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F.C.Porto 1 - Nacional 0. Não sendo brilhantes, Dragões venceram com justiça e lideram isolados


Após a pausa para as selecções e com percalços por lesões de alguns jogadores importantes - Alberto Costa, Luuk de Jong e William Gomes? -, que FCP no recomeço do campeonato e após a excelente vitória em Alvalade? Foi um Porto diferente para pior em largos períodos do jogo, mas que conseguiu o principal objectivo a conquista dos três pontos.

Com Diogo Costa, Pablo Rosário, Bednarek, Kiwior e Francisco Moura, Alan Varela, Froholdt e Rodrigo Mora, Pepê, Samu e Borja Sainz, o conjunto de Francesco Farioli entrou forte, dominador, encostou o Nacional lá atrás, marcou aos 6 minutos, mas não valeu: Borja Sainz estava fora-de-jogo.
O FCP continuou à procura de marcar, mas faltava mais acutilância na frente.
Aos 19 minutos Samu foi derrubado pelas costas na área, mas a dupla Luís Godinho e Bruno Esteves no VAR não assinalou penálti.
Aos 27 novo lance duvidoso, Borja Sainz pisado na área, VAR chamou, árbitro confirmou, penálti que Samu não desperdiçou e finalmente colocou justiça no resultado.
Dragões não abrandaram, mas faltava definir melhor na frente, os alas não estavam felizes. Mora preocupado em ajudar, com a bola não se soltava, não encontrava espaço, não criava.
Em cima do intervalo Diogo Costa mostrou atenção no primeiro remate do Nacional.

O jogo chegou ao intervalo com o FCP na frente pela diferença mínima.
Resultado era justo, mas três notas negativas. Muita lentidão de Bednarek com a bola, faltava fluidez na saída e contundência no último terço. Mas também mérito de um Nacional bem organizado.

Para a 2ª parte o FCP manteve o onze com os mesmos defeitos da 1ª parte, pior, Varela mal na saída, equipa pouco ligada, Nacional atrevido.
Farioli viu, mexeu, tirou Francisco Moura, Alan Varela e Rodrigo Mora, entraram Nehuén Pérez, Zaidu e Gabri Veiga, aos 55 minutos. O argentino, muito azarado, entrou e saiu lesionado - não está com sorte o FCP nesta matéria. Entrou Eustaquio.
Dragões não estavam bem na etapa complementar, nem pareciam a mesma equipa. Efeitos da paragem e dos jogos da selecção? E Borja tem de deixar de se agarrar à bola - passou o jogo todo a demorar a soltar. No primeiro lance de perigo, Pepê completamente sozinho e com Samu ao lado, falhou clamorosamente e perdeu uma grande oportunidade de tranquilizar a equipa. Pepê que, diga-se, regressou a jogar bem pior.
Com o resultado na diferença mínima, os madeirenses iam acreditando.
Entretanto o jogo estava feio, lutava-se mais do que se jogava e as paragens eram constantes.
Pepê voltou a falhar uma boa chance, rematou fraco. 
Aos 86 saiu Samu entrou Denis Gül - e entrou muito bem. Quero ver este jovem mais tempo de jogo...
Gabri Veiga imitou Pepê, falhou um golo cantado. O FCP mesmo não sendo brilhante podia ter feito mais dois ou três golos.
Luís Godinho deu nove minutos de descontos. Uau!
O FCP estava melhor, atacava muito e já merecia mais golos.

O jogo chegou ao fim com a vitória difícil, mas justíssima, do FCP. A equipa de Francesco Farioli acusou muito a paragem para as selecções, mas sem brilhante - também mérito do Nacional -, na parte final não tremeu, não tentou segurar a vantagem, procurou dilatar o marcador e podia tê-lo feito em três ou quatro ocasiões em que falhou excelentes oportunidades de marcar.
O importante foi conseguido, os Dragões seguem líderes e agora isolados.



No FCP treina-se como se joga... Terminou a novela Rodrigo Mora, começou a novela Diogo Costa.

