao ataque e o FCP todo na defesa a defender a vantagem mínima. E com menos um, já que Gonçalo Borges que entrou aos 76 minutos, não fez nada, mas conseguiu ser expulso. O FCP não pode ter jogadores com esta mentalidade no seu plantel. Isto é a antítese do que é ser Porto.
O jogo chegou ao fim com a vitória - era o mais importante -, mas com mais uma exibição que depois do segundo golo foi desgraçada.
 
Resumindo: 
Tirando um Rodrigo Mora superlativo e autor dos dois golos - o ataque do FCP não existe, não tem feito nada que se aproveite, nem situações de golo consegue criar. E não, não é só porque são mal servidos - pouco mais nada há a registar.

Nota final:
É penoso ver como uma equipa que tem dois golos de vantagem, tudo para ficar tranquila, fazer bem, passa a fazer quase só asneiras, não faz nada de jeito e pior, oferece golos inacreditáveis ao adversário. E depois, como é óbvio, acaba a defender, fica sujeita aos caprichos do jogo.

Uma Santa Páscoa para todos...

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