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segunda-feira, 29 de dezembro de 2025

 

Depois da vitória que não merece discussão em Alverca e do período de Natal que deu direito a três dias de descanso aos profissionais às ordens de Francesco Farioli - longe vão os tempos em que por esta altura o campeonato interrompia por uma, às vezes, mais que uma semana, os jogadores da América do Sul viajavam até aos seus países onde é Verão, o regresso ao trabalho não era fácil...-, o FCP tinha pela frente o AFS, último classificado do campeonato. Apesar de ser um jogo de claro favoritismo azul e branco, o futebol é fértil em surpresas e por isso era fundamental encarar o jogo com toda a seriedade e respeito pelo adversário. Não foi uma boa exibição, mas o objectivo de conquistar os três pontos foi conseguido.

Com Diogo Costa, Martin Fernandes, Bednarek, Kiwior e Francisco Moura, Pablo Rosário, Froholdt e Rodrigo Mora, William Gomes, Samu e Pepê de início e frente a um AFS muito recuado, o FCP tinha muita bola, mas com dificuldade em furar a muralha adversária. Alguns remates, mas sem grande perigo. O Aves deu um ar da sua graça, os Dragões quando tinham espaço e procuravam sair para o ataque, eram muito lentos na primeira zona de construção ou mais à frente definiam e passavam e cruzavam mal.
Primeira grande oportunidade aos 30 minutos na cabeçada de Froholdt para defesa difícil do guarda-redes Berteli. Nestes jogos amarrados tem de aparecer a criatividade, rapidez de pensamento e execução e ela não surgia. Pepê e William nas alas não desequilibravam, afunilavam, na altura de rematar os remates eram de pólvora seca. Quando se pedia simplicidade, ela raramente existia, havia precipitação e incapacidade de decisão.
Já no tempo de descontos Kiwior podia ter aberto o marcador.

O jogo chegou ao intervalo com o resultado em branco muito por culpa de um FCP que apesar de ter muita posse de bola foi incapaz de desmontar a teia defensiva do AFS, criou muito pouco para tanto domínio.
Frente a blocos tão baixos é preciso ser rápido a circular, pensar, executar e ser contundente na zona onde se decidem os jogos e isso esteve ausente nos 45 minutos da 1ª parte.

Para a 2ª parte o treinador do FCP tirou Diogo Costa lesionado e fez entrar Cláudio Ramos.
Logo ao 3° minuto Samu em lance individual de alto nível abriu o marcador. Estava feito o mais difícil, mas não se podia descansar na diferença de um golo.
O golo voltou a estar perto, Pepê a rasar o poste.
Aos 59 minutos saíram Rodrigo Mora e William, entraram Gabri Veiga e Alarcón.
Logo de seguida lance duvidoso na área dos visitantes. Gabri tocou primeiro na bola, o defesa chutou no seu pé, VAR chamou o árbitro, penálti. Chamado a marcar, Samu não perdoou, fez o seu 2° e aumentou a vantagem.
Portistas mais tranquilos frente a um adversário que apesar de estar a perder por dois golos não parecia muito disposto a desmontar a tática defensiva. Mas convinha não facilitar.
Aos 75 saiu Francisco Moura e entrou Alan Varela e o FCP começou a enrolar, deixar passar o tempo.
Na última substituição saiu Martim Fernandes, entrou Alberto Costa, aos 84 e o jogo arrastou-se até ao fim sem mais nada de relevante a assinalar.

Resumindo, vitória natural de um Dragão de serviços mínimos. Na 1ª parte faltou capacidade e inspiração para desmontar o bloco do AFS. Na 2ª e após o 2° golo, apenas houve vontade de gerir, nunca de forçar e construir um resultado mais volumoso.

O FCP fecha o ano com a 15ª vitória em 16 jogos uma performance de excelência. Mas no início do novo ano tem uma deslocação aos Açores e pela frente um Santa Clara muito complicado. É preciso muito mais Porto do que hoje para sair de São Miguel com os três pontos e começar 2026 com o pé direito.

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