 

Para além de bons treinadores e bons jogadores, um dos méritos do FCP e que o transportou para os píncaros do futebol mundial, era(é) a atitude, raça, espírito de luta e de combate, dar tudo em campo, ser fiel ao lema, até podemos perder, mas nunca podemos sair do campo sem a certeza que fizemos tudo para ganhar. Para isso no FCP, como regra - as excepções são excepções... - sempre se treinou nos limites, treina-se como se joga, é só perguntar ao João Pinto, Rodolfo, André, Fernando Couto, ou Paulinho Santos, por exemplo. Ora, quando é assim, nos princípios de época há mais tendência a rupturas musculares - Moura, Martim, Eustaquio toque num joelho e ontem Luuk de Jong não foram lesões musculares, Gabri Veiga foi uma lombalgia. Lesões musculares foram Samu, Alberto e William -, tendência que no desenrolar da época e com jogos que chegam a ser até de três em três dias, em que praticamente só dá para jogar e recuperar, já não há cargas físicas, esse tipo de lesões desaparecem - não totalmente, há sempre quem esteja mais sujeito a essas contrariedades. Mas o futebol é um desporto de contacto, duro, muitas vezes disputado em relvados pesados ou em mau estado, logo mais propícios a lesões. Por isso é que os plantéis têm dois, às vezes mais, jogadores por posição. E quando o trabalho é de qualidade, os processos estão bem definidos, os automatismos consolidados, as equipas são organizadas, colectivamente fortes, saem dois e entram dois e o rendimento não baixa. É essa a minha expectativa para os tempos mais próximos sem o contributo de alguns jogadores que já provaram ser importantes.
Portanto, nada de pensamentos negativos, colocar em causa os métodos de trabalho de Francesco Farioli. 

Ele, Pedro Galo, qual mosca varejeira, sabe tudo, tem acesso aos contratos dos jogadores, quanto ganham, as cláusulas que lhe permitem receber mais em função de atingirem determinados objectivos, etc. Mais, conhece o pensamento e os estados de espírito dos jogadores e até se dá ao luxo de mandar um recado para o FCP, para dizer que se quiser renovar com Diogo Costa, não chega colocá-lo ao nível dos mais bem pagos, diz ele, Samu e Gabri Veiga, mas acima deles. Sabe também que AVB anda há ano e meio para renovar com Diogo Costa e ainda não conseguiu.
Está visto, terminada a novela Rodrigo Mora, já começou a novela Diogo Costa. Mas não surpreende. Quando existem programas de horas, onde não se fala do futebol jogado, das tácticas, das estratégias, das exibições colectivas ou individuais, da qualidade dos jogadores, dos golos bonitos, das acções dos treinadores durante os jogos, etc., mas dos casos e casinhos, do pior do futebol, onde o que importa é a polémica que parte muitas vezes de mentiras esfarrapadas, é natural que se privilegie o acessório em vez do essencial.
Pedro Galo, Paulo Catarro e Vítor off-the-record Pinto são três bons exemplos deste tipo de comentário e análise que passa em alguns canais de televisão. Os dois primeiros são dois antiportistas primários desde o tempo da Bola Branca, o último esteve ligado a um grande escândalo, um verdadeiro atentado à ética quando tornou pública uma conversa, que era privada, em Outubro de 1996, entre António Oliveira na altura treinador do FCP e os jornalistas. 

PS - Não deixa de ser curioso ver alguns que disseram tudo e mais alguma coisa sobre Diogo Costa após a derrota de Portugal frente a Marrocos no mundial do Catar, mas agora, porque dá jeito, esgotam todos os adjectivos para elogiar Diogo Costa.
Porque será?

Alguns clubes, sempre prontos a estender o tapete vermelho, curvar-se e prestar vassalagem ao Benfica, gostam de criar polémicas, complicar e fazer filmes de mau gosto quando se trata do FCP.
Depois do Nacional ameaçar fazer falta de comparência, porque, vá lá saber-se porquê, resolveu marcar um voo sem ter a marcação oficial da Liga sobre dia e hora do jogo, agora temos o caso do jogo do FCP com o Arouca, já oficialmente marcado, no centro da polémica.
Um clube que joga num estádio municipal, sabe que na semana que termina em 28 de Setembro há na cidade a Feira das Colheitas e não pode jogar em casa, não comunica à Liga essa impossibilidade e com os jogos já marcados a câmara municipal e a protecção civil dirigidas pela senhora da foto - quando se trata do FCP é cada coincidência...-, não permite que o jogo se realize na data marcada? Mas o que é isto? Andamos a brincar ao futebol? A Liga que resolva e o FCP não pode ceder, tem de jogar no dia e hora marcada, ponto.

O FCP institucionalmente tem de dizer e de uma forma que não deixe dúvidas, que não vai admitir estes circos à volta de seus jogos, não vai aceitar que qualquer um anão ou uma anã tente crescer à sua custa - não querendo falar em nome dos portistas, não estarei muito errado se disser que a maioria dos portistas estão de acordo com este pensamento.


Descubra as diferenças.
O mesmo árbitro, João Pinheiro conhecido pelo Mostovoi de Viatodos. No 1º lance pontapé de Otamendi na cabeça do jogador não foi expulsão. Hoje o jogador do Santa Clara, Paulo Victor, veio para a rua. Critérios completamente diferentes. Mas mesmo a jogar mais de uma hora contra 10 o Benfica não conseguiu ganhar

O FCP deu um salto qualitativo notável. AVB ousou, arriscou, merece a sorte que protege os audazes


Fechou o mercado de transferências para entradas, continua aberto para saídas, particularmente o da Arábia Saudita, mas não espero nenhum tiro no porta-aviões. É a hora de dizer alguma coisa.

Foi o que se pode designar por uma revolução aquilo que o FCP fez. AVB ousou, arriscou, mas não arriscou à louca, arriscou com critério, conseguiu um excelente marcado e o FCP deu salto qualitativo notável e por isso merece a sorte que protege os audazes. Merece que, definitivamente, o portismo se una em torno do seu líder, mantendo, sempre o espírito crítico, mas com respeito, obejctividade e espírito construtivo, para somar e não para dividir.

Vejamos, o FCP arrumou a casa colocando por empréstimo, rescisão ou venda, aqueles que não faziam parte dos planos do treinador, aqueles que podiam fazer, mas era importante vender e fez regressar aos seus clubes os dois emprestados. Assim, saíram André Franco, Iván Jaime, Fábio Cardoso, Grujic, Zé Pedro, Romário Baró, Samuel Portugal, Fran Navarro - já tinha saído, mas o Braga exerceu a opção -, Vasco Sousa - emprestado ao Moreirenbse com opção de compra -, João Mário, Otávio, Francisco Conceição, Gonçalo Borges e Namaso.

Em simultâneo, entraram João Costa, Alberto Costa, Bednarek, Kiwior, Prpic, Gabri Veiga, Froholdt, Borja Sainz, Pablo Rosário e Pedro Lima, este no final do mercado e para mim um ilustre desconhecido. Também ainda não sei se é para a B, se vai fazer parte da equipa principal.

Não vou fazer contabilidade entre aquilo que se recebeu e gastou, porque houve contratações antes de 30 de Junho, no mercado de Inverno saíram Galeno e Nico por 110 milhões e tudo somado, as coisas parecem equilibradas. Para além disso, ao contrário do CFO anterior, temos um que não me parece capaz de assobiar para o lado, não bater o pé se o futebol estivesse a cometer loucuras que pudessem comprometer o futuro do FCP - Futebol, SAD.

Portanto, temos:
Guarda-redes: Diogo Costa, João Costa e Cláudio Ramos.

Defesas: Alberto Costa, Martin Fernandes, Francisco Moura, Zaidu e Pedro Lima?, Nehuén, Bednarek, Prpic e Kiwior - Dois jogadores por lugar e um joker Pedro Lima?

Médios: Eustaquio, Alan Varela, Pablo Rosário, Tomás Pérez? Gabri Veiga, Froholdt, Rodrigo Mora - também neste sector dois por lugar e a dúvida Tomás Pérez.

Ataque: Pepê, William, Borja Sainz, Denis Gull, Samu e Luuk de Jong - também aqui, seis para três lugares.
No total, um plantel de 25 se contarmos com Pedro Lima e Tomás Pérez, 23 se não contarmos.
Plantel curto, equilibrado, que combina experiência com juventude. Um plantel formado pelo FCP e a sua estrutura do futebol, com a colaboração do treinador Francesco Farioli, mas não se pode dizer feito à sua imagem e semelhança. Não me enganarei se disser que o técnico italiano apenas recomendou Luuk de Jong e Pablo Rosário, esses dois e todos os outros contratados, tanto fariam as delícias do actual treinador como de outro qualquer, pela simples razão, têm qualidade.

Agora é esperar que todo este entusiasmo tenha correspondência em vitórias que se traduzam em títulos. Não vai ser fácil, há um clube que pela amostra vai gritar semanalmente, mesmo sem qualquer razão, um clube que se acha a marca, o produto, a razão de existir futebol em Portugal. Se acha no direito de ser campeão, se não for no campo, quem sabe e se por decreto? Isto juntamente com uma comunicação social facciosa, sectária, que branqueia, omite ou extrapola, sempre pró-Benfica. E isso também pesa no subconsciente dos homens da arbitragem que sabem que são atacados e criticados, mesmo quando não erram como se viu no Alverca - Benfica. Basta comparar o que aconteceu com um treinador adjunto do FCP, expulso em Alvalade porque terá reclamado, enquanto o nervosinho Lage parece que tem livre trânsito para reclamar constantemente, até insultar e só falta o 4º árbitro pedir-lhe desculpa.
Fortes em campo, atentos fora dele, unidos em torno do FCP, estaremos em condições de lutar pelos principais objectivos e conseguir atingi-los.

Sporting C.P. 1 - F.C.Porto 2. O Dragão voltou a ter a chama alta e promete muito


Com três jogos e três vitórias e um futebol que tem agradado, mesmo que a qualidade ainda não seja constante e haja alguns hiatos durante os 90 minutos, grande expectativa para ver que FCP em Alvalade no 1º clássico do campeonato 2025/2026. Foi um Porto com alma, raça, com momentos muito bons e com espírito de conquista, um Porto que não se verga mesmo quando quando a 3ª equipa parece apostada em complicar. Este Porto está no bom caminho e depois de fechar o marcado de Verão e as coisas acalmarem, tem tudo para ir melhorando, discutir o titulo até ao fim. É um novo Porto, que ninguém tenha dúvidas. O Dragão volta a ter a chama alta. 

Com Diogo Costa, Alberto Costa, Nehuén Pérez, Jan Bednarek e Francisco Moura, Alan Varela, Froholdt e Rodrigo Mora, William, Luuk de Jong e Borja Sainz, o conjunto do italiano Francesco Farioli Logo no pontapé de saída o FCP esteve muito perto do golo. Bola metida na frente por Diogo Costa, Borja Sainz ao poste.
Depois jogo prosseguiu equilibrado, muito disputado, perigo junto às duas balizas, mas FCP mais perigoso. William bem, criava perigo, pena que os lances não tivessem sequência. Uma asneira de Francisco Moura ia custando caro ao FCP. Com as equipas a procurarem jogar e atacar, o jogo estava bom de ver.
Foi com um nulo que se chegou ao intervalo. Era um resultado que de alguma maneira se podia ajustar, mas a haver uma equipa que merecia marcar, a dos Dragões fez mais por isso. A equipa de Francesco Farioli sem ser exuberante, foi melhor e se fosse para as cabines a vencer não seria injusto.

A 2ª parte recomeçou como tinha terminado a 1ª. O primeiro lance de algum perigo teve origem num mau passe de Diogo Costa.
O FCP não se perturbou, voltou a jogar o seu futebol, com a excepção de um Francisco Moura ainda procura da melhor forma, coeso, organizado e a procurar o golo, chegou à vantagem aos 61 minutos, marcou Luuk de Jong.
Na frente do marcador era importante não baixar muito, procurar manter a concentração, aproveitar os espaços que o Sporting na procura de marcar, poderia dar.
Os azuis e brancos mantiveram as virtudes e como corolário dessa superioridade, chegaram ao 2° aos 64 por William Gomes. Tinham o jogo controlado, mas um auto-golo de Nehuén relançou o Sporting. Os lisboetas procuraram chegar ao empate, mas o FCP soube arrefecer o jogo e contou com um Diogo Costa atento e em bom plano para manter a vantagem mínima e sair de Alvalade com uma vitória justa.

Aos 58 minutos saíram Francisco Moura e Rodrigo Mora, entraram Zaidu e Pablo Rosário - quando o trabalho está a ser bem feito a integração é mais fácil e até um jogador com poucos dias de FCP pode jogar e cumprir.
Aos 72 saiu William Gomes, entrou Denis Gul, aos 80 saíram Luuk de Jong e Borja Sainz e entraram Samu e Prpic.

Uma palavra final para os golos do FCP: No 1º, brilhante jogada de envolvimento, no 2º William voltou a mostrar que se tiver os pés bem assentes no chão, vai ser um caso sério e transformar a sua contratação numa grande pechincha.
Este Porto, colectivamente muito forte, faz emergir o talento de forma natura. E até um jogador com apenas dois treinos, joga mais de meia-hora e cumpre. 



F.C.Porto 4 - Casa Pia 0. Brilhar e depois controlar, não fosse o Diabo tecê-las...


 

Depois de conquistar seis pontos nos dois primeiros jogos - na época passada com os mesmos adversários apenas conquistou um -, no terceiro o FCP tinha pela frente o Casa Pia e era importante manter a chama bem alta, não defraudar as expectativas, ganhar e chegar ao clássico de Alvalade 100% vitorioso.

Com Diogo Costa, Alberto Costa, Nehuén, Bednarek e Zaidu, Alan Varela, Gabri e Froholdt, William Gomes, Luuk de Jong e Borja, o conjunto de Francesco Farioli entrou forte, ameaçou, mas não marcou nos primeiros minutos. No entanto não demorou muito a marcar, autor Borja Sainz aos 20.
Apesar de um Casa Pia muito recuado, não tardou o 2°. Foi aos 25 após grande jogada de William. Marcador que só não subiu primeiro por Gabri Veiga, depois por Alan Varela ao poste. Só que este Porto queria mais e conseguiu por Alberto Costa a meias com Nehuén, iam decorridos 40 minutos.

Assim, ao intervalo vantagem confortável dos Dragões após uma 1ª parte muito bem conseguida.

A vencer por 3-0 a expectativa era saber que Porto na 2ª parte.
Mantendo a pressão, o conjunto de Francesco Farioli podia ter marcado antes de mais duas substituições, aos 57 minutos saíram Froholdt e William, entraram Eustaquio e Mora. O jogo dos azuis e brancos perdeu ritmo, já não fluía tão bem, culpa de alguns jogadores que complicavam, amarravam, em vez de simplificar. 
Apesar de ter desacelerado, passado a jogar pior, o FCP chegou ao 4°, bisou Borja Sainz aos 67 minutos. Se já antes os azuis e brancos apenas controlavam, a partir daí praticamente foi apenas gerir o tempo. 
Aos 74 saíram Alberto Costa e Bednarek e entraram Zé Pedro e Prpić. E o jogo chegou ao fim sem nada mais a realçar.

Tudo somado, vitória e goleada de um Dragão muito forte na 1ª parte, menos na 2ª. Mas com o objectivo de conquistar os três pontos garantidos, era importante gerir bem alguns amarelos, pequenos toques, domingo há um clássico muito importante e não era preciso correr riscos. Foi a pensar no jogo de Alvalade que Farioli fez algumas substituições, não vá o Diabo tecê-las.

PS - Para mim, agora como sempre, o treinador é sempre responsável para o bem e para o mal, não há nenhum treinador que não escolha aqueles que em princípio lhes dão as melhores garantias para ter sucesso. Se um treinador vacila, cede à pressão, abdica destes princípios para agradar ao ruído de quem está fora, esse treinador duvido muito que tenha sucesso, para mim baixa uns pontos na consideração.



Gil Vicente 0 - F.C.Porto 2. Vitória que não oferece contestação, apesar do baixinho...


Depois de uma semana muito difícil, mas que terminou da melhor maneira com uma vitória clara e uma exibição que não sendo superlativa, já foi muito razoável atendendo à altura da época, na 2ª jornada o FCP tinha em Barcelos, frente ao Gil Vicente, um jogo de risco elevado contra uma equipa que nos últimos anos tem criado grandes dificuldades ao conjunto da Invicta - por exemplo, na temporada passada os barcelenses venceram por 3-1.

Farioli fez entrar Diogo Costa, Alberto, Nehuén, Bednarek e Zaidu, Varela, Gabri e Froholdt, Pepê, Samu e Borja - uma única alteração e forçada em relação ao onze que iniciou o jogo com o Vitória: Zaidu no lugar de Martin Fernandes - e o FCP entrou dominador, mas um pouco lento na saída - principalmente por parte dos centrais. Quando saiu bem faltou melhor decisão e mais contundência no último terço. 
Aos 20 minutos, num lance de bola parada, canto. Gabri Veiga bateu, Victor Froholdt marcou. Dragões na frente do marcador.
Samu encheu o pé, mas saiu muito por cima.
Pouco depois foi Pepê a ameaçar. 
Aos 30 minutos saiu Samu lesionado - pena. Está muito mais assertivo, ligado à equipa -, entrou Luuk de Jong.
O Gil ameaçou pelo lado direito, porque Zaidu ia muito para dentro. 
Entretanto emergiu um baixinho que marcava tudo contra o FCP e nada a favor. A baliza de Diogo Costa passou por dois lances de muito perigo. Não era um bom período dos azuis e brancos.
Borja em vez de rematar tentou fintar. Fez isso várias vezes. Para quê? É preciso ser mais objectivo. Procurar mais a baliza em vez de enfeitar.

O jogo chegou ao intervalo com a vantagem justa, mas a exibição foi perdendo qualidade com o desenrolar do jogo. 

Na 2ª parte, FCP com os mesmo que finalizaram a 1ª. E não podia ter reiniciado melhor o jogo. Bela jogada de envolvimento pela esquerda, Gabri Veiga para Zaidu, linha de fundo, cruzamento atrasado, entrada fulgurante de Pepê para o 2° do FCP.
Amarelo para Alan Varela aos 50 minutos.
A vencer por dois golos de diferença, era importante manter o foco, não relaxar, procurar marcar novo golo. Manter a pressão, circular bem, controlar e contra-atacar com critério.
Aos 58 entraram Eustaquio e William, saíram Gabri Veiga e Borja Sainz.
Alberto Costa ia entregando o ouro ao bandido.
Eustaquio sozinho tinha tudo para marcar, mas o remate foi um desastre.
Alberto Costa não aprendeu com o erro anterior.
Aos 77 saíram Alberto Costa e Pepê, entraram Zé Pedro e Rodrigo Mora.
O jogo ia caminhando para o fim, no tempo de desconto, Zaidu, Luuk, Mora falhou o 3° na cara do guarda-redes.

O jogo terminou com a vitória justa, clara, de um FCP competente. Adoro o espírito desta equipa. A equipa de Francesco Farioli foi quase sempre uma equipa organizada, compacta, permitiu pouco, na 2ª parte, nada, podia ter feito mais um ou outro golo.
É preciso realçar que é um campo onde os Dragões têm tido dificuldades, mas hoje tirando aquele período final da 1ª parte, nunca correu grandes riscos.

Uma palavra final para a arbitragem. Uma arbitragem vergonhosa de Ricardo Baixinho. Faltas e mais faltas contra o FCP, muitas dificuldades em marcar faltas a favor - 20-9. 
É preciso ter cuidado com esta gente. A melhor maneira de não lhes dar hipóteses é jogar bem, se tiver de ser contra os árbitros, terá de ser.
Vou esperar para ver a análise àquela cotovelada na cara de William que foi dentro da área.

PS - Podia destacar Victor Froholdt, Se o dinamarquês me enche as medidas e é o tipo de jogador que adoro pela entrega, pela intensidade, pela capacidade de ir e vir e até marcou, mas vou destacar Jan Bednarek. O central polaco é um excelente central e o líder que esta equipa precisa. Também é a prova provada que não é preciso muitas salamaleques, muitos beijinhos na camisola, apregoar portismo. Basta ser profissional no tudo isso significa. Um bom exemplo de tudo que Jan Bednarek significa, é olhar para este Nehuén e compará-lo com o da época passada. 

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José Maria Pedroto: "No F.C.Porto os problemas não se levantam porque nunca chegam a existir."


Já tinha abordado o assunto Rodrigo Mora, mas a preocupação de alguns comentadeiros com o jovem prodígio do FCP emociona-me até às lágrimas.
Ora vamos lá ver...

É completamente falso que os portistas na sua esmagadora maioria não compreendam o sentimento de tristeza e desilusão de Rodrigo Mora por não ser titular, ou não ser utilizado no jogo frente ao Vitória. Mas quem é soberano nessa matéria é o treinador, é ele que tem de escolher quem entra de início, quem é suplente e entra durante o jogo, quem não entra, ou que nem sequer é convocado. No caso é Francesco Farioli quem em primeiro lugar responde pelos resultados. Depois, não conheço nenhum treinador que, pesando todos os factores, não escolha os melhores, aqueles que na sua opinião são os mais capazes para que a equipa atinja os objectivos de, primeiro ganhar, depois e se possível, juntar à vitória uma boa exibição - as duas coisas provocam entusiasmo, motivam, galvanizam, fazem aumentar a confiança. É óbvio que tratando-se de um menino que fez 18 anos há pouco, é preciso estar próximo, ajudar, dar-lhe confiança, não deixar que o desânimo se apodere de Rodrigo Mora. Dizer-lhe que o facto deste momento não estar a dar o contributo que esperaria ao FCP, é apenas passageiro, só tem de se manter focado, trabalhar forte, aproveitar todas as oportunidades para mostrar, um, que está aí, dois, que merece jogar. E, principalmente, não se deixar impressionar e influenciar por alguns entendidos que até pode parecer que estão muito preocupados com ele, mas apenas querem polemizar e criar ruído à volta do FCP.


F.C.Porto 3 - Vitória S.C. 0. No Olimpo, Jorge Costa aplaudiu de pé uma vitória que peca por escassa

 

Depois do trágico acontecimento que foi a partida repentina de Jorge Costa, uma das figuras de referência e mais marcantes da história do FCP, o nosso "Bicho" e que simbolizava verdadeiramente o que é ser Porto, se possível, passou a ser muito mais importante entrar a ganhar no campeonato.

Frente a um adversário tradicionalmente difícil como é o Vitória, Francesco Farioli escalou Diogo Costa, Alberto Costa, Nehuén Pérez, Jan Bednarek e Martim Fernandes, Alan Varela, Victor Froholdt e Gabri Veiga, Pepê, Samu e Borja Sainz e os Dragões viram o Vitória criar uma excelente oportunidade. Tudo começou numa perda de bola de.  Samu no ataque. Rapidamente o FCP tomou conta do jogo e num contra-ataque chegou a vantagem aos 12 minutos, marcou Pepê.
Em vantagem os azuis e brancos não abrandaram, mantiveram a pressão, o ritmo e a qualidade, criaram algumas oportunidades claras para aumentar a vantagem - Victor Froholdt e duas vezes Samu, numa a bola entrou, mas havia fora-de-jogo. Até que aos 32 minutos Samu à ponta-de-lança fez o 2°. Saúde-se o facto de ser na sequência de um lance de bola parada. E podia ter feito o 3°, sozinho rematou fraco.
Nos últimos 5 minutos, mérito do Vitória e alguns erros do FCP, mais trapalhão a trocar e no critério a sair, mais desequilibrado - Alan Varela tem de ocupar melhor a zona central do meio-campo. Não podemos ter um seis que não é famoso a construir e também não é capaz de limpar aquela zona central -, os vimaranense chegaram na frente com perigo, mas sem marcar.

O jogo chegou ao intervalo com os Dragões na frente, 2-0, resultado que até podia ser mais dilatado. A exibição, tirando a parte final da 1ª parte foi muito bem conseguida.

Na 2ª parte o FCP entrou com o mesmo onze e logo no recomeço podia ter feito o 3°. Borja Sainz falhou um golo certo.
Martim Fernandes lesionado, saiu de maca,  deu lugar a Zaidu. E Samu após um lançamento lateral rapidamente executado também podia fazer melhor. Mas o futebol não fluía como na 1ª parte, a bola não circulava bem, mais individualismo, pior qualidade de jogo.
Zaidu mal colocado obrigou Bednarek a um esforço suplementar que lhe custou a saída para a entrada de Prpić. Na mesma altura Gabri Veiga deu lugar a Eustaquio. Depois entrou William Gomes e saiu Borja Sainz.
Samu obrigou Charles a aplicar-se para evitar o golo, mas era o prenúncio que ele não tardaria. Remate de Eustaquio, defesa e na recarga o internacional espanhol fez o 3°.
Mesmo não sendo tão brilhante como durante um longo período dos 45 minutos iniciais, o FCP voltou a ficar por cima. A equipa de Francesco Farioli melhorou com as substituições, recuperou a alma, alguma qualidade e já com Luuk de Jong em campo - entrou a substituir Samu -, ainda marcou o 4° por Eustaquio após um toque maravilhoso de calcanhar do neerlandês. Pena que não valeu, havia fora-de-jogo. 

Resumindo, entrada com o pé direito de um Dragão que foi a maioria do tempo, muito competente e muito superior.

Sem embandeirar em arco, ainda há retoques a fazer, mas a tendência só pode ser para melhorar.

No Olimpo, Jorge Costa aplaudiu de pé uma vitória que não merece discussão e peca por escassa. 







No último adeus a Jorge Costa, também uma palavra de reconhecimento para André Villas-Boas


Jorge Costa, personificou o que é ser Porto - felizmente há muitos que ainda andam por cá de quem se pode dizer o mesmo. Um exemplo, João Pinto, mas podia dar outros e que não precisaram de ser da formação, nem eram portistas desde pequeninos. Fernando Gomes como exemplo dos que já partiram, mas podia dar outros exemplos semelhantes obedecendo ao mesmo critério. E o que é ser Porto? Para mim não é nem nunca foi juras de amor eterno, beijos no emblema, portismo apregoado, mas depois não praticado, ou, sinais dos tempos, praticado à la carte. Ser Porto é muito simples: é ser um grande profissional. Porque um grande profissional dá tudo, honra a camisola, tem respeito, no caso, pelo FCP e pelo portismo. E que gosto de resumir numa frase: no limite, até podemos perder os jogos todos, mas não podemos, nunca, sair do campo sem a certeza que demos tudo para ganhar.

- Senhor presidente AVB nesta tragédia que enlutou duas famílias, a do Jorge Costa e a do FCP, às quais acrescento todos os amigos do Bicho, o senhor enquanto líder do FCP teve um comportamento verdadeiramente exemplar que, tenho a convicção, enche de orgulho a esmagadora maioria de todo o universo que torce pelo FCP. Tudo o resto não é importante... A Grandeza, tal como o FCP, não se apregoa, pratica-se.

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